A agonizante Terra morre = olha = é
E cada um de nós, como que num gesto = suspiro final
quer levar a última lembrança o que de pouco ainda resta do planeta = nave
e assim apressamos a devastação = morte final
cadê a minha parte?
E assim aquela mulher leva para sua casa aquela embira morta como enfeite
Amigos, amigas,
que tal deixar as embiras no mato?
Não vês que os macacos delas necessitam para se arrastar = transportar por entre entre as árvores e catar frutos para se alimentar e, no seu sustento, sustentar a floresta ao espalhar as sementes?
Oi “humano," prá que queres esta embira em casa
Deixe lá as embiras, as pedras seixos, a areia, os papagaios, os periquitos, o jabutis, os tatus...
Se em todo o caso a tua ignorância é tanta que não te permites enxergar, tudo bem
Bom proveito faça aquela mulher com aquela embira = falo
E você com o seu papagaio verdadeiro
Seu tatu
Não seria melhor, ao invés de arrancar = cortar uma embira, fotografá-la e coloca-la no seu livro post-mortem?
Este é meu livro post-mortem
O livro da vida = história do Idéia
Isto é o que ficará na minha cidade-Estado após minha morte
Deixarei não meus ossos mas esta obra
É isto que deixarei nesta cidade-Estado
Não apenas ossos no cemitério
É que, para o Idéia, o que vale mesmo é o conhecimento = bondade
E não os ossos = matéria
Assim abro = começo = termino esta obra
( ) firme
bom...
Nenhum comentário:
Postar um comentário