25/08/2009

Prá que paraíso depois da morte?

Acabei de conversar com Dona Geralda, uma pequena agricultora aqui do sul do Maranhão, onde encontro-me de férias
Ela se orgulha de ter-se separado do marido para criar, a sós, os filhos
Ela me disse que dois deles são gerentes de fazenda
Eu: como é que é este negócio de ser gerente de fazenda?
Ela: o dono da terra mora fora, em Porto Alegre. O meu filho toma conta de tudo. Tem carteira assinada.
Eu: ele cuida de que?
Ela: ele cuida de uma plantação de soja. Ele faz tudo, contrata empregados, toma de conta do máquinário, planta, colhe.
Eu: o dono não vem aqui?
Ela: não. Ele só manda o dinheiro. Já aconteu dele(proprietário) enviar dinheiro para pagar até 80 peões. Ele confia no meu filho.
Esta conversa levou-me a perceber a vida boa que leva esta gente do agronegócio.
Senão vejamos, os caras moram bem longe daqui, muitos em Londres, Paris.
Enquanto isso, a grana brota da terra, sem que eles precisem mover uma só palha, pois há quem tome de conta do negócio.
Prá que paraíso depois da morte?

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