Por Luis Nassif, em seu blog
A decisão de Otávio Frias Filho de publicar a carta de César Benjamin com acusações graves, sem conferir, seguiram-se duas outras que mostram a total falta de rumo daquele que foi o mais influente jornal brasileiro dos anos 80 e 90.
No Painel do Leitor, permite um amontoado de cartas que tomam como verdadeiras as afirmações de César Benjamin.
Na página interna, o levantamento – que deveria ter sido feito antes – mostrando que as informações são inverídicas.
Se são inverídicas, qual a razão de se permitir a publicação de cartas de leitores ludribriados pela decisão do jornal de dar espaço a uma versão falsa?
A sucessão na Folha se deu no pior momento da sua história. Nos anos 80, o principal jornal, o Estadão, se perdeu por excesso de sucessores. No caso da Folha, está se perdendo por falta de sucessão. Tem-se um diretor de redação que gosta das prerrogativas do cargo, mas não gosta de jornalismo, não lê jornais (nem mesmo o seu), não tem discernimento para tratar nem com notícias, nem com pessoas, muito menos com questões de maior gravidade, como essa de publicar o artigo de Benjamin.
A perna comercial da família manteve o ritmo. Só que elemento fundamental da sobrevivência era a credibilidade do jornal, ajudando a pavimentar as relações comerciais e políticas do grupo. Por isso, a sucessão de desastres editorais dos últimos tempos -ir a reboque da Veja (tendo um perfil de público diferente), ficha de Dilma, envolvimento do jornal com Dantas, exposição imprudente com Serra e, agora, esse episódio-limite – têm implicações graves sobre a credibilidade do jornal, E, aí, passa a afetar diretamente as estratégias comerciais da empresa.
É uma situação que vai ser resolvida inevitavelmente no âmbito familiar. Aliás, deveria ter sido resolvida logo que seu Frias saiu de cena. Quanto mais tempo demorar, mais sua herança será dilapidada.
FONTE: Luis Nassif
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O testemunho de ST, citado por Benjamin
Por Cecilia
Do Terra Magazine
Tendler: “Só um débil mental não viu que era piada do Lula”
Bob Fernandes
César Benjamin, 55 anos, é ex-preso político e um dos fundadores do PT. Na sexta-feira, 27, Benjamin escreveu um artigo na Folha de S. Paulo e acusou o hoje presidente Lula de ter revelado, em 1994, uma tentativa de estupro dele, Lula, contra um “menino do MEP”. Tentativa que teria acontecido em 1980, quando o então líder sindical Lula esteve preso por 30 dias, e na mesma prisão, com o jovem da organização de esquerda que já não existe, o MEP. César Benjamin cita, em seu texto, uma testemunha, “um publicitário brasileiro que trabalhava conosco cujo nome também esqueci”.
O “publicitário” é o cineasta Silvio Tendler, que em 1994 trabalhou na campanha de Lula à presidência da República. De início, afirma Tendler:
- Ele diz não se lembrar de quem era o “publicitário”, mas sabe muito bem que sou eu. Eu estava lá e vou contar essa história…
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Semi-padrão Veja. Foi atrás do tal rapaz do MEP, hoje um senhor que está no interior. Ele desmentiu a história até nas aspas da Veja. Belo furo. Só que o título enfatiza a acusação. E o furo que desmente fica escondido no texto.
O semi-jornalismo da Veja e o caso MEP
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