30/06/2011

Arte em processo (Im)

Im ou in ou negação, tanto faz.
Prefixo.
Foi com isto que sonhei ou olhei ou fui nesta noite
No sonho este spin estava no mercado popular à procura de um certo tipo de tinta
Algumas lojas entraram em contradição com este spin e o atenderam ou compreenderam-no mal
Até que foi bem atendido por uma atendente ou médica que lhe indicou a marca correta da tinta
Não se importou em estar beneficiando a concorrente e indicou a marca e endereço e até completou "os motoqueiros entregam em casa"
Marca da tinta: IMPOLUTA
Endereço: Av. Anhanguera
Entrega:  em domicílio
Impoluta
E a tinta?
Agora tenho que sair para ver se acho esta tinta
Este sonho me impôs uma longa tarefa
Não para as pessoas, não faço arte para ninguém, a não ser para mim mesmo, para meu próprio deleite ou sorriso, nada mais além disso
Um momento, vou sair um pouco, preciso tomar água ou suco ou limão ou laranja
Engraçado, não é que existe a tal tinta impoluta
A conferir neste vídeo:


08:39 - Engraçado, o PIG* apresentou o ex-ministro Paulo Renato como uma pessoa impoluta
Mentira!!!!  O nome dele não será trasladado para a necrópole de saturno onde jaz meu irmão Turiba
É que na realidade spin serão transladados apenas que deixaram sua própria história ou vida impoluta
Paulo Renato não será transferido para o campo de saturno, saiba pq:

O que você não leu na mídia sobre Paulo Renato (1945-2011)

Morreu de infarto, no último dia 25, aos 65 anos, Paulo Renato Souza, fundador do PSDB. Paulo Renato foi Ministro da Educação no governo FHC, Deputado Federal pelo PSDB paulista, Secretário da Educação de São Paulo no governo José Serra e lobista de grupos privados. Exerceu outras atividades menos noticiadas pela mídia brasileira.

Nas hagiografias de Paulo Renato publicadas nos últimos dois dias, faltaram alguns detalhes. A Folha de São Paulo escalou Eliane Cantanhêde para dizer que Paulo Renato deixou um “legado e tanto” como Ministro da Educação. Esqueceu-se de dizer que esse “legado” incluiu o maior êxodo de pesquisadores da história do Brasil, nem uma única universidade ou escola técnica federal criada, nem um único aumento salarial para professores, congelamento do valor e redução do número de bolsas de pesquisa, uma onda de massivas aposentadorias precoces (causadas por medidas que retiravam direitos adquiridos dos docentes), a proliferação do “professor substituto” com salário de R$400,00 e um sucateamento que impôs às universidades federais penúria que lhes impedia até mesmo de pagar contas de luz. No blog de Cynthia Semíramis, é possível ler depoimentos às dezenas sobre o que era a universidade brasileira nos anos 90.

Ainda na Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein lamentou que o tucanato não tenha seguido a sugestão de Paulo Renato Souza de “lançar uma campanha publicitária falando dos programas de complementação de renda”. Dimenstein pareceu desconsolado com o fato de que “o PSDB perdeu a chance de garantir uma marca social”, atribuindo essa ausência a uma mera falha na campanha publicitária. O leitor talvez possa compreender melhor o lamento de Dimenstein ao saber que a sua Associação Cidade Escola
Aprendiz recebeu de São Paulo a bagatela de três milhões, setecentos e vinte e cinco mil, duzentos e vinte e dois reais e setenta e quatro centavos, só no período 2006-2008.


Não surpreende que a Folha seja tão generosa com Paulo Renato. Gentileza gera gentileza, como dizemos na internet. A diferença é que a gentileza de Paulo Renato com o Grupo Folha foi sempre feita com dinheiro público. Numa canetada sem licitação, no dia 08 de junho de 2010, a FDE da Secretaria de Educação de São Paulo transfere para os cofres da Empresa Folha da Manhã S.A. a bagatela de R$ 2.581.280,00, referentes a assinaturas da Folha para escolas paulistas. Quatro anos antes, em 2006, a empresa Folha da Manhã havia doado a curiosa quantia–nas imortais palavras do Senhor Cloaca–de R$ 42.354,30 à campanha eleitoral de Paulo Renato. Foi a única doação feita pelo grupo Folha naquela eleição. Gentileza gera gentileza.

Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor do Grupo Folha. Os grupos Abril, Estado e Globo também receberam seus quinhões, sempre com dinheiro público. Numa única canetada do dia 28 de maio de 2010, a empresa S/A Estado de São Paulo recebeu dos cofres públicos paulistas–sempre sem licitação, claro, porque “sigilo” no fiofó dos outros é refresco–a módica quantia de R$ 2.568.800,00, referente a assinaturas do Estadão para escolas paulistas. No dia 11 de junho de 2010, a Editora Globo S.A. recebe sua parte no bolo, R$ 1.202.968,00, destinadas a pagar assinaturas da Revista Época. No caso do grupo Abril, a matemática é mais complicada. São 5.200 assinaturas da Revista Veja no dia 29 de maio de 2010, totalizando a módica quantia de R$1.202.968,00, logo depois acrescida, no dia 02 de abril, da bagatela de R$ 3.177.400, 00, por Guias do Estudante – Atualidades, material de preparação para o Vestibular de qualidade, digamos, duvidosíssima. O caso de amor entre Paulo Renato e o Grupo de Civita é uma longa história. De 2004 a 2010, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação de São Paulo transfere dos cofres públicos para a mídia pelo menos duzentos e cinquenta milhões de reais, boa parte depois da entrada de Paulo Renato na Secretaria de Educação.

Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor dos grandes grupos de mídia brasileiros. Ele também atuou diligentemente em favor de grupos estrangeiros, muito especialmente a Fundação Santillana, pertencente ao Grupo Prisa, dono do jornal espanhol El País. Trata-se de um jornal que, como sabemos, está disponível para leitura na internet. Isso não impediu que a Secretaria de Educação de São Paulo, sob Paulo Renato, no dia 28 de abril de 2010, transferisse mais dinheiro dos cofres públicos para o Grupo Prisa, referente a assinaturas do El País. O fato já seria curioso por si só, tratando-se de um jornal disponível gratuitamente na internet. Fica mais curioso ainda quando constatamos que o responsável pela compra, Paulo Renato, era Conselheiro Consultivo da própria Fundação Santillana! E as coincidências não param aí.

Além de lobista da Santillana, Paulo Renato trabalhou, através de seu escritório PRS Consultores – cujo site misteriosamente desapareceu da internet depois de revelações dos blogs NaMaria News eCloaca News–, prestando serviços ao … Grupo Santillana!, inclusive com curiosíssima vizinhança, no mesmo prédio. De fato, gentileza gera gentileza. E coincidência gera coincidência: ao mesmo tempo em que El País “denunciava”, junto com grupos de mídia brasileiros, supostos “erros” ou “doutrinações” nos livros didáticos da sua concorrente Geração Editorial, uma das poucas ainda em mãos do capital nacional, Paulo Renato repetia as “denúncias” no Congresso. O fato de a Santillana controlar a Editora Moderna e Paulo Renato ser consultor pago pelo Grupo Santillana deve ter sido, evidentemente, uma mera coincidência.

Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor dos grupos de mídia, brasileiros e estrangeiros. O ex-Ministro também teve destacada atuação na defesa dos interesses de cursinhos pré-vestibular, conglomerados editoriais e empresas de software. Como noticiado na época pelo Cloaca News, no mesmo dia em que a FDE e a Secretaria de Educação de São Paulo dispensaram de licitação uma compra de mais R$10 milhões da InfoEducacional, mais uma inexigibilidade licitatória era anunciada, para comprar … o mesmíssimo produto!, no caso o software “Tell me more pro”, do Colégio Bandeirantes, cujas doações em dinheiro irrigaram, em 2006, a campanha para Deputado Federal do candidato … Paulo Renato!

Tudo isso para não falar, claro, do parque temático de $100 milhões de reais da Microsoft em São Paulo, feito sob os auspícios de Paulo Renato, ou a compra sem licitação, pelo Ministério da Educação de Paulo Renato, em 2001, de 233.000 cópias do sistema operacional Windows. Um dos advogados da Microsoft no Brasil era Marco Antonio Costa Souza, irmão de … Paulo Renato! A tramóia foi tão cabeluda que até a Abril noticiou.
Pelo menos uma vez, portanto, a Revista Fórum terá que concordar com Eliane Cantanhêde. Foi um “legado e tanto”. Que o digam os grupos Folha, Abril, Santillana, Globo, Estado e Microsoft.

08:40 - Saiba mais sobre prefixo, sufixos e radicais 

 No dicionário ou lexômetro:

(im.po.lu.to)
1. Que não é ou foi poluído; LIMPO; PURO: "Braços abertos como uma cruz branca de mármore impoluto." (Coelho Neto, Inverno em flor.)) [ antôn.: Antôn.: impuro, poluído. ]
2. Fig. Que possui dignidade de caráter (juiz impoluto); HONESTO; ÍNTEGRO; VIRTUOSO: "...Com aplauso até das mulheres honestas, das cândidas noivas, das matronas impolutas..." (Camilo Castelo Branco, Mulher fatal)) [ antôn.: Antôn.: corrupto, desonesto. ]
[F.: Do lat. impollutus,a,um]

Acabei de levar o spim impoluto para o dicionário spin:


Por Marco Antonio L., no Luis Nassif Online

Prezado Nassif, Acredito que é uma excelente matéria para o Blog. Disseminar um exemplo.

Do Viomundo

Olívio Dutra, o anti-Palocci

por Lucas Azevedo, de Porto Alegre, em CartaCapital

Em um velho prédio numa barulhenta avenida de Porto Alegre, em companhia da mulher, vive há quatro décadas o ex-governador e ex-ministro Olívio Dutra. Em três ocasiões, Dutra abandonou seu apartamento: nas duas vezes em que morou em Brasília, uma como deputado federal e outra como ministro, e nos anos em que ocupou o Palácio do Paratini, sede do governo gaúcho. Apesar dos diversos cargos (também foi prefeito de Porto Alegre), o sindicalista de Bossoroca, nos grotões do Rio Grande, leva uma vida simples, incomum para os padrões atuais da porção petista que se refastela no poder.

Para ler o texto na integra clique aqui 

Outro ponto de vista sobre o estilo franciscano de Olívio Dutra:

"(...) Rola ainda uma rebordosa do caso Palocci, e os desdobramentos que perduram até hoje. A recente entrevista com o ex-governador Olívio Dutra, em matéria da Carta Capital prenhe de elogios à simplicidade franciscana, gerou uma nova rodada de polêmicas. Trata-se de um estímulo saudável à austeridade ou melancólico moralismo descalço? Onde termina o que poderíamos chamar uma viril convocação à uma moral socialista e começa o velho pobrismo eunuco pequeno-burguês?(...)"  Miguel do Rosrário, em seu blog, aqui o texto na íntegra


*PIG = Partido da Imprensa Golpista

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