Marcelo, que citação interessante. Vou contar então parte da minha história, quando tive uma espécie de revelação. Encontrava-me no trabalho, de plantão. Recolhi-me numa sala e dormi sobre um colchonete e um colega de trabalho fez o mesmo. Quando fechei os olhos tive um sonho que até hoje não me esqueço, foi como viajar no tempo, há milhões de anos atrás. Vi-me em cima de um galho de uma árvore cujos galhos avançavam em direção ao infinito. Não era uma mata fechada, o que me proporcionou observar o infinito, em direção ao poente. Encontrava-me a sós. Naquele momento tive a percepção do meu próprio corpo, quando vi que tinha uma forma de macaco, sendo que minhas mãos eram humanas. Levei as mãos ao ventre, não sei o motivo do gesto, naquele momento não percebi essa coisa de macho x fêmea, era um ser apenas. Olhei para o infinito e, pela primeira tive a sensação da existência do espaço infinito e que estava tão distante de algum ponto de onde havia partido que minha reação foi gritar. Minha voz não saiu com desenvoltura pq a garganta estava ocupada por tecidos, cartilagens que, com o tempo, deixaram de existir. No dia seguinte o meu colega que dormia ao lado me disse: Durante toda a noite vc grugunhou feito macaco. Fiquei meio sem jeito, desconversei, mas eu sabia o que havia vivido, e como o meu colega poderia entender? Há coisas que é melhor não tentarmos explicar se não quisermos ser vistos como pirados.
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