É só olhar os jornais de hoje, incrível como se consegue com facilidade um habeas-corpus neste País, exceto gente "perigosíssima" como Caroline Pivetta da Mota
A manutenção da prisão de Pivetta está virando uma questão de honra para a família spam virou assunto ideológico, de um lado nós artistas e não artistas querendo-a livre e, do outro lado, gente "honestíissima" tipo Daniel Dantas, Gilmar Mendes, a famiglia = máfia, a poderosa família contra Pivetta, contra todos nós, contra pessoas assim como nós
Na verdade no mundo só existe duas famílias = ramos = parentescos = comunidades, gente spin como a Pivetta e, do outro lado, os spam, o caso de Ivo Curador Mesquita, Ronaldo Caiado, o governador José Serra com seus trambiques na máfia sanguessugas = UTI quando ministro da saúde no governo FHC, ah, são tantos
E bastante poderososClique na imagem para ampliar
Convêm ler = reler com atenção
Este texto que segue abaixo = isso
Por Edson Barrus
Pivetta -etc
Tinha que ser uma Pivetta com dois tês mesmo, vinda da periferia para colocar o dedo na questão e produzir o maior "acontecimento cultural". Duas declaraçoes da pivetta me chamam a atenção: uma) Eu não faço arte para as pessoas gostarem, mas para "olhar". a outra)"A gente não queria estragar as obras "deles", mesmo porque não tinha obra. A obra, "ali", nós que íamos fazer".
Então, para Carol, ela não tà nem ai para o que "Ele" acha interessante ou não, ou para que ache que ela exagera no argumento em vez de na tinta, em acordo com o bom-gosto. Mas ela faz para "ver" ao contrario daqueles que fazem coisa para "gostar"...e comprar talvez.
Ela, não é artista primaria, faz Arte Visual das boas e tem conseguido usar os forças da visibilidade necessarias às suas ações em repetidas situações no dito "circuito da arte", uma universidade, uma galeria e uma bienal. Porquê tratà-la como criminosa? desclassificando-a como pixadora e não respeitando à sua reividicação de artista que produz uma obra? usando as estratégias de inserção proprias em uma atitude afirmativa que geralmente nos interssa em um artista?
O Ministro da cultura ja reconheceu publicamente que foi uma "intervenção grafica" num "evento cultural", portanto um campo, un site especifico da arte como a escola e a galeria, e portanto, um espaço que lhe é de direito.ou não? E quem protege os direitos constitucionais da Pivetta? A indignação diante da prisão de Carol vai de encontro à liberdade de expressão, um ato cultural, por sinal uma garantia constitucional. Apagar de imediato a inteferência já seria um erro, imagine-se prender um artista ou uma pessoa qualquer por causa de uma visão limitada que não enxerga nenhum significado no ato de Carol, poderiam ter chamado pelo menos o pintor de paredes e não a polícia para prendê-la. Se o curador não quisesse tal prisão era só ter dito aos policiais que soltassem a garota, pois sua manifestação, conforme o divulgado pela imprensa, estava dentro da proposta do evento.
"Esses dias na prisão são ruins para a cultura, a Bienal e o Brasil; ela não destruiu um patrimônio público, ela pichou uma sala vazia numa Bienal em que o público foi convidado a interagir" disse o ministro. a Cultura é um Patrimonio? que patrimonios, então, prendem a Pivetta?
acentuar os limites profissionais, dizendo que "não têm nada com isso", querendo restringir seus serviços à exposição e tentando abrigar-se nos limites da profissão 'curador' quando podemos ver em suas figuras verdadeiras representações da 'bienal arcaica e familiar burguesa', que diz que os Sustos na bienal foi crime contra o Patrimonio Publico Tombado e que não pode fazer nada, pois o espaço publico tombado nao é com ela, O governador diz que não é com ele, O ministro quer a liberdade de Sustos, mas so pode fazer o pedido e não soltà-la. e os curadores dizem não podem fazer nada, nem deve fazer nada", pois os mesmos são somente contratados para fazer um serviço terceirizado, um projeto para uma abstrata Instituição Patrimonial, num circulo que começa com a uma abstração que contrata o seviço de curadores que dizem que não podem fazer nada, nem devem fazer nada, mas que que assustados com a pivetada chamou a policia, e depois se recusa a assumir responsabilidade dizendo que não pode fazer nada,nada,nada! sem contar as declaraçoes que beiram ao esnobismo institutucional dizendo que nao tem que prestar satisfaçao a artista nenhum. E nem se sabe ao certo se spray sobre " muro de bienal" é considerado como dano ao patrimonio pelos orgãos de defesa do patrimonio? Mas os policiais prenderam a Pivetta porque foram chamados e porque acharam que ouve danos à Arte. mas que arte? Carol declarou que la nao tinha arte e que ela ia fazer. E fez. Arte das boas, vibrantemente vinda da periferia em vivo contato com o mundo. afetado por ele e afetando todo o mundo. canalizando energias em uma mobilizaçao que hà muito não se via. A Pivetta consegui inscrever institucionalmente o seu gesto através do reconhecimento do Ministro da Cultura. arrebatndo um reconhecimento e uma visibilidade no circuito da arte incontestavel sendo ja citada por outros artistas, que mesmo "convidados" reconhecem que a pichaçao Sustos foi o melhor e maior acontecimento de bienais dos ultimos tempos,uma critica real e apaixonada à forma instituida de todas as bienais, inclusive esta, com suas conversas entre amigos em forma de debates. E produziu uma agitaçao e discursão enorme, jà reconfigurando algumas posiçoes nesse campo dado da Arte. isso é o que importa em vez de discussoes desinteressantes em defesa do patrimonio familial. mesmo para quem nao acha legal a pixachação, pode achar detestàvel a atitude da 28a Bienal de São paulo e de quem a representa, mesmo que se escondam por detràs das criticas às açoes de "vandalismo", para mascarar o fato de que "não quer" tomar posiçao. Restam então os dois pontos de justificativa para mantê-la presa: não ter emprego fixo ou renda, nem ter residência comprovada. e desde quando ser morador de rua e desempregado são pretextos para prender alguém? essa discussão faz-se necessaria pois têm-se multiplicado os casos de criminalização de artistas que se utilizam do grafiti pelo mundo a fora. geralmente jovens, estudantes ainda ou que deixaram de estudar por questões economicas, mas que em vivo contato com suas realidades fazem uso dos elementos visuais mais proximos, e por mesmo, expulsos de suas escolas, com seus titulos escolares como em tempos de AI-5, "os agentes culturais são, de repente, os agentes policiais, como era os militares em 1968". Quem prendeu piveta foi o Patrimonio, entnao que a solte. Talvez seja necessario rediscutir a relação da arte com esse petrimonio que prende, contrata, faz e acontece, que pode mais que o governador eleito pelo povo, tirando a força de todos, de ministro, de governo, de artistaica, de curadores, de professores e acima de tudo do cidadão e do direito de expressão. que odeia artista pobre, ou com consciencia suficiente para nao se prestar a produzir belezas de bom gosto para o consumo burguês. Valeu piveta! mexeu com todos as forças da sociedade através da imagem, se increvendo na linhagem de artistas brasileiros porretas, como o Hélio Oiticica quando levou os passistas da mangueira para o MAM, e foi impedido de entrar. e o Hélio, mostrou num belo discurso a impossibilidade da cultura polpular entrar no autoproclamada Alta-cultura, com seus muros-museus-patrimonios, seus agentes culturais policiais, que nnao soexcluem, expulsam como prendem e tranforma em criminoso, aqueles que não não como nós", como se referiu Sarah palin a respeito do mulato Obama.
Nos tempos de Ai-5 o Cildo fez a pergunta: "Quem matou Herzog?", nos tempos atuais cabe-nos perguntar "Quem prendeu Pivetta?.
bom domingo,
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13/12/2008 - 08h17
"Isso é exagerado", avalia ministro Juca Ferreira
LUCAS NEVES
SILAS MARTÍ
da Folha de S.Paulo
A prisão prolongada de Caroline Pivetta da Mota, 24, que pichou o andar vazio da Bienal, foi vista pelo diretor teatral José Celso Martinez como eco do regime militar e punição excessiva. "Os agentes culturais são, de repente, os agentes policiais, como eram os militares em 1968, no AI-5", diz o fundador do Oficina.
"Isso é exagerado e pode macular o momento de liberdade de expressão que estamos vivendo", avalia o ministro da Cultura, Juca Ferreira, que ligou para o governador José Serra e o presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa, pedindo uma intervenção a favor de Mota.
"Esses dias na prisão são ruins para a cultura, a Bienal e o Brasil; ela não destruiu um patrimônio público, ela pichou uma sala vazia numa Bienal em que o público foi convidado a interagir", acrescenta Ferreira.
Artistas, críticos e curadores ouvidos pela Folha também enxergam o andar vazio desta Bienal como um convite velado ao ataque dos pichadores.
"A curadoria, quando apresenta um andar vazio, faz uma provocação", diz o ator Ivam Cabral. "Eles têm de arcar com as conseqüências."
"Isso tudo foi o que a curadoria provocou, tem de suportar, tem de saber lidar", concorda o curador Agnaldo Farias. "Se eu fosse a curadora, teria de responder pelo andar vazio, ainda mais quando havia a visão de que isso tirava dos artistas um espaço que lhes é de direito", completa a diretora do Museu da Imagem e do Som e do Paço das Artes, Daniela Bousso.
Outra suposta provocação, esta mais direta, foi a fala da curadora Ana Paula Cohen na entrevista coletiva que antecedeu a mostra, sobre a ameaça de um possível ataque de pichadores. "Estão convocando gente da periferia da cidade para fazer isso, e essas pessoas não sabem no que estão se metendo."
"O discurso da curadoria era um pouco estranho. Dizer 'gente da periferia' é um grande engano", afirma o curador Cauê Alves, um dos signatários do manifesto que circula na internet a favor da soltura de Mota.
Silêncio
"A penalização exacerbada desta jovem é indecente", opina o videoartista Maurício Dias, em e-mail que divulgou. "Muito mais grave do que o crime de uma jovem pichadora são os de colarinho branco, de corrupção da já velha direção da própria Fundação Bienal."
Na opinião de outros artistas e curadores, a omissão da Bienal sacrificou a oportunidade de transformar o episódio em debate. "Acho lamentável que não tenha havido um diálogo", afirma Lisette Lagnado, curadora da 27ª Bienal. "Será que essa discussão não interessaria mais do que a série de debates que eles fizeram durante a Bienal, que não passava de uma conversa entre amigos?", questiona Daniela Bousso.
Outros artistas e galeristas reconhecem, no entanto, que houve um ato de vandalismo, passível de punição. "Desconsidero que isso seja expressão artística", afirma a artista Adriana Varejão. "Esses pichadores exageram no argumento."
"Quem depreda patrimônio tem de ser punido, mas tem o lado injusto de que ela certamente virou um bode expiatório", afirma a galerista Márcia Fortes.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u478824.shtml
Atualizado em 18/12/2008 - às 09:06es.
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ao mesmo tempo iguais mas, tremendamente diferentes
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Por Helena Sthephanowitz
Habeas corpus negado de novo
A Justiça do Estado de São Paulo negou ontem novamente o pedido de habeas corpus de Caroline Pivetta da Mota, 24, presa após pichar as paredes da Bienal, no parque Ibirapuera.
Foi a segunda vez que ela teve a liberdade negada -a anterior foi na sexta. Ela está na Penitenciária Feminina de Santana (zona norte) há 53 dias. A decisão foi emitida na última segunda-feira pelo juiz Fernando Matallo, da 4ª Vara Criminal, e entrou ontem no sistema da Justiça do Estado.
Caroline foi presa em 26 de outubro, ao pichar com spray o prédio da Bienal. Com ela estavam cerca de 40 pessoas. "Estava me manifestando contra os desfavorecidos, os que não têm acesso àquela coisa toda [a arte da Bienal]", disse ela
Dois ministros já se manifestaram contrários à prisão dela. No último dia 9, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, pediu ao governador José Serra (PSDB) e ao presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa, que interviessem em favor da jovem. O governador José Serra (PSDB) disse que as coisas "não eram bem assim" .
Na segunda-feira, Paulo Vannuchi (Secretaria Especial de Direitos Humanos), mencionou o banqueiro Daniel Dantas ao criticar a prisão de Caroline. "Ela está presa há 50 dias porque grafitou uma sala da Bienal de São Paulo, numa situação em que chamava de intervenção. O Daniel Dantas ficou preso muito menos tempo e por irregularidades muito maiores."
Fonte: Helena Sthephanowitz
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