Última atualização - 5/12/2017
... eu acho que o ponto a ser trabalhado em mim é essa contradição para com o feminino em mim mesmo: e isso é tão antigo em mim: um conflito que aflorou na puberdade, quando oscilava entre dois gestuais no cotidiano: ser simples vs ser carrancudo.
.... acho que eu tinha 12 anos de idade...até então eu não vivia o drama da autoafirmação, ou seja, a necessidade de ter amigos...de forma que naquele momento fiquei me perguntando se para ter amigos eu deveria ser brutamontes ou espontâneo: ali se instalou um conflito que trago até hoje e, penso, muitos homens, inclusive homoafetivos trazem como lembrança do passado presente...
.... naquele momento eu não tinha com quem nem onde conversar sobre o padrão brutamontes vs espontâneo, o que não era apenas físico como também subjetivo.
... lembro que um dia, como lembrete, escrevi por todo o corpo: ser simples....
...ser simples implicava em ser espontâneo: soltei o diafragma, falei com minha voz, sorri, soltei a lingua, os cabelos, os olhos, o corpo: não fui aceito assim na roda de pretensos amigos e, por causa do buillying, apaguei do corpo o ser simples e escrevi: ser carrancudo...
...e assim construi um novo personagem experimental: armei-me e jurei furar os olhos do primeiro que apontasse meu jeito DESdoante de ser
*destoante
...a minha arma era um lápis que transformei em punhal: furei os olhos do primeiro que veio com gracinha pra cima de mim: cegos, nos tornamos amigos..
...agora sei: preciso encontrar-me com aquele rapaz que me ameaçou...faz tanto tempo:
Ele: todo viado tem que morrer: vou te matar viado....me lembro como se fosse hoje...foi ali em frente ao Mutirama...
....tempos depois, ao passar pelo mesmo local rumo a Escola, deparei-me com aquele homem pedindo-me esmola: era o homem cujos olhos eu havia arrancado....quer dizer, eu não, talvez ele tenha desenvolvido alguma doença que o cegou: no momento em que ele me ameaçou apenas desejei que ele ficasse cego em forma de soma(tização).
: senti-me à vontade e seguro, até mesmo porque, cego, ele não poderia ver-me mater...
: Como ser ou: Ser ou não ser, eis a questão: a mulher como parte nossa: não como propriedade e sim continuidade de nosso corpo....
....agora sei: preciso ligar para minha mãe: quero ouvi-la antes que, em nós, um de nós percamos a memória ao ponto de, diante do espelho, não nos reconheçamos e nem ao menos saibamos quem somos: antes que se vá a última fagulha em forma de assalto com morte ao nosso acervo de vida em forma de fim das nossas lembranças do passado presentes.
qual a saída
?????
....pelo conhecimento a ser construido através da escuta, dizem-nos as manas: vcs homens precisam nos escutar.
..sim, a saída é pelo cognitivo: nas redes sociais ....nas conversas presenciais...no encontro com as manas. ...
...os homens temos condicionamentos enraizados e, superar lembranças do passado presentes não é fácil mas possível... .... o machismo mata = lesa = cega...
o machismo precisa ser combatido: trazemos no nosso DNA cultural machismo...os homens sofremos com essa carga machista a nós imposta...triste ver jovens com mentalidade brutamontes inclusive somatizada numa postura carrancuda pesada sofrida tipo: engoli uma estaca e por isso ando tenso...
liberte-se do machismo: escutando as manas: aqui nas redes sociais...lendo...participando de coletivos feministas...e dando ouvindo à mulher...
....agora sei: preciso ligar para minha mãe: quero ouvi-la antes que, em nós, um de nós percamos a memória ao ponto de, diante do espelho, não nos reconheçamos e nem ao menos saibamos quem somos: antes que se vá a última fagulha em forma de assalto com morte ao nosso acervo de vida em forma de fim das nossas lembranças do passado presentes.
agora sei: não ligar para ela é produto de uma velha questão não resolvida, a qual se traduz em forma de maus tratos a ela enquanto representação do mundo feminino: e a mim.... agora sei: preciso reencontrar-me com Paty Smith, a curadora de Robert*, spin fotógrafo, humano. *Robert Mapplethorpe foi um fotógrafo estadunidense, conhecido pela sensibilidade no tratamento de temas controversos e no uso do preto e branco na fotografia.
Autor: José Carlos Lima, em 2/12/2017
P.S.
... ser mater vs pater
....ele tenta costurar um texto relatando algumas das suas histórias vivenciadas, as quais, diz, pensa que pode dizer a uma ou outra pessoa
.... um coletivo q recomendo: Coletivo Feminista Bertha Luz....fui a uma reunião e gostei...e vi que são questões que dizem respeito a todos nós
https://m.facebook.com/berthalutzfmufg
Coletivo Pagu
https://www.facebook.com/coletivo.pagu/
P.S. 3 -
Links para os eventos dos quais participei como ouvinte.
Evento no Coletivo Bertha Luz
https://m.facebook.com/events/150846808976270?view=permalink&id=151607148900236
Evento no Coletivo Pagu
https://www.facebook.com/events/342709166193518/?ti=cl
Atualização - 5/12/2017 - 10:30h
...ela foi para o Canadá e, de lá, falou...
isso foi o suficiente para sofrer ataques machistas: vejo isso como problema a ser tratado, como grave patologia: o machismo = misoginia também faz sofrer quem o porta, pois trata-se de um pesado DNA cultural a ser superado mediante processos cognitivos que envolvam, antes de tudo, a escuta,
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1707690105954036&id=165205036869225
Atualização - 5/12/2017 - 11:00h
De Francisco Estácio, do Esquizoanálize, via Facebook:
Entrevista para revista veja: 1982
Sonia Golddfeeder: "o que é a doença mental para você"?
Guattari: "A doença mental se insere num agenciamento das questões de trabalho, de relações no seio da família, , elementos de ordem pessoal, relações de ordem sexual,... mesmo que o que apareça seja unicamente um sintoma no corpo.
Toma -se como exemplo a poluição.
A poluição pode ser medida por instrumentos de análise química,mas ela não é causada somente por uma cadeia de combinações químicas. A poluição é também um modo de conceber a vida,a produção e o conjunto de sistemas de valores humanos. Isso pode-se encarnar como sintoma particular, assim como na doença mental, e seria falho tratar a “doença poluição apenas pelo sintoma".
https://m.facebook.com/groups/241082249393838?view=permalink&id=869602359875154
Atualização: 11:18
Um espaço de cura
https://www.facebook.com/events/388038204983282/?ti=cl
link depara a imagem que ilustra o post
https://www.instagram.com/p/BcMvKQxDEvO/
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