19/07/2009

Amanhã direi o hoje que já será ontem

É bom voltarmos ao passado para consertá-lo, é o que faço com este novo sistema, esta obra.
Deparo-me com certas coisas do passado, dou-me conta do quanto é importante bebermos nesta fonte.
Não sei aonde eu estava para ter jogado fora mais de 70 armários com coisas que eu vinha escrevendo, filmando, desenhando há anos.
Onde eu estava para não ter criado antes esta obra, este sistema onde posso guardas as coisas do presente que amanhã serão passado?
Não passo revelar-me hoje, somente amanhã.
É que resolvi não mais existir em tempo real.
Chega!
Hoje quero apenas ter toda a liberdade do mundo.
O que fiz hoje está salvo como rascunho
Amanhã volto para clicar em "publicar postagem"

Atualizado - 09:46

Acabei de fazer o sorteio do espaço a ser usado hoje.
Como não quero aparecer em tempo real, tudo será salvo como rascunho.
Amanhã, 20/07, vou clicar em publicar postagem.
Trata-se de uma experimentação para o novo jeito deste sítio.
Espero não enjoar.
O que há comigo?
Não consigo permanecer quieto?
Onde vou parar com esta minha impermanência.
Como amar alguém sendo assim, se jamais estou presente.
Talvez ninguém me suporte.
Preciso urgente de um spin médico.
Se bem que já experimentei ter um médico como interlocutor íntimo.
Não adiantou nada.
Da minha anamnese nasceram muitas obras.
O acervo estava espalhado por 70 armários.
Num dado momento de inconstância joguei tudo fora.
Para começar novamente esta permanente impermanência.
Como diria minha mãe, "menino aqueta o facho!"
Não sei.
Agora sei.
( ) aFEto

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