A vida é uma festa, como vocês sabem, ainda estou de férias no sul do Maranhão. No entanto sou inquieto, chego a pensar que preciso tomar algum estabilizador emocional para aquietar-me. Já fui assaltado duas vezes, por aí, não na cidade onde estou, por aqui é só paz, o assalto ocorreu em cidades circunvizinhas, nada de grave, valeu como aprendizagem, de agora em diante sei que andar por lá somente de dia. De noite só quando houver festa e, claro, sem andar pelas redondezas. Assim não corro nenhum risco e continuo admirando as pessoas, que são o máximo. Adoro esta região, conversar com o povo da roça, com estas pessoas tidas pelo grandes centros como analfabetas, feias e ignorantes, o que na verdade é um grande engano, puro pré-conceito.
Como não consigo ficar quieto, ontem à noite sentei-me no banco da Praça da Matriz para estar com uma turma de uns 10 moradores. Fiquei surpreso com a capacidade de análise das pessoas daqui. Vi que eles não ficam atrás dos cientistas políticas em termos de suas inteligentes análises. Entre outras coisas eles disseram que a vida deles melhorou como nunca. Pensei que eles fossem dizer que a vida deles melhor por causa do Bolsa-Família.
Surpreendi-me quando a turma, em nenhum momento, citou o Bolsa-Família como um programa que tenha melhorado a vida do povo. Ao invés disso eles citaram as linhas de crédito liberadas pelo governo federal.
Interlocutor 1: rapaz, antes não se via neguinho enfiando cartão em caixa eletrônico. Hoje você as pessoas com dinheiro no bolso por causa do apoio do governo para projetos.
(Este rapaz se referia à grana liberada para programas de renda própria tais como criação de porco, galinha, hortaliças, etc. )
Interlocutor 2: o Lula foi o melhor presidente que este País já teve. Voto nele e vou votar sempre.
(Neste momento interferi, afirmando que Lula não seria candidato e que a Dilma era a candidata do Lula. Fui ignorado, um deles afirmou que Lula ainda não tem candidato.)
Interlocutor 3: o Lula é muito forte, ele chamou este Senador que queria renunciar, ele (Senador) adiou a renúncia. Lula não estudou muito mas é inteligente e esperto, já o Sarney estudou muito mas não é inteligente, se não fosse o Lula ele (Sarney) já teria caído.
Interlocutor 4: que nada, esta coisa aí do Sarney é coisa de televisão. Tem o outro lá, o tucano, todos são safados, o Senado deveria ser extinto.
Interlocutor 5: isto é coisa daquele governador de São Paulo, o Serra, um safado, coisas do alto empresariado, estes caras aí da soja, isto é coisa de televisão.
(Ao perceber que o povo não é bobo, fui dormir tranquilo)
Como não consigo ficar quieto, ontem à noite sentei-me no banco da Praça da Matriz para estar com uma turma de uns 10 moradores. Fiquei surpreso com a capacidade de análise das pessoas daqui. Vi que eles não ficam atrás dos cientistas políticas em termos de suas inteligentes análises. Entre outras coisas eles disseram que a vida deles melhorou como nunca. Pensei que eles fossem dizer que a vida deles melhor por causa do Bolsa-Família.
Surpreendi-me quando a turma, em nenhum momento, citou o Bolsa-Família como um programa que tenha melhorado a vida do povo. Ao invés disso eles citaram as linhas de crédito liberadas pelo governo federal.
Interlocutor 1: rapaz, antes não se via neguinho enfiando cartão em caixa eletrônico. Hoje você as pessoas com dinheiro no bolso por causa do apoio do governo para projetos.
(Este rapaz se referia à grana liberada para programas de renda própria tais como criação de porco, galinha, hortaliças, etc. )
Interlocutor 2: o Lula foi o melhor presidente que este País já teve. Voto nele e vou votar sempre.
(Neste momento interferi, afirmando que Lula não seria candidato e que a Dilma era a candidata do Lula. Fui ignorado, um deles afirmou que Lula ainda não tem candidato.)
Interlocutor 3: o Lula é muito forte, ele chamou este Senador que queria renunciar, ele (Senador) adiou a renúncia. Lula não estudou muito mas é inteligente e esperto, já o Sarney estudou muito mas não é inteligente, se não fosse o Lula ele (Sarney) já teria caído.
Interlocutor 4: que nada, esta coisa aí do Sarney é coisa de televisão. Tem o outro lá, o tucano, todos são safados, o Senado deveria ser extinto.
Interlocutor 5: isto é coisa daquele governador de São Paulo, o Serra, um safado, coisas do alto empresariado, estes caras aí da soja, isto é coisa de televisão.
(Ao perceber que o povo não é bobo, fui dormir tranquilo)
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ps1
Como eu estava bastante curioso para saber sobre a importância do Bolsa-Família por aqui, toquei no assunto e um dos interlocutores desta agradável conversa respondeu-me de forma suscinta que algumas pessoas precisam.
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ps2
Alô Rede Globo, o Povo Não é Bobo
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Um comentário:
Belo relato, José Carlos Lima.
Vera B. Pereira
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