Acabei de conversar com Duchamp do Maranhão
Trata-se de uma antiga dúvida
A minha intenção é arrumar uma máquina fotógrafica emprestada para tirar umas fotos no espaço de Duchamp do Maranhão
Tenho ido várias vezes conversar com Duchamp do Maranhão
Tantas vezes que as pessoas já me observam como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada, ou estranha, fora do normal
E por acaso em Nova York, Paris, SP e RJ não é assim também?
Em qual lugar do mundo temos toda a liberdade de existência e criação?
Claro que não
Dizem que em Londres há liberdade, respeito à diversidade
Ah é?
Se em Londres fosse assim tão evoluída Jean Charles não teria sido morto por estar andando de "forma estranha", fora da linha, tipo "terrorista"
Em qualquer lugar do mundo saiu da linha levou chumbo
Esta falta de liberdade me incomoda porque ser observado é o fim da liberdade
Talvez eu deva nem ligar e assumir que estou numa vitrine
A minha dúvida é se o implacável olhar do outro é um olhar movido por questões morais , sexuais ou de ordem material
Ou será apenas contemplação?
Isto não é uma particularidade do sul do Maranhão, em Londres também é assim
Na verdade quero apenas entender Duchamp do Maranhão, espero uma compreensão mútua, que ele também me entenda e dê-me liberdade para a realização da minha investigação.
Duchamp do Maranhão tem noção do que faz?
Ele sabe di si mesmo?
Duchamp do Maranhão sabe da importância das suas obras para o mundo?
Para ter estas respostas, hoje conversei com Duchamp do Maranhão, um papo que interrompi quando vi que, como era de esperar, as pessoas estavam me observando
Eu: há um ano atrás estive aqui. Havia uma roda de bicicleta girando num suporte.
Ele: é de colocar os raios.
Eu: quero fotografar também, cadê a peça?
Ele: tá desmontada
Eu: cadê
Ele: (me mostra uma peça mas vejo que não é a mesma do ano passado)
Eu: mas não era esta a engrenagem, era uma igual a uma obra de Duchamp.
Ele (em silêncio, como se não houvesse entendido)
Eu: Duchamp morou em Nova York, na década de 20. Assim como você, ele pegou uma peça como a que vi aqui . Ele expôs a engrenagem numa galeria de arte. Estou querendo tirar uma foto para escrever num blog, ontem passei aqui estava fechado, eu gostaria de tirar uma foto desta fachada. Vou ver se consigo uma máquina fotógrafia emprestada.
Ele (em silêncio, deixando-me sem saber se Duchamp do Maranhão compreendeu-me)
A minha intenção é arrumar uma máquina fotógrafica emprestada para tirar umas fotos no espaço de Duchamp do Maranhão
Tenho ido várias vezes conversar com Duchamp do Maranhão
Tantas vezes que as pessoas já me observam como se eu estivesse fazendo alguma coisa errada, ou estranha, fora do normal
E por acaso em Nova York, Paris, SP e RJ não é assim também?
Em qual lugar do mundo temos toda a liberdade de existência e criação?
Claro que não
Dizem que em Londres há liberdade, respeito à diversidade
Ah é?
Se em Londres fosse assim tão evoluída Jean Charles não teria sido morto por estar andando de "forma estranha", fora da linha, tipo "terrorista"
Em qualquer lugar do mundo saiu da linha levou chumbo
Esta falta de liberdade me incomoda porque ser observado é o fim da liberdade
Talvez eu deva nem ligar e assumir que estou numa vitrine
A minha dúvida é se o implacável olhar do outro é um olhar movido por questões morais , sexuais ou de ordem material
Ou será apenas contemplação?
Isto não é uma particularidade do sul do Maranhão, em Londres também é assim
Na verdade quero apenas entender Duchamp do Maranhão, espero uma compreensão mútua, que ele também me entenda e dê-me liberdade para a realização da minha investigação.
Duchamp do Maranhão tem noção do que faz?
Ele sabe di si mesmo?
Duchamp do Maranhão sabe da importância das suas obras para o mundo?
Para ter estas respostas, hoje conversei com Duchamp do Maranhão, um papo que interrompi quando vi que, como era de esperar, as pessoas estavam me observando
Eu: há um ano atrás estive aqui. Havia uma roda de bicicleta girando num suporte.
Ele: é de colocar os raios.
Eu: quero fotografar também, cadê a peça?
Ele: tá desmontada
Eu: cadê
Ele: (me mostra uma peça mas vejo que não é a mesma do ano passado)
Eu: mas não era esta a engrenagem, era uma igual a uma obra de Duchamp.
Ele (em silêncio, como se não houvesse entendido)
Eu: Duchamp morou em Nova York, na década de 20. Assim como você, ele pegou uma peça como a que vi aqui . Ele expôs a engrenagem numa galeria de arte. Estou querendo tirar uma foto para escrever num blog, ontem passei aqui estava fechado, eu gostaria de tirar uma foto desta fachada. Vou ver se consigo uma máquina fotógrafia emprestada.
Ele (em silêncio, deixando-me sem saber se Duchamp do Maranhão compreendeu-me)
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