O que considero mais curioso deste processo é que se o segundo turno se vier a acontecer não se dará nem por conta da onda verde, nem por causa da recuperação de Serra.
A acontecer o segundo turno ele será resultado do fator Deus.
Foram as igrejas conservadoras, tanto do campo católico quanto evangélico, que organizaram a reação à candidatura Dilma.
Com boatos na internet, discursos de padres e pastores nas missas e cultos, distribuição de panfletos e até DVDs, eles conseguiram ir derrubando aos poucos a intenção de votos da candidata petista nos últimos 15 dias.
O mais impressionante é que uma boa parte da anti-campanha era baseada em mentiras. Como a de que Dilma teria dito que “nem Jesus Cristo lhe tiraria a eleição no primeiro turno”.
O que foi desmentido por Dilma e até por diversos veículos da mídia tradicional impressa.
Não é exatamente um avanço que a eleição termine desse jeito, com a candidata favorita tendo que se explicar para os setores religiosos.
Isso é um retrocesso, mas faz parte do caminhar.
O fator Deus precisa ser tema de debates após a eleição.
O jogo político nem a construção da democracia brasileira podem ser reféns das coisas do céu.
Aqui o texto na íntegra: O fator Deus na reta final e as últimas pesquisas
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