Atento para o que aconteceu no Egito que, como se sabe, passada a "primavera", os milicos retomaram o poder, já libertaram Mubarak...E na Síria os 'primavereiros" seguem a cartilha golpista de Gene Sharp e seu método passo a passo para destruir governos não confiáveis ou que ousam desafiar ou competir com a economia americana ou por serem fonte de lucro para grandes corporações. A receita de Gene Sharp é simples e tem sido colocada em prática mundo afora: A "revolução" começa com protestos permanentes para minar a economia, sendo este o passo 1. Veja bem que este método é aplicado tanto para derrubar governos ditatoriais, como ocorreu no Egito, como também governos eleitos mas não totalmente confiáveis aos EUA. O passo 1 de Gene Srarp foi dado na Síria mas não levou à queda de Asssad. Por isso entrou-se na fase 2, a atual guerra civil. Ao que tudo indica, Assad não cairá, inclusive estava retomando o controle das cidades, daí a fase 3 e definitiva: As bombas da OTAN, nesta fase nenhum governo se sustenta. E o Brasil tem muito mais a oferecer aos que tem a guerra como investimento: Temos o pre-sal 76% para a educação, os EUA tem urgência em bloquear o sucesso do Brasil, conforme ficou claro na espionagem que agora vem a tona:
UM AUTÊNTICO E LAMENTÁVEL ATO CRIMINOSO, por Diogo Costa, no Facebook
A descoberta dos atos de espionagem norte-americana, em vários países do mundo, está longe de ser uma novidade ou algo inusitado. Esta prática é exercida com todo apreço possível pelos EUA desde sempre. Mas não só por eles.
A espionagem acompanha a história da humanidade e outras grandes potências fazem uso dela nos dias de hoje, sem a menor cerimônia. O mais grave dos acontecimentos atuais é o grau dos atos criminosos oriundos de Washington.
Sabe-se agora que a Presidenta Dilma Rousseff, chefe de estado e de governo da República Federativa do Brasil, foi alvo de intensa espionagem (telefônica e telemática). Altos funcionários da república também foram alvo dessa máquina criminosa construída a partir dos eventos de onze de setembro de dois mil e um. Um (ou vários) ato criminoso desta natureza, de tamanha magnitude, poderia ser perfeitamente encarado como um ato de guerra, sem nenhum medo de cometer um exagero retórico.
A delinquência estatal norte-americana é deveras conhecida e reconhecida, mas de fato extrapolou todos os limites possíveis e imagináveis.
O Congresso Nacional instalará a CPI da Espionagem, e seria muito importante esmiuçar todos os pontos que superficialmente estão elencados. Não seria a primeira vez que uma CPI constataria de forma cabal e indesmentível a perniciosa presença norte-americana no país, com fins escusos de desestabilização política de um governo independente em sua política externa.
O IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), criados em fins dos anos cinquenta e início dos anos sessenta, foram duas organizações que tinham estreitas ligações com a CIA e que tinham como objetivo fomentar o discurso anti-comunista típico da Guerra Fria.
Após a renúncia de Jânio Quadros, o então vice João Goulart assumiu (antes como primeiro ministro, depois, após um plebiscito, como presidente) seus poderes constitucionalmente definidos. Não sem antes o Brasil assistir a belíssima Campanha da Legalidade, encabeçada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola. Pois bem, vieram as eleições legislativas de 1962 e a desconfiança sobre as campanhas da UDN e de outras figuras da direita deixou o campo das hipóteses e passou para o campo da materialidade, apurada através de uma CPI instalada em 1963.
Nesta CPI, ficou definitivamente comprovada a participação de empresas norte-americanas no financiamento daqueles que pouco tempo depois seriam os artíficies do golpe de 64. O IBAD acabou fechado por ordem judicial, em dezembro de 1963.
Portanto, a ingerência norte-americana no Brasil, e em toda a América Latina, é uma constante histórica. O Brasil deve se preparar para tarefas de contra inteligência e de espionagem. E precisa fazê-lo urgentemente!
A questão a saber é a seguinte, a ABIN trabalha para o Brasil ou para outros países? Para o Brasil, evidentemente. Mas percebam que há distintos grupos atuando lá dentro, e isto existe em qualquer agência governamental. O problema maior nem é este, mas sim o de empreender a profissionalização dos órgãos de diplomacia e de segurança nacionais.
Lembrem, por exemplo, da questão atual da Bolívia. O diplomata brasileiro que agiu descumprindo ordens hierárquicas da chancelaria, e da Presidenta Dilma Rousseff, não pode ficar impune! E não pode ficar impune justamente para que sirva de exemplo para futuros diplomatas que pretendam agir de forma criminosa, contrariando o direito internacional e desrespeitando a soberania alheia, além de contrariar (o que é mais grave ainda) a própria soberania nacional.
O Estado Brasileiro não pode continuar brincando de diplomacia e de contra espionagem, onde cada um faz o que quer e ninguém é responsabilizado. Se o fizer, não poderá posteriormente se queixar das consequências que virão desta 'frouxidão' institucional.
Por fim, espera-se que o Ministério das Relações Exteriores tome todas as medidas legais e cabíveis para expor perante o mundo o ato criminoso dos EUA. E espera-se também que exija todas as providências cabíveis para que tal ato não mais se repita.
Talvez tenha sido bom isto acontecer agora, pois a partir do criminoso episódio será possível tomar medidas de resguardo contra as políticas da CIA, do NED e da NSA. Estes órgãos contam com um orçamento aproximado de R$ 126 bilhões de reais. Certamente tal orçamento não é gasto com trivialidades.
Um comentário:
Fantastic!
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