Todos no sofá: lá na ponta uma pessoa que apesar de familiar, ou seja, do ramo artístico, não lembro quem era, talvez Paulo Veiga Jordão
A reunião transcorria normalmente quando o que estava ao lado da minha mão me chama a atenção pelos cabelos brancos um pouco volumosos, ele estava de costas para mim, que estava na ponta de cá[ponta esquerda], do sofá,
Ele vira um pouco o rosto para trás e vejo tratar-se de Carlos Sena Passos, in memoriam, professor de artes
Me cobro por não tê-lo cumprimentado quando cheguei ao local, tudo bem, ele acena com as mãos e continua conversando como seu interlocutor
No lado de cá, o Divino Sobral no meu colo em posição de Pietá..e na posição em que se encontra na imagem que ilustra este post e não deitado atravessado no colo
2- Dá conta deste sofrimento o poema medieval Stabat Mater que aqui arquivo no original em latim e na tradução oficial da Igreja Católica.
Stabat Mater
1 Stabat Mater dolorosa iuxta crucem lacrimosa dum pendebat Filius
De pé, a mãe dolorosa junto da cruz, lacrimosa, via o filho que pendia
2 Cuius animam gementem contristatam et dolentem pertransivit gladius
Na sua alma agoniada enterrou-se a dura espada de uma antiga profecia
3 O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta Mater Unigeniti
Oh! Quão triste e quão aflita entre todas, Mãe bendita, que só tinha aquele Filho
4 Quae moerebat et dolebat et tremebat cum videbat nati poenas inclyti
Quae moerebat et dolebat Pia Mater dum videbat nati poenas inclyti
Quanta angústia não sentia, Mãe piedosa quando via as penas do Filho seu!
5 Quis est homo qui non fleret Matri Christi si videret in tanto supplicio?
Quem não chora vendo isso: contemplando a Mãe de Cristo num suplício tão enorme?
6 Quis non posset contristari Matrem Christi contemplari dolentum cum filio?
Quem haverá que resista se a Mãe assim se contrista padecendo com seu Filho?
7 Pro peccatis suae gentis vidit Iesum in tormentis et flagellis subditum
Por culpa de sua gente Vira Jesus inocente Ao flagelo submetido
8 Vidit suum dulcem natum moriendo desolatum dum emisit spiritum
Vê agora o seu amado pelo Pai abandonado, entregando seu espírito
9 Eia Mater, fons amoris, me sentire vim doloris fac ut tecum lugeam
Faze, ó Mãe, fonte de amor que eu sinta o espinho da dor para contigo chorar
10 Fac ut ardeat cor meum in amando Christum Deum ut sibi complaceam
Faze arder meu coração do Cristo Deus na paixão para que o possa agradar
11 Sancta Mater, istud agas crucifixi fige plagas cordi meo valide
Ó Santa Mãe dá-me isto, trazer as chagas de Cristo gravadas no coração.
12 Tui nati vulnerati tam dignati pro me pati poenas mecum divide
Do teu filho que por mim entrega-se a morte assim, divide as penas comigo.
13 Fac me vere tecum flere crucifixo condolere donec ego vixero
Fac me tecum pie flere crucifixo condolere donec ego vixero
Oh! Dá-me enquanto viver com Cristo compadecer chorando sempre contigo.
14 Iuxta crucem tecum stare te libenter sociare in planctu desidero
Iuxta crucem tecum stare et me tibi sociare in planctu desidero
Junto à cruz eu quero estar quero o meu pranto juntar Às lágrimas que derramas
15 Virgo virginum praeclara mihi iam non sis amara fac me tecum plangere
Virgem, que às virgens aclara, não sejas comigo avara dá-me contigo chorar.
16 Fac ut portem Christi mortem passionis eius sortem et plagas recolere
Fac ut portem Christi mortem passionis fac consortem et plagas recolere
Traga em mim do Cristo a morte, da Paixão seja consorte, suas chagas celebrando.
17 Fac me plagis vulnerari cruce hac inebriari ob amorem filii
Fac me plagis vulnerari fac me cruce inebriari et cruore filii
Por elas seja eu rasgado, pela cruz inebriado, pelo sangue de teu Filho!
18 Inflammatus et accensus, per te, Virgo, sim defensus in die iudicii
Flammis ne urar succensus, per te, Virgo, sim defensus in die iudicii
Flammis orci ne succendar, per te, Virgo, fac, defendar in die iudicii
No Julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem por ti é defendido
19 Fac me cruce custodiri morte Christi praemuniri confoveri gratia Christe cum sit hinc (iam) exire da per matrem me venire ad palmam vicoriae
Quando do mundo eu partir daí-me ó Cristo conseguir, por vossa Mãe a vitória
20 Quando corpus morietur fac ut animae donetur paradisi gloria. Amen
Quando meu corpo morrer possa a alma merecer do Reino Celeste a glória. Amém.
O poema foi objecto e inspiração musical de algumas obras-primas no século XVIII, sobretudo, e a minha preferência vai, inteira, pela espiritualidade que se desprende da música, para a composição de Joseph Haydn.
Aqui fica a sugestão de audição.
Como se dissesse: Olha a vida!
4- Olha a vida! ou: Olha o Carlos Sena!
5- Sonho sobre o cheiro do café
Depois de escrever e muito, mantive-me acordado sobre a cama e fechei os olhos para ver
E vi o cheiro do café....em estado de vapor...vi claramente o vapor...vapor ou cheiro, tanto faz
Fiz uma busca no google
Sabes duma coisa, vou é fazer um café para tomar com o porteiro, que tal um cuscuz de arroz untado com óleo de coco ao leite...humm....
http://jornalggn.com.br/noticia/multimidia-do-dia-1090
7- Acabei de criar no whathsApp o que já faço por aqui: os 5 mensários
9-do mensário 5
10- pois é, ai vou amontado coisas no post e vira aquela bagunça e as pessoas começar a gritar: não entendendo...quer dizer, nem eu mesmo, com o tempo, entendo, ...claro, no momento entendo poruqe imerso na obra mas, e daqui a 10 anos, vou saber do que se trata isso,,,claro que não, ai vai tudo pro lixo de tão prolixo
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