Ultimamente tenho pensado muito sobre a possibilidade de a masculinidade tóxica ser uma doença, cujos sintomas, com base no olhômetro, tenho notado serem: aversão a contato físico e a ser fotografado, bem como ego obeso......
...,...pensei que fosse demorar muito tempo para saber quais seriam os outros sintomas, no entanto eles se nos apresentam neste edital para ingresso na policia militar da República do....Paraná:
Concurso para cadetes da PM do Paraná cobra "masculinidade" em edital, por Lorena Pacheco, no Correio Web Concursos
Item cobrado em teste psicológico avalia, por exemplo, a capacidade de o candidato "não se emocionar facilmente"
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) abriu um novo certame com 16 vagas para cadetes. Além de provas objetivas, os interessados serão submetidos a um teste psicológico onde será avaliada, dentre outras
coisas, a "masculinidade" do candidato. O item, presente no anexo II do documento, exige um resultado igual ou acima de "regular" para capacidade de "não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor". É exigido ainda que o candidato demonstre a competência de "não se impressionar com cenas violentas e que possa suportar vulgaridades".
coisas, a "masculinidade" do candidato. O item, presente no anexo II do documento, exige um resultado igual ou acima de "regular" para capacidade de "não emocionar-se facilmente, tampouco demonstrar interesse em histórias românticas e de amor". É exigido ainda que o candidato demonstre a competência de "não se impressionar com cenas violentas e que possa suportar vulgaridades".
Outros itens do teste psicológico também chamam atenção, como "amabilidade" e "afago". Neste último, o candidato deve ter resultado menor ou igual a "médio" para necessidade de buscar apoio e proteção, e sobre o quanto deseja ser "amado, orientado, perdoado e consolado". Além disso, será avaliada a necessidade de ser protegido de sentimentos de abandono, ansiedade, insegurança e desespero, que também deve ser igual ou inferior a "médio". Serão medidas também características de instabilidade emocional, passividade, liberalismo, busca por novidades, interações sociais, afiliação, empatia, dominância e outras.
Para Max Koolbe, advogado e especialista em concursos públicos, o edital apresenta subjetividades exigidas como perfil profissional que "transcendem o limite do absurdo". Ele explica que a realização de exames psicológicos é legítima, porém a adoção de critérios meramente subjetivos, que possibilitem ao avaliador um juízo arbitrário, afronta a garantia de ampla defesa.
Kolbe afirma que não há razões para afastar qualquer candidato do certame por meras presunções de inadequação ao perfil para o cargo. Isso, segundo dele, deve ser feito apenas quando é revelado, através do exame psicológico, sintomas de personalidade doentia e psicopática, inadequados ao preenchimento da carreira militar.
Por fim, o advogado defende que o edital deve ser retificado. "Além de discriminatórias, as exigências constantes no edital do concurso público não possuem amparo legal ou sequer, friso, qualquer objetividade que as justifiquem. Por essas razões, devem ser excluídas da análise por meio de retificação do edital", diz.
O Correio entrou em contato com a PMPR e com o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná (organizador do certame), mas até o momento desta matéria não obteve respostas.
O Ministério Público do Paraná informou, ainda, que não existem reclamações formais sobre o concurso. Porém, qualquer candidato que se sentir prejudicado ou queira denunciar o edital, deve encaminhar e-mail para gabinete@mppr.mp.br ou protocolar a reclamação na sede do MPPR,em Curitiva. Cabe ao MP averiguar a necessidade de investigação, fiscalização e tomar medidas cabíveis quando necessárias.
O Ministério Público do Paraná informou, ainda, que não existem reclamações formais sobre o concurso. Porém, qualquer candidato que se sentir prejudicado ou queira denunciar o edital, deve encaminhar e-mail para gabinete@mppr.mp.br ou protocolar a reclamação na sede do MPPR,em Curitiva. Cabe ao MP averiguar a necessidade de investigação, fiscalização e tomar medidas cabíveis quando necessárias.
Retrocesso
Para a psicanalista Thessa Guimarães, o termo "masculinidade", igualado à "capacidade de o indivíduo em não se impressionar com cenas violentas, suportar vulgaridades e não emocionar-se facilmente" é uma evidência do discurso de machismo no Brasil. "De fato, no jargão popular, masculinidade significa tudo isso. O problema é que essa correspondência entre masculinidade e frieza emocional é resultado de um processo histórico de subjetivação misógina, que ensina as meninas a cuidar e obedecer, e os meninos a dominar, agredir e exterminar, se preciso", comenta.
Para a especialista, qualquer definição de masculinidade está comprometida com uma tomada de posição a respeito da opressão de homens contra mulheres. "A definição pode ser de senso comum, científica, psicológica, antropológica, pouco importa. Se ela naturaliza características de opressão como masculinas e naturaliza características de subserviência como femininas, ela está a serviço do amplo retrocesso civilizatório no qual o golpe lançou o país, no qual a PM em todo o Brasil tem investido sem pudores", diz.
A psicanalista afirma, também, que o erro da equipe técnica por trás desta avaliação psicológica é, através dessa correspondência, esconder um processo histórico através do qual o patriarcado segue oprimindo, explorando e matando mulheres. "Pensa-se como natural a correspondência entre masculinidade e inclinação à violência, mas ela é histórica e precisa ser denunciada",diz.
"Mais grave ainda é considerar que o edital é feito para ambos os sexos, portanto a candidata vai para a avaliação psicológica advertida de que seu gênero é um obstáculo ao perfil", pontua.
O concurso
São 16 vagas, sendo duas reservadas a candidatos afrodescendentes. Pode se candidatar quem tiver nível médio de formação escolar e no máximo 30 anos de idade. Os salários são de até R$ 9.544,44. Haverá provas objetivas, de compreensão e produção de textos, provas de habilidades específicas, investigação social, avaliação psicológica, exame de sanidade física, exame de capacidade física e o curso de formação.
http://concursos.correioweb.com.br/app/noticias/2018/08/10/noticiasinterna,38523/concurso-para-cadetes-da-pm-do-parana-cobra-masculinidade-em-edital.shtml
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Minha amiga Cristina Flores ❤: quando vale a pena espalhar uma história muito triste, quando a arte salva a vida. Te amo
Cristina Flores
Lendo sobre o assassino de Tatiane, Luis Felipe Manvailer,
Lembrei do meu.
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Q bom q eu sobrevivi a vc /
Se pudesse fazer poesia de qq coisa /
1 frase, essa /
Q se arrancou dum fundo nem sei de mim /
Q disse rouca e fina 1 voz q nem era minha /
de ninguém /
possuída /
mas 1 descavalo onde todos os espíritos haviam me deixado
em vez de baixar /
No dia q vc tentou me matar /
t disse
com 1 resto de linguagem
1 língua telegrama
Não vale a vida.
t disse
Não vale a vida.
Numa barganha pela tua vida na real, não vale perder a tua vida, era o q eu queria e consegui expressar, em tremenda síntese, tremendo, pra te convencer, minha vida não valia nada pra vc, isso era reiteradamente muito claro, não vale a tua vida pra acabar com a minha, t disse, não vale a vida, era isso q eu repetia enquanto mamãe e os bombeiros não chegavam, só essa frase pq minha analista tinha me ensinado a lidar com ataques, ela me disse, pegue uma frase simples e afirme, re-afirme, atravesse só com ela o mar de palavras dele, pro maníaco/psicopata/neurótico/bipolar (escolhe a balinha)
não te tragar em círculos.
Se pudesse fazer poesia de qq coisa /
1 frase, essa /
Q se arrancou dum fundo nem sei de mim /
Q disse rouca e fina 1 voz q nem era minha /
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em vez de baixar /
No dia q vc tentou me matar /
t disse
com 1 resto de linguagem
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Não vale a vida.
t disse
Não vale a vida.
Numa barganha pela tua vida na real, não vale perder a tua vida, era o q eu queria e consegui expressar, em tremenda síntese, tremendo, pra te convencer, minha vida não valia nada pra vc, isso era reiteradamente muito claro, não vale a tua vida pra acabar com a minha, t disse, não vale a vida, era isso q eu repetia enquanto mamãe e os bombeiros não chegavam, só essa frase pq minha analista tinha me ensinado a lidar com ataques, ela me disse, pegue uma frase simples e afirme, re-afirme, atravesse só com ela o mar de palavras dele, pro maníaco/psicopata/neurótico/bipolar (escolhe a balinha)
não te tragar em círculos.
E tb me LEMBRO dos 5 segundos q me salvaram de fato, antes deles começarem a se arrastar naquele tempo extendido do medo, estava eu sentada na cadeira, a mesa entre nós
(ela ainda existe, as coisas q ficam, essa minha mesa/escudo), vc sentado com 1 faca grande na mão. Ele dizia quando tocar o interfone eu vou te matar, eu dizia Não vale a vida e tocou o interfone e eu fui precisa como uma atriz de vinte e poucos anos, toda minha agilidade, toda aula de tudo me fez não perder 1 milésimo de tempo, tracei um caminho q não sabia q tinha impresso com tamanha precisão no meu estômago, andei de costas, moonwalk é o caralho, entrei no nosso banheiro e girei a chave no exato segundo anterior ao q ele empurrou com toda força a porta. Clic. S a l v a. Se vc entrasse, eu tremendo mais do q nunca havia tremido em toda minha vida toda, se vc entrasse vc teria me matado, nós 2 sabemos disso. Mais gente sabe disso. Q merda de ser humano é vc. O tempo passou.
Te suprimi. Hoje conto como uma história minha, nunca vou te citar nominalmente. Acho. É q vc não me interessa, só o q aprendi interessa. Nunca mais sonhei com nada disso, mas as vezes no banho olho pro meu corpo muito branco e lembro das marcas coloridas, daquela fase das manchas de várias cores (os hematomas alteram de cor no tempo, enquanto apanhei de vc vi uma festa invertida de cores no meu corpo se alternando nos meus banhos, espetáculos d pinturas orgânicas macabras).
Eu tava quase morta por dentro, teatro é uma força muito grande mesmo, hj sei q foi o teatro q me salvou, de um tudo,e meus parceiros de cia evidentemente, o Ivan foi o primeiro a dar limite, digo chamar a segurança, ele olhou na minha cara e falou vou chamar 1 segurança pra tirar ele, e chamou a segurança do nelson rodrigues pra tirar ele, nessa altura eu já não tinha como esconder o quão violento ele era comigo, pq eu tentei esconder, usava mangas compridas, dizia q ele tava mal,ou deprimido, ou desempregado, ou com ciúmes, ou inseguro, etc etc etc etc. Essas coisas todas q todo mundo já ouviu 500 vezes. É, minha história foi bem clássica. Só o fim foi diferente. Clássico mesmo é morrer. E eu sobrevivi.
(ela ainda existe, as coisas q ficam, essa minha mesa/escudo), vc sentado com 1 faca grande na mão. Ele dizia quando tocar o interfone eu vou te matar, eu dizia Não vale a vida e tocou o interfone e eu fui precisa como uma atriz de vinte e poucos anos, toda minha agilidade, toda aula de tudo me fez não perder 1 milésimo de tempo, tracei um caminho q não sabia q tinha impresso com tamanha precisão no meu estômago, andei de costas, moonwalk é o caralho, entrei no nosso banheiro e girei a chave no exato segundo anterior ao q ele empurrou com toda força a porta. Clic. S a l v a. Se vc entrasse, eu tremendo mais do q nunca havia tremido em toda minha vida toda, se vc entrasse vc teria me matado, nós 2 sabemos disso. Mais gente sabe disso. Q merda de ser humano é vc. O tempo passou.
Te suprimi. Hoje conto como uma história minha, nunca vou te citar nominalmente. Acho. É q vc não me interessa, só o q aprendi interessa. Nunca mais sonhei com nada disso, mas as vezes no banho olho pro meu corpo muito branco e lembro das marcas coloridas, daquela fase das manchas de várias cores (os hematomas alteram de cor no tempo, enquanto apanhei de vc vi uma festa invertida de cores no meu corpo se alternando nos meus banhos, espetáculos d pinturas orgânicas macabras).
Eu tava quase morta por dentro, teatro é uma força muito grande mesmo, hj sei q foi o teatro q me salvou, de um tudo,e meus parceiros de cia evidentemente, o Ivan foi o primeiro a dar limite, digo chamar a segurança, ele olhou na minha cara e falou vou chamar 1 segurança pra tirar ele, e chamou a segurança do nelson rodrigues pra tirar ele, nessa altura eu já não tinha como esconder o quão violento ele era comigo, pq eu tentei esconder, usava mangas compridas, dizia q ele tava mal,ou deprimido, ou desempregado, ou com ciúmes, ou inseguro, etc etc etc etc. Essas coisas todas q todo mundo já ouviu 500 vezes. É, minha história foi bem clássica. Só o fim foi diferente. Clássico mesmo é morrer. E eu sobrevivi.
(foto de Letícia Isnard, te amo mana, não te marquei pq nessa imagem não marco ninguém, só eu mesma,
Essa fota é dos olhos mais tristes q já usei na vida.)
Essa fota é dos olhos mais tristes q já usei na vida.)
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