A imagem da manifestação das centrais sindicais e de vários movimentos sociais no Rio em defesa da Petrobrás, creiam-me, foi só o começo. Fala-se em mais de cinco mil pessoas que compareceram. A mídia dirá que foi menos. Não importa. Esse foi só o pontapé inicial. O país se levantará contra a direita. Não permitiremos que eles desencadeiem nova privataria. É hora de comemorar e de aguardar, que, em São Paulo, logo teremos a nossa chance. O Brasil inteiro terá.
Do site da FUP
Cerca de cinco mil manifestantes participaram hoje pela manhã do ato público, no Centro do Rio de Janeiro, em defesa da Petrobrás e por uma legislação que garanta o controle estatal e social das reservas de petróleo e gás. A manifestação, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), MST, UNE e centrais sindicais, reuniu estudantes, sindicalistas, trabalhadores, militantes sociais, parlamentares e partidos políticos, reforçando a unidade nacional das frentes de esquerda em defesa da soberania nacional.
Os manifestantes iniciaram o ato às 9 horas, na Candelária, e seguiram pela Avenida Rio Branco, que foi fechada, por volta das 11 horas, durante a passeata. O ato prosseguiu em frente ao edifício sede da Petrobrás, na Avenida Chile, onde trabalhadores, estudantes, militantes sociais e parlamentares deram as mãos, formando um cordão que contornou todo o prédio da estatal. Ao som do Hino Nacional, os manifestantes realizaram um abraço simbólico do prédio da Petrobrás, repudiando a tentativa da direita de retomar o projeto de privatização da maior empresa do país. A manifestação terminou por volta das 14 horas.
O ato público desta quinta-feira integra a campanha nacional O Petróleo tem que ser nosso!, que tem mobilizado os principais movimentos sociais do país na luta por uma nova Lei do Petróleo, que garanta o controle estatal e social sobre o setor. Caravanas de petroleiros vindas da Bahia, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Norte Fluminense somaram-se aos petroleiros do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias, presentes à manifestação. Caravanas de metalúrgicos de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo também compareceram ao ato. Uma nova manifestação em defesa da Petrobrás e por uma nova legislação para o setor petróleo será organizado em Brasília. Na próxima segunda-feira, 25, os movimentos sociais realizam em Recife (PE), um debate sobre o restabelecimento do monopólio estatal do petróleo.
Entidades presentes na manifestação desta quinta-feira: Federação Única dos Petroleiros (FUP), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, Conlutas, União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais, Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo, Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo, Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias, de Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, Sindicato dos Bancários do Rio, Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio, Sindicato dos Portuários do Rio, Sindicato dos Advogados do Rio, Sindicato dos Engenheiros do Rio, Sindicato dos Portuários do Rio, entre outras entidades.
Partidos políticos que enviaram parlamentares e representantes para o ato: PT, PCdoB, PSB, PCB, PSOL e PSTU.
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CPI da Petrobrás unifica a esquerda brasileira
Interessante texto de Miguel do Rosário
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Petrobrax para iniciantes
Desde 2001, durante o segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), até abril deste ano, a Petrobras gastou cerca de R$ 72 bilhões em contratos feitos sem licitação. Os gastos foram autorizados, em 1998, por um decreto presidencial assinado por FHC e, posteriormente, amparados por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre 2001 e 2002, a empresa, sob administração tucana, gastou R$ 25 bilhões em contratos do gênero, em valores não atualizados, uma média de R$ 12,5 bilhões por ano. No governo Lula, esses gastos chegaram a R$ 47 bilhões, entre 2003 e abril de 2009, uma média de R$ 7,8 bilhões anuais. Bom, não sei vocês, mas eu adoro jornalismo. Em valores atualizados, claro.
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Gabrielli: CPI do PSDB prejudica a reputação da estatal
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse ontem, em Nova York, que a instalação de uma CPI para investigar a empresa não ameaça os planos de investimento já anunciados, mas terá impacto sobre os negócios futuros da petrolífera. Gabrielli afirmou que a CPI preocupa sobretudo por causa dos seus efeitos sobre a reputação da empresa, mas garante que está pronto para esclarecer qualquer dúvida dos parlamentares.
- Toda vez que dou entrevista no exterior sobre os planos de investimentos da Petrobras, a imprensa brasileira tem uma atitude negativa, enquanto que a mídia estrangeira tem uma abordagem sempre positiva. Essa CPI é resultado de uma luta política. A mídia brasileira sempre fala em tirar "os ladrões da Petrobras" e fica criando denúncias que não se comprovam. Não vou parar de trabalhar por causa de especulações políticas, nem acho que isso vai ameaçar planos de investimento da empresa, mas reconheço que este clima hostil acaba produzindo efeitos que teremos que combater.
Gabrielli disse que os contratos sem licitação da estatal foram feitos dentro da legislação brasileira.
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