Tsunami mata no Chile
O tsunami provocado pelo terremoto de 8,8 graus de magnitude que atingiu o Chile neste sábado matou ao menos cinco pessoas e deixou 11 desaparecidos no território chileno, mas não afetou diversas áreas colocadas em alerta no Oceano Pacífico. Na remota ilha de Robinson Crusoé, a 700 km da costa chilena, ondas enormes mataram ao menos cinco pessoas e deixaram 15 desaparecidos, segundo o prefeito de Valparaiso, Iván de la Mesa.
O local, com cerca de 600 habitantes, que inspirou o narrador inglês Daniel Defoe a escrever Robinson Crusoé, foi varrido por uma série de ondas que atingiram especialmente a baía de Cumberland. Na baía de Cumberland havia três pousadas, a prefeitura e várias repartições públicas.
O tsunami também atingiu a costa sul do Chile, com ondas gigantes entrando pela cidade de Talcahuano, próxima a Concepción, uma das zonas mais abaladas pelo terremoto. "Estamos falando de um maremoto. Isto não tem outro nome", disse Carmen Fernández, diretora do Bureau Nacional de Emergências (Onemi), sem informar o número de vítimas do tsunami.
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Já que o mar nos chamou a atenção para Robson Crusoé, que tal procurarmos saber o significado disso
A Vida e as Estranhas Aventuras de Robinson Crusoé (em inglês Robinson Crusoe) é o mais célebre romance de Daniel Defoe, escrito em 1719. Seu título completo no original é The Life and strange Surprizing Adventures of Robinson Crusoe of York, Mariner: Who lived Eight and Twenty Years, all alone in an un-inhabited Island on the coast of America, near the Mouth of the Great River of Oroonoque; Having been cast on Shore by Shipwreck, where-in all the Men perished but himself. With An Account how he was at last as strangely deliver'd by Pyrates. Written by Himself.
Defoe inspirou-se na história verídica de um marinheiro escocês, Alexander Selkirk, abandonado, a seu pedido, numa ilha do arquipélago Juan Fernández, onde viveu só de 1704 a 1709. Robinson Crusoe herda desta história o mito da solidão, na medida em que, depois de um naufrágio de que é o único sobrevivente, vive sozinho durante vinte e oito anos, antes de encontrar a personagem Sexta-Feira. O romance simboliza a luta do homem só contra a natureza, a reconstituição dos primeiros rudimentos da civilização humana, testemunhada apenas por uma consciência e dependente de uma energia própria.
Robinson Crusoe constitui uma obra-prima dos alvores do realismo, distinguindo-se assim, desde logo na composição das personagens, de outros romances da época. De fato, era freqüente a narração da história amorosa e sentimental dos homens mas não a sua vida prática. Daí que a criação de Crusoe seja francamente inovadora: com um espírito prático e positivo, alheio a todo o sentimentalismo e à debilidade poética, Crusoe é um homem para quem as coisas existem concretamente, sem possibilidade alguma de transformação fantástica. Não é uma personagem afetada e melindrosa, como as que, na época, eram importadas da literatura francesa, apenas compreensíveis nos círculos da corte. Crusoe é um ingênuo que não se deixa enganar facilmente, é ativo e tem plena confiança na força do homem e no seu destino vitorioso. Apesar de não possuir uma inteligência extraordinária, pertence ao grupo dos vencedores: é infatigável, tenaz e engenhoso na sua necessidade de sobrevivência e no seu desejo de se sobrepor à natureza.
Ao mesmo tempo, Crusoe é uma personagem perturbada por problemáticas espirituais, bem próprias do mundo inglês do seu tempo, que o colocam no limiar de uma certa modernidade, aquela que permite afirmar o individualismo radical nos mais diversos domínios: filosófico, político, econômico, etc.
O impacto internacional de Robinson Crusoe foi fortíssimo. Pouco tempo depois da sua publicação, surgiram numerosas imitações, denominadas geralmente robinsonnades, que compreendiam peças de teatro, melodramas, vaudevilles, operetas, romances, etc. Ao mesmo tempo, a obra afirmava-se como um dos elementos fundadores da tradição do romance moderno (de feição realista e centrado no indivíduo), enquanto a figura do protagonista alcançava a estatura de um mito ou símbolo da condição humana. No nosso tempo, a história de Crusoe foi objeto de várias adaptações cinematográficas, entre as quais a de Luis Buñuel, com Dan O'Herlihy e Jaime Fernandez nos papéis principais, datada de 1952.
Na literatura do século XX destaca-se a obra Sexta-feira ou a vida selvagem de Michel Tournier, com uma abordagem menos colonialista e de maior consciência ecológica.
Em 2009 a Fox, rede televisiva norte americana lança a série Crusoé baseada na obra de Daniel Defoe.
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