Artistas se Manifestam em Defesa de Ana de Hollanda
* Publicado por Meu Nome é Tonho
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Sobre a retirada da licença Creative Commons do site do MinC, divulgada pelo Estado, creio que a sra. ministra Ana de Holanda está coberta de razão e deve ser aplaudida. Em primeiro lugar, porque a faculdade de licenciar conteúdos, em todos os níveis, pelos que os criam ou produzem é um direito garantido pela legislação autoral brasileira, e não por uma organização estrangeira, cujas "licenças" de nada valeriam se não houvesse a prerrogativa dada por nossas leis.
É absolutamente vergonhoso aceitar que o conteúdo publicado no site de um órgão do governo brasileiro, mantido com dinheiro público, tenha de ser "licenciado" por uma entidade forânea, patrocinada pelo megaespeculador George Soros (Open Society Foundation), pela William & Flora Hewlett Foundation (da Hewlett-Packard Company), pela Rockefeller Foundation e ainda por Microsoft,Google, Sun Microsystems, Yahoo e outras corporações da mesma cepa, acolitadas no Brasil pelos neoliberais globalizados da FGV.
Imaginar o nosso governo servindo aos interesses dessa turma é o fim! O problema, portanto, não é a ministra ter retirado a "licença" Creative Commons do site do MinC, a bem do interesse público: é saber por que essa "licença" foi ali incluída, e com que interesses, já que a legislação autoral em vigor atende a quaisquer necessidades autorizatórias na área cultural. Estão de parabéns a sra. ministra e a sra. presidente da República, por terem restabelecido a soberania de nossa gestão cultural, anulando as medidas subservientes tomadas pelos que, embora parecendo modernos e libertários, só queriam mesmo é dobrar a espinha aos interesses das grandes corporações que buscam monopolizar a cultura.
MARCO VENICIO DE ANDRADE, maestro e compositor
marcus.vinicius.andrade@uol.com.br
São Paulo
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DIREITOS AUTORAIS
Creative Commons
Não se justifica que o site de um órgão público, como o Ministério da Cultura (MinC), abrigue e promova uma organização privada internacional (Creative Commons) com o dinheiro do contribuinte. Nestes sete anos de luta cheguei a ver o logotipo do MinC em sites que defendiam a pirataria. Somos apenas criadores, não somos fundação, não protegemos grandes e pragmáticas estruturas capitalistas, as principais interessadas em não pagar aos criadores (o famoso conteúdo). Criar não é crime, como desejam os DJs do falso progresso subsidiado, esquecendo que atrás de qualquer manifestação artística existem famílias que dependem de seus direitos autorais, garantidos pela Constituição brasileira. "Pobre de quem acredita na glória e no dinheiro para ser feliz."
DANILO CAYMMI, cantor, compositor e diretor da Abramus
danilo@caymmi.com.br
Rio de Janeiro
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A ministra Ana de Hollanda demonstrou uma insofismável coragem
ao tirar o Creative Commons do site do MinC. Comprou uma briga
de "cachorro grande" porque o CC é somente a ponta do iceberg
dos interesses dos grandes monopólios que sustemtam a Internet.
Tomara que a presidenta Dilma compreenda o ato da ministra
e desaloje também esse vírus americano da Fundação Getúlio Vargas.
Chegou a hora dos criadores da cultura brasileira se unirem em prol
da ministra para evitar que os capitães da industria da cultura puxem
o seu tapete.
Tibério Gaspar – músico e compositor
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A Ministra da Cultura agiu corretamente ao retirar qualquer associação entre o MinC e o Creative Commons, uma entidade patrocinada pelos interesses das gigantescas empresas que comandam a Internet. Os criadores são os primeiros prejudicados e, como consequência, os cidadãos, pela atuação dessa entidade, que sob uma falsa bandeira da "defesa" em prol do que denominam "cultura livre" acabam por tentar patrocinar "mudanças" escandalosas no Direito Autoral, aniquilando os profissionais que produzem cultura.
Antonio Adolfo Maurity Sabóia – músico, compositor e maestro.
FONTE: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-defesa-de-ana-de-hollanda
Alguns comentários coletados na internerd:
Flávio Pontes , Rio de Janeiro-RJ - Designer, no Observatório da Imprensa
Festival de desinformação. Nenhum dos 4 artistas faz a menor idéia do que seja o Creative Commons. É apenas uma forma de desburocratizar a cessão de direitos quando assim for desejado através de licenças de uso juridicamente testadas internacionalmente. Assim, se um artista desejar, pode legalmente ceder os direitos exclusivamente para uso não comercial. Pode também decidir permitir ou não a modificação ou incorporação do trabalho por outros. Obviamente, só o detentor dos direitos pode licenciar as suas obras como desejar. Só isso. É triste ver opiniões totalmente desinformadas circulando pela rede dessa forma.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=626ENO004
No Portal Luis Nassif:
Mário Abramo disse:
- Gentes, Desculpem, mas é bobagem pura. Usar o CC não significa nenhum atrelamento a coisa nenhuma, nem a países muito menos a multinacionais. É apenas usar um padrão reconhecido internacionalmente. O fato da legislação brasileira já contemplar a reprodução só é válido para quem a conhece. O que não pode ser exigido de um estrangeiro. Não vou inferir nada ainda disso. Por enquanto. Mas a sinalização em direção a um retrocesso pra mim é bem evidente.
- Se é tão bobagem assim porque esse barulho todo provocado por ela ter tomado medida retirar o uso do logo? Outra pergunta que não quer calar: Por que será que os responsáveis por Portais como esse mesmo, Blog do Nassif, Conversa Fiada (de Paulo Henrique Amorim) e Vi um Mundo de Azenha não fazem uso do sistema? Paulo usa escreve ostensivamente o logo de Direitos Reservados quando saiu (no tapa) do Portal do IG armou o maior barraco para reaver todas as suas postagens. Conseguiu por mandato judicial. No caso de Azenha ele usa exatamente o mesmo texto que é usado no MINC. O que não faz sentido é essa campanha fascista desencadeada contra a Ministra. Quem a defende está preocupado neste momento em descobrir os fundamentos da campanha (por enquanto). Sabemos que existem contradições gravíssimas em curso e que virão à tona muito em breve. Um deles é do próprio governo brasileiro (leia Secretaria de Comunicação da Presidência), com toda certeza essa discussão vai chegar lá.
- Tonho, Psé, e eu me preocupo com a campanha facista e maledicente a respeito do Haddad e do José Eduardo Cardozo. Mas tudo bem. Eu não faço parte da campanha contra a Ana. Não a conheço, nem seu trabalho. Vi algumas críticas a ela, quando de sua indicação, mas não achei nada facista, apenas uma preocupação em relação à questão de direitos autorais. E pelamordasminhasbarbasbrancas, Tonho, os sites q vc citou não podem nem poderiam ser CC, nem GPL, nem qq outra licença pública. Isso, teoricamente, estenderia a licença a todos os comentaristas, imagens e vídeos publicados aqui.
- òtimo que você reconheça a parte relacionada a campanha e que não conhece Ana de Hollanda. Sinceridade vale muito nesses momentos. Em relação a impossibilidade dos sites que fiz referencia conter direitos dos comentaristas, imagens e videos de terceiros prova que reside ai o problema. Você nos deu a oportunidade de ir fundo na questão. Os artistas, escritores, os que se dedicam a produção intelectual (no Brasil) tem uma história que está sendo jogada no lixo. Essa história tem dezenas de anos, quase um século. No Brasil começou por exemplo com a compositora Chiquinha Gonzaga, passando pela luta depois da queda do Regime Militar e com a desenvolvimento da Tevê, pela luta por recebimento dos Direitos Conexos (e de imagem). Essa luta foi interrompida, e ai sim houve um retrocesso, com a subida ao poder de Collor. Quando retomou-se a reconstrução da Democracia muitos segmentos da vida nacional ficaram interrompidos, dentre os quais a luta pelos Direitos Autorais, pois a predominância internacional era do Neoliberalismo (MT e etc). Somente agora a partir da derrocada do sistema econômico mundial e o surgimento de nações como o Brasil, China, essa questão dos direitos individuais vieram a tona. Ao citar as razões da não adesão dos respectivos sites você está tocando na questão central. Só vamos avançar se houver antes de tudo sinceridade, informação e respeito ao que foi conquistado. Você sabia que a cantora e compositora Ana de Hollanda tem escrito o seu nome na história da Cultura nacional desde de 1966? São 44 anos portanto!!! Qual o a contribuição do mentor dessa campanha a Cultura Nacional. Qual o verso que ele escreveu, qual o samba que compôs, qual o quadro que pintou? Boa intervenção Abramo
- Mas, Tonho, aí existe uma contradição. Pq retirar o CC e continuar permitindo a reprodução? O CC uma marca conhecida internacionalmente, apenas. Um site de um órgão público pode e deve ser exatamente isso: público. Retirar o CC não contribui em nada, só confunde. Isso é apenas um detalhe. Em si, pode ou não significar alguma coisa. Sinaliza em direção a um retrocesso? Sim. E ligar o CC ao imperialismo americano, pqp, é uma bobagem imensa. Eu não conheço quase nada sobre questão de direito autoral. Ou melhor, sinceramente, o que conheço não enche o buraco do dente (perdão pela expressão...). Eu sei q posso produzir conteúdo em vários lugares como CC ou GPL (q seria mais meu caso, de produção de software). Eu decido se produzo aí ou não. E posso produzir soft com direitos autorais, comerciais e industriais garantidos. A decisão é minha. Agora, a chiadeira pela retirada do CC partiu não de um mentor, mas de uma série de ativistas cibernéticos que não entenderam a atitude da ministra. Alguns ainda dão o benefício da dúvida, tentando descobrir se não foi um engano, uma falta de compreensão sobre o significado do CC. Outros foram, sem dúvida alguma, menos benevolentes. E as explicaçãos até agora sobre a atitude, inclusive pelo fato de não ter sido discutido antes, foram pífias.
- Abramo, Desculpe mas acho que você está insistindo numa questão que ai sim parece coisa de fascista (antes que você me corrija fascista se escreve com s). Você reconhece que não conhece nada a respeito de DA, por outra se diz profissional de software e ao final diz que a liberdade de escolha é sua. Essa é a razão. Não me obrigue a abrir uma discussão do qual não estou interessado. Se alguém do governo, do Partido majoritário, da familia do Lula, do círculo de amizade da presidente quiser fazer que o faça. Temos responsabilidades de não falar em nome de quem não estamos autorizados. Os signatários do texto acima se manifestaram com a experiência profissional que lhes é conferida. O produto de seu trabalho (os signatários acima) é a música, composta, arranjada ou tocada. Se você estivesse defendendo aqui a livre execução de músicas da internet, nas rádios, nas gravações sem pagar direito autoral estaria, ainda que meu contragosto exercendo o seu direito de discordar, mas não, você está pegando no pé da Ministra por ter retirado o logo. Com toda certeza desconhece o que pode estar por trás disso tudo. Você deu uma olhada no contingente de pessoas (que pensam e agem naturalmente) nomeadas nos últimos dias na estrutura MINC/FUNARTE? Tem idéia de quantos editais esperam ação imediata da Ministra e de todo Ministério? Por fim acha justo essa campanha "derruba Ministra"? Você tem noticia de algum Ministro durante todo governo PT que tenha sofrido em tão pouco tempo uma campanha como essa? Ainda na pergunta inicial, se é tão insignificante o gesto dela porque esse barulho? Está querendo obrigar a Ministra a colocar o logo? Ela já se manifestou oficialmente a respeito no sábado último. Leu o comunicado? Só vou voltar a escrever para retirar o fascista acima, se considerar ofendido. Não escrevo mais nada. abraço Tonho
- Tonho, Desculpe eu se vc entendeu alguma coisa errada (ah sim, eu sei que que fascista é assim). Não estou pegando no pé da ministra. Tou apenas mostrando q a reação de vários ativistas da inclusão digital também é legítima. Se dentre eles existem fascistas ou não, é outra história. Não li o comunicado da Ana ainda, vou tentar encontrar e ler. Apenas vi uma explicação de uma assessora que, perdão, não era nada mais que blablabla. Existe sim campanha pior contra ministro. E pior ainda, que começou antes da posse.
- Abramo, Que bom que você não se ofendeu. Vou encerrar esse colóquio repassando a você uma informação publicada por sinal no site do MINC. Pela natureza do texto considero as informações aqui expressa inquestionáveis e que pra mim bate o martelo acabando com qualquer equívoco: "O que protegem Os Direitos Autorais somente protegem as obras literárias, artísticas e científicas, é regulado pela Lei nº 9.610/98 e tem sua política a cargo da Diretoria de Direitos Intelectuais, estrutura da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura (MinC). O registro da obra depende da natureza dela e não é obrigatório, uma vez que a obra está protegida desde a sua criação. Entre os beneficiados pelos direitos autorais, estão os compositores, músicos, escritores, tradutores, cineastas, arquitetos, escultores, pintores etc. Já outros tipos de obras e invenções, como programas de computador, por exemplo, embora estejam sob a proteção do Direito Autoral, são regulados pela Lei nº 9.609/98 e sua política está a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O registro deve ser feito no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)". grande abraço
- acho que o caso pede cautela. pode ser, sim, que a ministra tenha errado na sua decisão... acho que ouvir mais (no meu caso, eu preciso) para tomar partido, me parece prudente. afinal, nem toda a crítica é feita por fascistas. temos que ouvir nossos pares. são as vantagens da democracia... agora, uma outra coisa bem diferente é, a cada crítica, vir com ela o pedido de demissão do ministro, da ministra, do isto, do aquilo. eu li isto aqui, por exemplo, e achei oportuno colocar aqui. e, talvez, sem pressa e sem pedido de demisão, a gente vai arredondando o tema. afinal, voltar atrás ou consolidar posição faz parte do jogo. aposto em ana de hollanda, até ... provas em contrário. o que eu li:
Em entrevista, o sociólogo Sérgio Amadeu, ativista da inclusão digital e do software livre, diz que a medida de Ana de Hollanda “afronta a política de compartilhamento iniciada no governo Lula”.
Por Eduardo Maretti[21 de janeiro de 2011 - 20h11]fonte:http://www.revistaforum.com.br/noticias/2011/01/21/ato_de_ana_de_ho...A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, começou sua gestão dissipando as boas expectativas sobre ela (como as minhas) e, ao que parece, metendo os pés pelas mãos. Sua decisão de retirar do site do Ministério da Cultura as licenças Creative Commons causou perplexidade entre os defensores e ativistas de políticas compartilhamento de obras (textos, músicas etc).O jornalista Luiz Egypto, editor do site Observatório da Imprensa, que trabalha com licenciamento Creative Commons, afirma que “o projeto Creative Commons é um avanço importante no que diz respeito à segurança jurídico-institucional dos processo de criação e produção colaborativa e de disseminação de conteúdos na internet. Lamento a decisão da ministra Ana de Hollanda. Não entendi o porquê da atitude”.Em entrevista também a este blog o sociólogo Sérgio Amadeu, conhecido ativista da inclusão digital e software livre, e que implantou os Telecentros Comunitários em São Paulo durante a gestão Marta Suplicy, diz que a medida de Ana de Hollanda “afronta a política de compartilhamento iniciada no governo Lula”.Fatos Etc. - Qual sua opinião sobre a medida adotada pela ministra? Sérgio Amadeu – A questão é a seguinte: a ministra tomou uma atitude extremamente contraditória com a política do governo Dilma. A Dilma mantém o Blog do Planalto, instalado, implementado pelo presidente Lula em Creative Commons, e que continua em Creative Commons. E ela, a ministra, fez um ato que é afrontar a política de compartilhamento iniciada no governo Lula e afrontar a própria Dilma, que disse exatamente que iria continuar a política iniciada na gestão do Gilberto Gil e do Lula. Então ela, além disso, cometeu uma ilegalidade, porque não poderia tirar as licenças do Creative Commons das matérias e postagens que já tinham sido publicadas em Creative Commons.E portanto licenciadas assim...Exatamente. Ela pode fazer daqui pra frente. Ou seja, ela está mal assessorada e está fazendo uma ação de confronto com a política implementada pelo governo do presidente Lula.Na prática, o ato de Ana de Hollanda pode ter que conseqüências?Na realidade, nós vamos ter uma ministra do Ecad [Escritório Central de Arrecadação e Distribuição] e não uma ministra da Cultura. Ela veio para retroceder todo o avanço que havia sido conseguido no compartilhamento de cultura, na ampliação da cultura, na superação da visão de que cultura é apenas é apenas mercado. É basicamente isso.Você está surpreso com a medida?Estou surpreso, sim. Eu não a conhecia, nunca tinha ouvido falar da ministra como uma gestora pública. E eu tinha uma expectativa positiva em relação a ela. Mas, infelizmente, a gente não pode manter essa expectativa porque ela tomou atitudes absurdas.
- Luzete, A questão toda está ai. Quem é Sergio Amadeu? Eu sei quem ele é! O texto esclarecendo a competência de Ministérios (do Brasillllllllll) que postei anteriormente, em resposta a Abramo pode lançar alguma luz. Já se discutiu muito aqui no Portal do Nassif questões relacionadas aos bastidores dos partidos políticos e algumas relações espúrias que acabam sempre resultando em desgastes quase sempre de quem nada tem a ver com isso. Esse me parece mais um caso. O Ministério de Ciências e Tecnologia também não adota o CC. Porque não experimentam bulir com Mercadante para ver o que acontece? E mais, tecnicamente esse ministério (de Ciência e Tecnologia) é o responsável por toda regulamentação, que a prima-dona do Sergio Amadeu vem atuando. Por que será que escolheram Ana de Hollanda para Maria da Penha? Por que é mulher, porque é irmã do Chico Buarque, ou porque não pertence aos quadros do PT? Ou será porque dentro das inúmeras correntes dentro do partido ou se um satélite, tinha lá um postulante faminto por poder? Luzete, você tem alguma experiência nessa briga de foice e sabe que prudência e compromisso são o que menos importa pra essa gente. A pergunta que fica é a seguinte: em que você confiaria em se tratando de depoimento e experiência profissional no setor: nos signatários que se manifestaram acima, ou profissionais de partido que pulam de uma especialidade a outra. Ana de Hollanda cuida de arte e cultura, logo de profissionais de arte e cultura. O que faz Sergio Amadeu? Acho que o maestro Marcos Venicio disse tudo em poucas palavras. Vc acha que Antonio Adolfo iria arriscar o seu prestigio de 40 anos de atividade artística dando o seu depoimento? Danilo Caymmi idem? O simpático Abramo reconheceu que não conhece Direito Autoral, nem a obra de Ana de Hollanda. Nesse vazio os representantes, do que mesmo?, atuam para minar um trabalho que mal começou. Ainda hoje, dia 25 de janeiro o Diário Oficial ainda não publicou os nomes de seus diretos colaboradores. Luzete, para finalizar registro que faço esse comentário com certo carinho em relação a você e tudo que escreveu nesse Portal nos últimos dois anos. E veja os termos de SA que chegou a chamar Ana de Hollanda de Ministra do ECAD e não da Cultura. E ele Sergio Amadeu e o blogueiro Rovai tocam algum instrumento? Escrevem algum samba enredo? E ainda tem uns mal avisados que classificam essas defesas de Ana como raivosas. Por que não apaixonadas? Paixão pelas músicas de Cartola, João do Vale, Cazuza, Nelson Cavaquinho e dezenas de outros compositores que se foram e não desfrutaram as Maravilhas desta Terra Brasilis.
- Tonho, Eu vou responder um pouco mais tarde. Primeiro, confesso que fiquei um pouco impactado por esse seu último comentário. Então, pra não responder figadalmente, vou esfriar a cabeça com um pouco de cerveja nesse mormaço senegalês. Mas antes, um pequeno caveat (devo ser uma das únicas pessoas que ainda usa caveat e não disclaimer). Sou petista. Aliás, assinei a ata de fundação no mesmo dia que o Sérgio Buarque de Hollanda. E meu pai foi da Executiva Nacional desde a fundação do PT até sua morte. E não é por acaso que a fundação partidária leva seu nome. Não obstante, sempre tivemos uma postura extremamente crítica em relação ao partido. Mais tarde procuro um artigo dele escrito em 1995, postado gentilmente pela Ivanisa, demonstrando isso. Hoje sou ligado (mais afetivamente que organicamente) a uma tendência, Mensagem ao Partido, que mantém essa postura crítica. Nem nos primórdios do partido, nem atualmente, uso um alinhamento automático. Muito menos faria isso aqui nesse portal ou no blog-mãe. Desta maneira, tudo o que eu escrevo, principalmente aqui, é baseado em uma apreciação minha, sem freios ou rabos-presos partidários ou não. Essa percepção minha pode (e necessariamente sempre o é) ser falha, por desconhecimento ou falsa interpretação. Mas é, sempre, honesta e sincera. Obrigado pelo "simpático". Depois da cerva, se eu estiver em condições e São Pedro que ameaça outro temporal deixar, continuo. . Atualização - últimos comentários no Portal Luis Nassif . Anarquista Lúcida disse: Quanta desinformação! Ou interesse em desinformar? CC é apenas uma tipo de licença alternativo ao copyright, e OS AUTORES A USAM OU NAO! SE QUISEREM! Se nao apelarem para o CC, ou para o Copyleft, o COPYRIGHT ESTARÁ AUTOMATICAMENTE VALENDO!
- Então me informa AnaLu, porque realmente não sei, qual a lógica de uma produção intelectual instalada num site do Ministério, um órgão do Estado, ter seus direitos gerenciados - pode, não pode, pode parcialmente etc - por uma ONG norte-americana? Há legislação específica , nacional, que autorize isso? Acho, com toda a hesitação da minha ignorância, que o problema passa por aí.
- Excluir
- O CC tem jurisdição internacional, o que quer dizer que os japoneses, ingleses, frances, portugueses, ficarão desprotegidos quanto ao uso do conteúdo do site do MinC O problema não é somente nacional, por sinal nem temos uma legislação sobre direitos autorais compatível com o mundo da internet
- Obrigada, Avatar. Uma regulação internacional dos direitos intangíveis passa provavelmente por acordos bilaterais, acolhendo o CC, uma espécie de selo, que só pode ser um contrato entre duas partes. Talvez tenham criado protocolos com uma atuação mais abrangente, um forum internacional, com países signatários etc. , a exemplo das organizações de comércio. Acho que há uma discussão implicando o direito autoral (o lado mais frágil) e a divulgação da cultura via web ( uma novidade ainda por poder acolher qualquer coisa), atravessada por vários intermediários, a indústria cultural, o governo e os herdeiros. Quando grande parte da obra e dos registros de criação de Helio Oiticica foi destruída por incêndio na casa de seus herdeiros, parentes etc, percebi como é desprotegida a produção artística nesse tiroteio. Mas estou enrolando, enquanto leio alguma coisa mais esclarecedora.
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- Simone, Existem duas questões que correm paralelamente nesse bombardeio desproporcional a Ana de Hollanda. Uma delas me parece legítima que é essa preocupação de se legislar sobre novos eventos econômicos, sociais e culturais. É uma discussão cansativa no entanto depois de algum tempo tudo se acomoda e seguimos nossa vida até nova tempestade. Foi assim com a luta dos artistas pelos direitos conexos na década de setenta e oitenta. No inicio das telenovelas não se imaginava que pudessemos cobrar algo mais pelo uso do resultado de nosso trabalho. Não creio que no que resulto esses anos de debate tenha sido o melhor resultado, apenas digo que se acomodou até um próximo embate. Acho que o surgimento da internet como canal de comunicação e com força de comunicação milhares de vezes maior do que conhecíamos trouxe estas questões que você tenta entender e construir uma opinião mais clara. Até ai tudo bem. A segunda questão trágica no meu entender, é a transformação de um ato administrativo, correto no meu entendimento, numa questão política de consequências imprevisíveis. Não tem parece extravagante um sujeito candidato a Comitê Gestor da Internet, e que faz campanha abraçado ao LULA (eu tenho duas em diferentes datas) ao mesmo tempo em que sugere a queda de uma Ministra de um governo que esse mesmo Lula lutou tanto para se concretizar? Não te parece extravagante esse candidato ao Comitê transformar esse ato administrativo num instrumento de defesa de interesses econômicos inequívocos, como o apontado acima numa mensagem postada ainda ontem no site do MINC, ou seja, o volume de doações que corre risco caso se mantenha essa retirada do logo do CC? Sei que podemos contar com sua separação de corpos. tonho
FONTE: http://www.luisnassif.com/forum/topics/artistas-se-manifestam-em?xg_source=activity
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