29/10/2011

Governo sequestrado pela bandidagem midiática

Na foto, "forças ocultas" querem o "impeachment" de Dilma. O governo está refém da oposição midiática e política
A palavra certa para o que ocorre neste momento no Brasil poderia ser resumido na palavra "sequestro"
Estou me referindo ao poderio do pool midiático, os efeitos decorrentes do seu vitorioso "modus operandi", que se repete a cada derrubada de Ministro
Provas, uma mínima sequer, de que Orlando Silva tenha recebido propina, até agora, nenhuma, a não ser a de que alguns convênios desviaram recursos públicos
A imprensa descobriu a pólvora, uau
"Honestos" acima de qualquer suspeita, como ACM Neto, berram a palavra "ética" aos quatro ventos
Se a população brasileira não se der conta do que está ocorrendo em 2014 o país elegerá alguém de confiança do pig*, como fez a Itália, ao eleger o "moralista" Berlusconi, magnata da comunicação
A bola da vez são os convênios e a fórmula é simples: a Veja busca alguma irregularidade ocorrida em algum convênio, coloca ali mais um ingredientes, como exemplo um ex-presidiário afirmando que entregou uma mala de dinheiro para um ministro no interior de uma garagem, isso é repercutido no JN e está feito o circo
Por outro lado o governo, acuado pelo barulho, cede, cede e cede e, cedendo cada vez mais, terminou ficando refém da bandidagem midiática
Nesta confusão toda, sobrou para o terceiro setor, as ONGs
O governo federal quer uma moratória, ou seja, suspender todos os convênios com Ongs, estas por sua vez reagiram
Lembro-me que na campanha de Dilma o Serra acusou o governo de não prestar assistência aos portadores de necessidades especiais, cujas entidades sairam em defesa do governo, pois as alegões do candidato não eram verdade
Por causa de possíveis irregularidade praticadas por convênios com ONGs no âmbito do Ministério dos Esportes, o governo quer suspender todos os convênio
Diante do anúncio do governo, as ONGs reagiram alegando e com razão que, se isso acontecer, importantes serviços prestados serão suspensos
A situação é preocupante, face ao poder da mídia neste país é avassalador
Nós que defendemos a permanência de Orlando Silva, depois da demissão do ministro por conta do desdobramento político que o caso tomou, estamos sim desmobilizados
Cadê a Comunicação do governo? Como diria a Regina Duarte, tenho medo
A única certeza, apesar da feroz campanha da midia oposicionista, é que o governo federal, no que se refere ao ítem  combate à corrupção, está no caminho certo, tendo sido elogiado por isso, por um importante organismo internacional
Mas isso, o rumo correto do governo,  não tem o menor sentido se o sequestrado insiste no seu objetivo, um resgate até agora não muito claro mas que, é claro, é o impeachment de Dilma.
Conseguindo isso, tudo volta ao normal, como era quando da "impoluta"  Era FHC. Como diria Regina Duarte, tenho medo. Não exatamente o medo que apavarova a atriz: a vitória de Lula.Tenho medo do pig***. Devo estar padecendo de Síndrome de Estocolmo. Eu amo o pig*** Civita é meu herói.Triste Brasil

Talvez você goste de saber disso:

Do blog de SPIN na Rede: Brasil teve campos de concentração
Esta notícia não saiu na Veja nem no JN: Brasil elgiado por iniciativas contra a pobreza, bem como pelo combate à corrupção
De Cristian Klein/Valor:  Nova classe média votou em Dilma
Claro que a derrota na disputa pelo DCE da UNB ocorreu por causa da divisão da esquerda, que concorreu fragmentada em 8 chapas
Resultado: a direita venceu com menos de 30%
O esgoto da Veja comemora
Isso não deixa de ser um sinal
Ou a esquerda toma jeito ou vai levar ainda mais na tarraqueta e o desfecho será, sem dúvida, a eleição de um "impoluto" Berlusconi em 2014
Aqui um artigo,  imparcial, sobre a  vitória da direita na UNB
Deu no Vi o Mundo:

Fátima Mello: Sobre o perigo de demonizar as ONGs

O joio e o trigo no mundo das ONGs

por Fátima Mello, sugestão de Igor Felippe, no Vi o Mundo

As recentes notícias sobre desvios de recursos públicos envolvendo ONGs convidam a opinião pública a conhecer melhor estas organizações e suas motivações.  Entre as mais de 300 mil ONGs existentes no país existem algumas que foram criadas para servir a interesses particulares e que se beneficiam da ausência de um claro marco regulatório que balize a atuação das ONGs para agirem a serviço de interesses privados. 

O guarda-chuva difuso do termo não-governamental abriga interesses diversos e muitas vezes contraditórios e opostos. Tudo que não é governo nem empresa pode ser uma ONG.  Assim como no mundo empresarial e governamental também no mundo das ONGs existem perfis e interesses heterogêneos. As denúncias de corrupção e malfeitos de algumas delas, no entanto, não devem ofuscar o valioso papel que a atuação de grande parte das ONGs brasileiras exerce na defesa do interesse público e da cidadania.

Enquanto as denúncias de desvios no Ministério dos Esportes têm sido usadas para acusar e condenar todas as ONGs à guilhotina, o mundo das ONGs ligado a defesa da democracia, dos direitos humanos e da justiça social e ambiental está em festa, comemorando o aniversário de 50 anos da FASE – Solidariedade e Educação. Eis uma ONG que junto com centenas de outras ONGs parceiras têm construído a história da luta por políticas públicas que universalizem direitos e cidadania no país. Há anos este conjunto de organizações tem insistido na necessidade de criação de um marco regulatório para a atuação das ONGs visando a transparência e o controle público.

A FASE e seus parceiros têm orgulho de serem ONGs que ao longo das últimas décadas atuaram para fortalecer o tecido social através da formação de um sem-número de grupos de agricultura agroecológica, de mulheres, jovens, quilombolas, pescadores, agroextrativistas, grupos urbanos em defesa da moradia, saneamento ambiental, cultura e arte, democratização da informação e educação para a cidadania.  

Este tecido organizativo é responsável por conquistas memoráveis, como a contribuição decisiva que as ONGs deste campo deram às lutas pelo fim da ditadura e redemocratização, pelo rico processo de mobilização social que resultou na Constituição de 1988, e pelos árduos esforços até hoje em curso pela desprivatização do Estado e constituição de políticas públicas que universalizem direitos e reduzam desigualdades sociais.  

As experiências que estas ONGs realizam em todos os cantos do país têm servido de referência para a elaboração de programas e políticas inovadores em diversos setores, como foi o caso do Orçamento
Participativo, das lutas da agricultura familiar e camponesa que deram origem ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), às lutas das populações tradicionais e organizações da Amazônia que deram origem a um novo ciclo de políticas sócio-ambientais, e às lutas pelo bem comum e em defesa de nossas florestas onde as ONGs buscam defender o Código Florestal dos ataques dos ruralistas.

Memorável também tem sido a atuação das ONGs brasileiras nos temas de política internacional. O Brasil deve creditar às suas ONGs a realização do histórico Fórum Global no Aterro do Flamengo durante a Eco92, que se repetirá no ano que vem por ocasião da Rio+20. Nossas ONGs e parceiros nos movimentos sociais criaram o Fórum Social Mundial que teve o mérito de quebrar a hegemonia do neoliberalismo e de inaugurar um novo ciclo político na América Latina.  

Nossas ONGs pressionaram e conquistaram o direito de serem consultadas nas negociações internacionais do Brasil sobre mudanças climáticas, comércio e integração regional, algo que historicamente foi monopólio do grande empresariado. Ao incluírem na disputa por políticas públicas nacionais e internacionais os interesses dos que sempre foram excluídos, nossas ONGs contribuem decisivamente para a democratização do Estado brasileiro.  Por isso o Brasil precisa de suas ONGs.

Fátima Mello é do Núcleo Justiça Ambiental e Direitos da FASE
Leia também:
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 Atualização - 30/10/2011

Comentário ao post "Estratégia política do denuncismo", de Luis Nassif
Estes acenos para o pig foram bem intencionados mas terminou virando Síndrome de Estocolmo, onde a vítima passa a demonstrar afeto por seu sequestrador. Qual o papel da assessoria de Dilma nisso tudo, refiro-me à SECOM, dirigida por Helena Chagas, também não sei ao certo se Helena tem alguma responsabilidade nisso, mas cá prá nós, o Franklin Martins, que tem um certo jogo de cintura, não atuando tão somente como técnico, não jogaria a presidente na boca dos leões. Ingenuidade talvez Dilma ter tentado esta distensão, inclusive cedendo ao barulho infernal do pool midiático. Ao invés disso, deveria ter deixado o pau quebrar. Afinal de contas, é preferível que o povo saiba que a imprensa é o que é, ou seja, oposicionista, inimiga do Brasil, o que sempre foi, do que tentar tapar o sol com peneira. Por outro lado, não podemos culpar Dilma pelo ocorreu, pela situação a que chegamos. Lula está aí, precisamos atender ao seu chamado, vamos por essa bandidagem prá correr, precisamos resgatar Dilma desse sequestro. Só falta é a oposição política e midiática pedir o resgate para liberar Dilma deste sequestro e deixar a mulher trabalhar.  Este mesmo modus operandi foi tentado contra Lula e até hoje se arrependem de não terem derrubado Lula o nosso grande Lula. A situação agora é mais grave porque a presidente Dilma, pensando estar lidando com pessoas de boa-fé,  deu gás ao sequestrador ao pagar o restage, ou seja, ao demitir ministros sem que estes devessem alguma coisa, a não ser irregularidades serem resolvidas pela AGU, PF, CGU, refiro-me às irregularidades em alguns convênios, o que existe desde quando o mundo é mundo. Quem paga resgate a bandido sempre se ferra, fora o fato de que alimenta-o, fortalece-o para investidas mais ousadas.

Glossário:

***Pig  

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