Este me fez lembrar sobre o conceito de sequências,....,...num determinado momento alternei-me entre mensários vs sequências....ai vi que o sistema de organização por mensários era uma forma de enquadramento/limitação, ai dei-me conta de que os mensários era nada mais do que uma sequência....ou (con)sequência...onde uma coisa puxa outra, isso que chamam de experiência sincromística, se bem que no momento não estou ligado nisso, aliás, estou bem distante da arte, pois simplesmente não quero, precisava me afastar pq estava variando demais, meu espaço estava virando um caos, o que me provocou pneumonia, mas não sei se foi por causa dos objetos de arte...mas tomei distancia...volta e meia retornam através de sonhos....ai relato no zap zap para o Ney Matogrosso como parte de um processo...processo de que mesmo...esqueci....deixe-me ver se lembro...falei dias atrás...falei disso num post....perai ...continua no proximo pos...
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira
O filme argentino “Tiempo Muerto” (2016) é mais uma incursão do cinema atual no tema da viagem do tempo, mas por um viés bem particular – loops temporais e paradoxos como obstáculos para a “segunda chance” que possa alterar a linha do tempo. Inconformado com a morte da sua esposa, o protagonista contrata um “tempo morto” – um estranho ritual que envolve xamanismo, ocultismo e fenômenos quânticos. Tempo, psiquismo e memórias são contínuos que esbarram em um traço da natureza humana: a compulsão a repetição. Sem conseguirmos seguir em frente, ficamos neuroticamente fixados em experiências de prazer ou dor no passado, repetindo a cena do trauma. Quem sabe pensando que um dia o Titanic não afunde.
Psiquismo, tempo e memória são conceitos indissoluvelmente conectados. São contínuos, ligados por uma mesma natureza: a repetição.
Lá na antiguidade grega, os filósofos estoicos propunham uma repetição do mundo – o mundo se extinguirá numa conflagração ardendo em fogo para tudo ser reconstruído para depois se repetir da mesma forma.
Nietzsche também incorporou essa ideia ao acreditar que estamos sempre presos a um número limitado de eventos: por exemplo, guerras e epidemias se repetiriam no futuro assim como ocorreram no passado. Como a História não tem objetivo e finalidade, tudo tenderia a se repetir. Nietzsche denominou isso como “eterno retorno”.
Além de médico psiquiatra, Freud também era um costumeiro leitor de filosofia: a ideia de eterno retorno nietzschiana está no centro da concepção de trauma e neurose concebidos pela psicanálise - nossa vida inteira pode estar determinada por certos eventos traumáticos da primeira infância (localizados nas famosas fazes do desenvolvimento do psiquismo: oral, anal e genital).
Simplesmente não conseguimos seguir em frente, condenados a viciosamente repetir experiências de prazer e dor pelo restante da vida, variando apenas as situações, narrativas e instrumentos – perversões, compulsões, impulsividades, obsessões etc.
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