Reconstituir é tão sem graça, bom mesmo é escrever sob o calor do momento, talvez migre para alguma comunidade, para alguma direcionada a crônicas, muito interessante as comunidades.
O que disse como comentários ao post "Trivial da casa da minha infância?"
Acho que falei da mamãe cobra me perseguindo em desabalada carreira no exato momento em que, vindo do riacho com uma irmã pesadíssima nas costas, ela cobra resolveu correr atrás de mim. Não apenas a mamãe cobra mas a família inteira. É que ao passar às margens do caminho vi as cobras como que dormindo, todas tranquilas. Pensei "quer saber duma coisa? Não vou me desviar do caminho, esta menina tá muito pesada." Quando passei perto das cobras elas começaram a correr atrás de mim, o ninho inteiro. Para evitar que minha irmã fosse devorada pelas cobras, não a abandonei. Cheguei ofegante em casa.
Foi uma diversão só a minha vida no mato. Pena que, posteriormente, meus olhos de adulto tenham reduzido tudo aquilo num mundo tão pequeno: a mansão de palha virou casebre.
Será que devo recompor o meu passado? Não como alguém que chora o leite derramado mas como lembrança de um tempo mui caliente. É o que vou fazer a partir de agora. Terminar as coisas que não terminei. Denominar a obra=blog de "A Festa da Reconstituição". Não consigo manter um título por muito tempo, enjoo rapidinho e mudo, tudo é tão provisório. Nenhum título diz tudo. Qual título diz tudo? Refazendo tudo.
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