A par da louvável capacidade de argumentação do autor, gostaria de emitir minha opinão sobre alguns pontos.
Sinto-me um leproso, mas tudo bem...é o que penso...
Marketing do lulismo: em meio a uma saraivada de ataques diários em todos os meios de comunicação contra Lula e seu legado, onde tudo é criminalizado, inclusive recepções a chefes de Estado, viagens ao exterior, etc, não creio que seja marketing apontar as conquistas sociais sob seu governo..,,,. por isso, mais do que defendê-lo das garras de Moro e cia, defendo tambem o que ele(Lula) fez de positivo, dentro daquilo que foi possivel, aliás, tema polêmico esse da conciliação vs ruptura.
Desatenção de Lula para com o Judiciário: lembro que quando Lula propôs a criação de um órgão externo para controle do Judiciário, foi aquele alvoroço, sendo que o seu projeto foi desfigurado, resultando no CNJ, ou seja, o autocontrole do Judiciário. O problema é que não apenas o Judicíário funciona há séculos sob o controle da plutocracia e não foi diferente nos 13 anos de PT no governo. Quem é do ramo do Direito sabe como isso funciona, vide Fux e Marco Aurélio Mello, ministros do STF, emplacando suas filhotas como desembargadoras. Quem poderia impedi-los?
Politica de conciliação: não critico a opção de Lula por este caminho porque foi a politica possivel. Não havia a menor condição para uma ruptura, tanto que o golpe provou isso: a plutocracia resolveu que queria o poder de volta e o obteve. Quem sabe, agora sabendo na própria pele que a conciliação não funciona, outro caminho, o da ruptura, seja possivel.... não custa sonhar....é triste cair na real...
No final do video, uma boa explicação de Leonardo Stoppa, mestrando em economia na Inglaterra, sobre o que interessa ao pais do ponto de vista da economia, isso com base em estudos e pesquisas de economistas no mundo inteiro: PIB, combate ao desemprego e à desigualdade social. Exatamente por isso Lula é citado como exemplo por acadêmicos e economistas mundo afora como exemplo de sucesso, para desgosto da ex-exx-ex-querrda...
PIB: cresceu com o "lulismo"
Emprego: cresceu com o "lulismo"
Igualde: cresceu com o "lulismo"
Jorge Solla: “Lava Jato” americana foi resolvida em 15 dias, sem nenhuma demissão....assista ao video
Salário Miniml de 1940 a 2017
Segundo Dieese, governos Lula e Dilma Rousseff promoveram aumento real e substancial do salário mínimo e do poder de compra da cesta básica nos últimos dez anos
INFOGRÁFICOS DEMONSTRAM QUE OS GOLPISTAS TOMARAM DE ASSALTO UM PAÍS EQUILIBRADO ECONOMICAMENTE
Será que se Lula tivesse optado pela ruptura nesse quadro institucional caótico, em que as Instituições são dominados por uma classe por séculos rapineira, teria sobrevivido ao primeiro mandato? Baseado nisso, houve um acordo público com a burguesia na Carta aos Brasileiros, o que se seguiu a conquistas sociais, ou concessões, devidamente interrompidas pelo golpe de 2016. O que poderia ter sido feito para que estas conquistas não fossem canceladas pelos golpistas, como ocorre no momento, se os golpes são dados exatamente prá isso: para interromper a democracia e os avanços sociais.
Basta olhar na história do Brasil para vermos que, em 128 anos de republica, se dividirmos pela quantidade de golpes e presidentes que não termnaram seus mandatos teremos: a cada 18 anos um presidente que concluiu seu mandato e, a cada 9 anos um presidente que não concluiu seu mandato (https://josecarloslima.blogspot.com.br/2017/06/brasil-um-pais-em-permanente.html)
Culpa do Lula? Ou culpa de uma elite dominante avessa à democracia, à inclusão social e ao desenvolvimento nacional?
Sei lá o que a não ex-exx-ex ex-querda ou sei lá o que queria que Lula tivesse feito fora da politica possivel? Expropriado terras a torto e a direito e implantando na marra a reforma agrária? Sim, eu sou um dos que gostaria que isso tivesse acontecido, no entanto sou consciente de que isso era impossivel.
O que sei é que havia um projeto que era transformar o Brasil num grande pais de classe média, no entanto esse projeto foi sepultado: culpa do Lula? Culpa da classe dominante com seu Congresso e demais Instituições e midia sob controle? Lula não tinha maioria no Congresso para levar adiante um programa de ruptura, isso não tinha, e muito menos na área militar. Colocou-se em prática a máxima segundo a qual faz-se aquilo que é possivel, no sentido de empodeirar os trabalhadores que, agora, caminham para o precipício.
Quanto a frase "Os bancos nunca ganharam tanto", acho errado retirá-la do contexto em que fora pronunciada.
Todos ganharam: foi este o contexto da frase "Nunca os bancos ganharam tanto", que geralmente vem incompleta
Brasil 247: O senhor não tem raiva da oposição?
Lula: "Eu não tenho raiva deles e não guardo mágoas. O que eu guardo é o seguinte: eles nunca ganharam tanto dinheiro na vida como ganharam no meu governo. Nem as emissoras de televisão, que estavam quase todas quebradas; os jornais, quase todos quebrados quando assumi o governo. As empresas e os bancos também nunca ganharam tanto, mas os trabalhadores também ganharam. Agora, obviamente que eu tenho clareza que o trabalhador só pode ganhar se a empresa for bem. Eu não conheço, na história da humanidade, um momento em que a empresa vai mal e que os trabalhadores conseguem conquistar alguma coisa a não ser o desemprego."
Por que eles tem medo do Lula? por Emir Sader
Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.
Os outros nomes da UDN, por Mauro Santyana
Quando, enfim, os bacharéis mais reacionários ocuparam o poder com os militares, coube-lhes encontrar as fórmulas jurídicas para defender o estupro do Estado de Direito. Totalitários por sua natureza, Carlos Medeiros da Silva e Francisco Campos, antigo fundador da corporação fascista ¿Legião de Outubro¿, e redator solitário da Constituição de 1937, redigiram o Ato Institucional, em que se valiam do argumento absoluto da força. Em sua visão do Direito, a Revolução (na verdade apenas um golpe militar clássico) se legitimava por si mesma, ou seja, pela sua vitória sem combate. Outros juristas, como Gama e Silva e Alfredo Buzaid dariam seu aval à Ditadura. Esses fatos servem para realçar a corajosa resistência democrática de tantos outros grandes advogados, alguns até mesmo de origem oligárquica, como Victor Nunes Leal e Evandro Lins e Silva, perseguidos sistematicamente pelo Poder. A partir de certo momento, os advogados, em sua maioria, decidiram partir para a resistência. A bomba contra a OAB atesta essa bravura.
Ruben Naveira:
Muita energia vem sendo dispersada na busca de alguma solução mais imediata, como eleições diretas. Ora, de que servirão eleições diretas, se a classe dominante fará moldar a legislação eleitoral de modo a que vença o seu candidato (sem contar artimanhas como parlamentarismo)? Mesmo em um cenário otimista, em que venha a ganhar algum candidato pró-restauração da democracia, como conseguiria ele ou ela governar, se o chamado presidencialismo de coalização foi liquidado, e se instituições como o judiciário, o ministério público e a polícia estão fora de qualquer controle exterior a elas próprias, e obcecadas em impor ao país as suas agendas?
O ceticismo de Ruben Naveira para com a democracia representativa
Ruben Naveira(e não eu) se mostrou cético diante de eleiçoes diretas por entender que não adianta elegermos um presidente(a) porque a plutocracia toma para si o poder no momento em que bem entende, defendendo então a democracia direta(https://www.youtube.com/watch?v=dvhODaUQu94). ou aqui (https://www.youtube.com/watch?v=224w44q9ogw) ou aqui (https://www.youtube.com/watch?v=A1aWUvHUDlM)
;'Não é mais factível uma saída institucional, posto que as instituições já se encontram pervertidas a um ponto irrecuperável. Já passa da hora de substituir essa visão de curto prazo, das soluções superficiais, por uma visão de processo histórico a médio-longo prazo.
A um povo desprovido de elite resta somente o caminho de fazer-se elite de si próprio – como nos indicou Darcy Ribeiro."
Jesse de Souza:
Misture no mesmo caldeirão complexo de inferioridade, o chavão de que o Brasil é um lugar de corrupto e dê às pessoas uma causa que não é delas, mas parece ser uma batalha justa e capaz de ‘limpar’ um país. Pronto, está construído um cenário favorável à manipulação e que resultará, ironicamente, num golpe contra os direitos de quem o defende.
Observando a tabela é possível perceber que durante o governo FHC, nos anos de 1999 e 2002, se descontarmos a inflação do período, o Salário Mínimo não só não aumentou, como perdeu seu valor: –4,32% e –1,42% respectivamente. Fato que não se repetiria durante os oito anos de governo Lula, e nem nos dois primeiros anos do governo Dilma.
Outra análise possível é observar que no ano em que Fernando Henrique Cardoso assume seu mandato (1995), o Salário Mínimo valia R$ 100,00 e, no ano de sua saída (2002), o mesmo valia R$200,00, o que demonstra um crescimento de 100% no período, sendo que desse aumento, se descontarmos a inflação dos oito anos, averiguamos um aumento real de 21,89% no Salário. Por sua vez, Lula assume o mandato em 2003 com o Salário Mínimo valendo os R$ 200,00 deixados por FHC. No ano de sua saída (2010), o mesmo salário valia R$ 510,00, caracterizando portanto um aumento de 155% em relação ao valor do início de seu mandato, e 53,6% de aumento real, descontando-se a inflação. Já nos dois primeiros anos do mandato de Dilma Rousseff, o Salário Mínimo passou de R$510,00, deixado pelo governo Lula, para R$622,00 no ano de 2012, o que representou um aumento de 22% em dois anos de governo, dos quais 8,61% de aumento real.
Se compararmos o valor do Salário Mínimo em relação a cesta básica, por exemplo, veremos que durante o governo FHC, um Salário Mínimo comprava 1,15 cesta básica no primeiro ano de seu governo (1995) e 1,54 no último ano (2002), o que caracterizou um aumento de 34,37% de aumento do poder de compra do trabalhador em relação a cesta básica. Durante o governo de Lula, um Salário Mínimo comprava 1,47 cesta básica no primeiro ano (2003), e 2,27 cestas no último ano de seu governo (2010), aumento de 53,73% no poder de compra em relação a cesta básica. Já no governo de Dilma, nesses dois primeiros anos observa-se uma pequena retração em relação ao período Lula, sendo que um Salário Mínimo comprava 2,09 cestas básicas no primeiro ano (2011) e 2,18 cestas no segundo ano (2012), como demonstra a tabela ao lado.
Além disso, durante os oito anos do governo FHC, o Salário Mínimo teve um crescimento real pouco superior ao crescimento do PIB brasileiro no período. A soma dos índices mostram que houve 21,89% de aumento real do Salário Mínimo, enquanto o PIB cresceu 18,4% (diferença de 3,49%). Já durante os oito anos do governo Lula, o Salário Mínimo tem um aumento de 53,60%, enquanto o PIB no mesmo período cresceu 32,5% (diferença de 21,1%). Como não poderia deixar de ser, Dilma segue o caminho traçado por Lula, sendo que nos dois primeiros anos de seu governo o Salário Mínimo teve um aumento real de 8,61%, enquanto o PIB no período cresceu 3,7% (diferença de 4,91% pró Salário Mínimo), conforme demonstra o gráfico abaixo.
A comparação realizada no gráfico acima, permite perceber que durante o governo Lula, o Salário Mínimo, além de ter um significativo aumento real em seu valor (53,60%), também teve um crescimento relevante em relação ao PIB brasileiro (32,5%). Tal observação demonstra cabalmente o modo pelo qual o governo de Lula conseguiu içar da linha da miséria dezenas de milhões de brasileiros. Além disso, o gráfico também demonstra uma melhor distribuição de renda no Brasil durante o governo Lula e a continuação dessa política no governo Dilma (que em apenas dois anos de governo, já fez com que o Salário Mínimo crescesse 4,9% a mais do que o PIB do período. Marca superior aos oito anos da gestão FHC).
Vale ainda observar que, embora alguns setores tenham amargado um encolhimento nesse período, grande número da população, que vive a base do Salário Mínimo, viu seu rendimento crescer substancialmente durante o governo Lula. Em 2009, por exemplo, enquanto o PIB brasileiro amargou uma queda de 0,3% em função da crise que assolou Estados Unidos e Europa, o Salário Mínimo teve um aumento real de 7,74% . Talvez isso ajude a explicar um pouco do ódio que boa parte da classe média nutre contra o Lula e seu partido.
Comentário ao post Os Brasis um glossário, por Arkx
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