14/03/2010

Clipping da blogosfera para entender a mídia

Para entender a capa da Veja

Por Luis Nassif - em seu blog

O modelo de atuação é idêntico ao famoso Relatório do Ministério Público italiano, permanentemente levantado pelo lobby jornalístico de Daniel Dantas – especialmente a revista Veja – para atingir seus inimigos.

Esquematicamente, funciona assim:

1. Começa o inquérito. Apresenta-se, então, uma testemunha dentro do instituto da «delação premiada». Na condição de testemunha, fala o que quer.

2. No momento seguinte, cabe aos titulares do inquérito (procuradores federais) analisar tudo o que foi dito e considerar o que for consistente, jogando fora o que parecer inverossímil. Os elementos consistentes entram na denúncia; os inverossímeis fazem parte do copião.

3. A prova do pudim é simples: se deu o depoimento e ele não gerou um inquérito, é porque a autoridade ou concluiu que era falso ou não encontrou nenhuma prova que confirmasse o teor das acusações.

4. Quem banca o esquema, esconde essa informação do leitor e passa a divulgar o depoimento como se fosse oficial e aceito pelas autoridades. Dentro desse modelo, consegue-se qualquer coisa. Basta um fulano qualquer ir ao MP, declarar o que quiser, fazer a jogada que pretender. O MP não acata, mas divulga-se como sendo parte integrante do inquérito.

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Mauro Carrara, a mídia e a "Tempestade no Deserto"

Por Rodrigo Vianna - em seu blog

Mauro Carrara escreve sobre uma operação que, claramente, já está em curso.

Passado o Carnaval, os setores ligados aos tucanos - na grande mídia - se desesperaram. A sequência de notícias ruins para eles, desde o fim do ano passado, é impressionante: enchentes em São Paulo, Arruda preso, o DEM desmoralizado, o PSDB sem discurso diante da recuperação da economia. Para completar: Serra caiu e Dilma subiu nas pesquisas.

A oposição ao governo Lula bateu os tambores no convescote organizado pelo Instituto Millenium. Ao perceber que os partidos anti-Lula caminhavam para a anomia, os donos da mídia assumiram o controle da oposição. E as manchetes, capas e títulos distorcidos se avolumam.

É guerra. É a tempestade no deserto - como explica Mauro no texto abaixo..

Pesquisa IBOPE saiu a campo (coincidência, em se tratando do IBOPE?) na última semana, em meio à tempestade de manchetes anti-governistas. Resultado deve ser divulgado nos próximos dias, pela CNI.

Aqui o texto na íntegra
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A fisiologia do Golpe

Por Onipresente - em seu blog

O artigo reproduzido a seguir foi escrito no ano de 2005, mas parece que foi escrito nesses últimos 3o dias. O enredo é o mesmo:a destruição do PT e de sua candidata à presidente da República.O personagem principal muda:sai Lula e entre Dilma. Os personagens periféricos também mudam:sai Bob Jefferson e o delegado Bruno e entra o promotor sócio de bicheiro Carlos Blat.Mas, assim como nas eleições de 2006, o consórcio PiG-DEMO-PSDB-PPS-MP vai quebrar a cara.Mais uma vez. A sociedade não mais acredita no que publica o PiG, a sociedade sabe que o PiG tem lado, que é o lado do passado, encarnado na figura do eterno candidato José Serra.

"FISIOLOGIA DO GOLPE

Inconformado com a perda do cargo mais importante do Brasil, o PSDB apoiado pelo seu "irmão gêmeo", o PFL, decidiram engendrar um golpe para retomar o poder em 2006. Para alcançar este objetivo foi traçado um caminho eficiente: a construção de um "senso comum" onde todas as pessoas possuem a mesma opinião e a sensação de idéias próprias, ou seja, as idéias são genuínas e não foram plantadas. As idéias básicas, meticulosamente construídas, neste "senso comum" foram:

· "O PT é corrupto": essa é uma idéia fácil de difundir, pois o povo nunca confiou em político, porém, como historicamente o PT sempre ficou fora dos escândalos políticos o povo passou a tratar o PT como exceção. Para potencializar essa idéia se fez necessário apoiá-la na força das idéias que seguem;

· "O PT nos decepcionou": esta idéia, ligada umbilicalmente com a anterior, tem o propósito de criar nas pessoas o sentimento de terem sido enganadas, para que o respeito e amor ao PT se transformem em ódio;

· "Nunca houve tanta corrupção": distorcer, aumentar e difundir os indícios de corrupção e também criar fatos novos para aderir no “senso comum” a certeza que o PT montou um plano para ficar vinte anos no poder, roubando. Especial atenção é dada aos fatos gerados em administração do PT em governos estaduais e municipais. Como o povo brasileiro não conhece a administração petista implantada em Ribeirão Preto, fica fácil acreditar no “ético Buratti”.

· "O LULA não cumpre as promessas": criar nas pessoas a idéia que o verdadeiro motivo do LULA é dedicar-se ao roubo e que as promessas eram apenas para enganar;

· "O governo LULA é incompetente": Baseando-se no fato do LULA não ter faculdade, muitos “doutores” que se acham mais reais que o REI, publicam artigos para ridicularizar todas as ações do governo e para pregar que o LULA não foi uma boa escolha para conduzir nosso destino.

Estratégias usadas para atingir o objetivo:

Aqui o texto na íntegra
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O dia em que Ali Kamel contratou e demitiu o presidente Lula

por Luiz Carlos Azenha - em seu blog

A campanha de 2010 está em andamento. Como já escrevi, anteriormente, repete o padrão de 2006: denúncias vazias na revista Veja, devidamente repercutidas pelo Jornal Nacional de sábado e em seguida replicadas pelos jornais O Globo, Folha e Estadão.

O objetivo é erguer uma cortina de acusações que vinculem o presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores a comportamentos criminosos e/ou radicais.

Nesse balaio cabem promessas supostamente não cumpridas e condenações por associação. Cabem rumores, boatos e meias-verdades.

É uma forma de evitar o crescimento da candidatura de Dilma Rousseff na classe média e, especialmente, entre o eleitorado paulista: José Serra precisa desesperadamente de 70% dos votos de São Paulo para ter chance de vitória.

Ele pode não crescer com as denúncias, mas evita o crescimento de Dilma. Pelo menos é o que espera o consórcio PSDB/DEM/Globo/Folha/Estadão/Veja.

Eu disse que qualquer factóide será explorado para “criminalizar” o comportamento do governo, do presidente Lula e da ministra Dilma. Desde a menção a um triplex presidencial inacabado na boca de William Bonner, no Jornal Nacional, à repercussão de uma falsidade plantada por um colunista de um jornal da Flórida, o Miami Herald.

Assim como o Juan Arias, correspondente do jornal espanhol El Pais, o colunista Andres Oppenheimer, do Herald, faz parte do que poderia ser definido como o braço internacional do PIG, o Partido da Imprensa Golpista inventado pelo deputado Fernando Ferro e popularizado no Conversa Afiada pelo Paulo Henrique Amorim.

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