06/11/2009

Revolução silenciosa

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Minha opinião

Sorin, não espere ver notícias boas sobre o Brasil por aqui, cuja mídia está mais interessada em dar espaço para quem entra na onda do "vamos detonar Lula". Manchetes por aqui, só mesmo FHC arrotando sua soberda de sempre quando deveria estar no xilindró por seu rosário de crimes contra nosso País.

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Brasil vive 'revolução silenciosa', diz Lula em Londres

Na BBC

O Brasil vive uma "revolução silenciosa" com a recuperação da auto-estima da sociedade e está preparado para se tornar uma grande nação no século 21, afirmou nesta quinta-feira (5), em Londres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.A declaração foi feita durante um discurso a empresários e investidores no seminário "Investindo no Brasil", organizado em parceria pelos jornais Financial Times, da Grã-Bretanha, e Valor Econômico, do Brasil."

Estamos vivendo um momento quase mágico", disse o presidente, após afirmar que o Brasil "cansou de ser o país do futuro" e não quer perder "nenhuma oportunidade" no século 21. "O século 21 é o século do Brasil", afirmou Lula.O presidente defendeu que os programas sociais do governo e os avanços econômicos do país estão promovendo no país um "milagre da transformação", que ainda não estaria sendo medido pelos especialistas e pelos institutos de pesquisa.

Lula citou o caso de uma mulher que conheceu recentemente que tomou R$ 50 emprestados para fazer pastéis e vendê-los em uma obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no ano passado e que hoje estaria servindo 400 refeições por dia na obra e já teria conseguido comprar um carro e uma moto."

Ela me contou com orgulho que já tinha pago R$ 5 mil de imposto de renda", disse o presidente. "É fantástico que uma pessoa que há um ano e meio não tinha nem R$ 50 já tem um carro, uma motocicleta, um restaurante e já está pagando imposto."

Participação do Estado

Após falar à plateia sobre os ajustes realizados na economia no início de seu primeiro mandato presidencial, Lula disse que a crise serviu para mostrar que os países que tiveram uma maior participação do Estado sobre a economia sentiram menos os efeitos da crise."

A classe política mundial precisa aprender que somos eleitos para governar, e estávamos habituados a pensar que não precisávamos governar porque o mercado resolveria tudo", disse Lula."

O mercado pode resolver uma parte substancial das coisas do país, mas tem coisas que o mercado não consegue resolver, porque não é papel do mercado", acrescentou. "

O mercado não faz política social, é o Estado que tem que fazer. O mercado não cria um programa como o Luz para Todos, ou o Bolsa Família, isso tem que ser política de Estado."

Lula sugeriu que a crise econômica mundial poderia ter sido evitada ou amenizada se o ex-presidente americano George W. Bush, no fim do seu mandato, "tivesse tido as informações corretas e tomado as decisões corretas" para evitar a quebra do banco Lehman Brothers."

Possivelmente, teria custado muito menos que os bilhões de dólares que tivemos que colocar nos mercados depois que o Lehman Brothers quebrou", afirmou."

Essa crise, que chegou muito forte depois da quebra do Lehman Brothers, não precisaria ter chegado a essa profundidade se os governantes tivessem tomado medidas corretas na hora certa. É para isso que existe governo", disse.

Lula afirmou que, quando é cobrado pelos altos lucros dos bancos no Brasil, responde que prefere que eles continuem ganhando muito dinheiro, porque "quando eles quebram, o prejuízo é infindável".

Refundação

Ao final de seu discurso, o presidente brasileiro voltou a defender uma maior participação dos países emergentes nos organismos econômicos internacionais como o FMI e o Banco Mundial para refletir melhor a nova ordem global."

Estamos avançando na refundação das instituições de Bretton Woods, mas ainda falta muito para restaurar uma governança financeira forte e transparente", disse.

Para Lula"novas estruturas e regras devem refletir a emergência dos países em desenvolvimento como atores indispensáveis em um mundo cada vez mais interdependente".

O seminário sobre oportunidades de investimento no Brasil foi o principal evento da visita de dois dias de Lula a Londres.

Ainda na tarde desta quinta-feira, o presidente se encontraria em uma audiência privada com a rainha Elizabeth 2ª, no Palácio de Buckingham.

Antes de retornar a Brasília, à noite, o presidente recebe um prêmio concedido pela Chatham House (Instituto Real de Assuntos Internacionais) por seus esforços para a melhoria das relações entre os países da América Latina.

Fonte: BBC Brasil

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Por Helena Sthephanowitz - em seu blog
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