24/11/2009

Coisas do extremismo religioso

Na foto a mulher(ou homem), sei lá, uma pessoa amordaçada, foi escolhida por lideranças evangélicas como símbolo da campanha contra a penalização da homofobia. Grande luta esta destes religosos. É como se o Brasil não fosse um país onde Estado e religião são separados e, portanto, os direitos dos cidadãos independem do que prega a religião A, B ou C. Fosse assim, nem o divórico teria sido aprovado nestes Pais. Os tais religiosos dizem que ficarão amordaçados caso as pessoas homafetivas conquistem sua cidadania, em especial o direito de não serem agredidos, assassinados ou vítimas de chachotas nas ruas. Segundo os "amordaçados", se a homofobia virar crime, eles não poderão mais espraguejar os gays. Como pode uma religião sem pecadores a serem apedrejados? Por isso os "santinhos" evangélicos estão fraudando a enquete do Senado sobre o tema ao lhes ensinar como votar várias vezes no NÃO à penalização da homofobia.
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Lula cobra menos extremismo de Ahmadinejad

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou hoje do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que ponha em prática uma política democrática e de respeito à diversidade.
Aqui o artigo na íntegra
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"Santinhos" fraudam enquete da penalização da homofobia

Um e-mail enviado por um grupo chamado de Internautas Cristãos ensina como seus fies devem fazer para brular a proteção e votar mais de uma vez na enquete do Senado que pergunta "Você é a favor da aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais?". É claro que o e-mail pede para que todos votem na opção "Não". Mas o e-mail vem com alguns erros.

Começa assim:
"Diga NÃO ao PLC 122/2006 novamente! O Senado ZEROU a enquete (que já tinha mais de meio milhão de votos) alegando que antes era possível aos usuários votar mais de uma vez. Mas isso é uma grande MENTIRA, pois CONTINUA SENDO POSSÍVEL VOTAR VÁRIAS VEZES, bastando para isso deletar os cookies do navegador após votar."

Vale lembrar que a enquete saiu do ar por conta de um hacker que colocou um robô para votar insesantamente na opção NÃO, como o MixBrasil apurou.

O e-mail continua: "A verdade é que a liderança do NÃO incomodou os militantes pró-homossexualismo. E, aliás, se alguém burlou a enquete foram justamente eles, que surpreendentemente estavam conseguindo, em vários momentos, alcançar os votos dos cristãos. Algo muito improvável considerando a gigantesca mobilização cristã contra esse projeto maldito. Faça uma busca na internet e verá a grande quantidade de sites e blogs convocando os cidadãos a votarem NÃO".

O e-mail termina de uma forma gentil, própria dos cristãos: "Portanto, vamos CONTINUAR dizendo NÃO a esta aberração!"

A gente acha que você não deve votar e apagar seus cookies para votar novamente. Achamos que você deve votar com sua cosciência sobre esse projeto. Se ele for aprovado um dia, a homofobia será criminalizada e dificilmente alguém poderá te agredir ou xingar pelo fato de você ser gay, só isso. Em um momento da história recente, negors poderiam ser ofendidos sem que fossem punidos pela lei. Naquela época, quando o movimento negro passou a exigir seus direitos, eram exatamente as hostes fundamentalistas cristãs que iam contra a aprovação da lei anti-racismo. Eles não mudam. Mas a história já provou que esse tipo de reação conservadora costuma lutar, lutar em nome de fundamentos absolutamente ultrapassados e morrer na praia.

FONTE: Mix Brasil
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Vamos portanto a dois pontos de vista, dois simbolos desta campanha, o do SIM (uma pessoa espancada) e do NÃO(uma pessoa amordaçada).
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Com a palavra os(as) espancados (defensores do SIM)
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Comentários
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Andre I Souza disse...

Não à generalização, também. O 'post' incorre no erro da generalização, me desculpe, mas acho que em lugar de evangélicos, o autor deveria usar lideranças evangélicas ou igrejas evangélicas (e quais denominações, já que são muitas). Sou batizado na Igreja Católica e tenho orientação evangélica, e nem por isto sou a favor da tal penalização, também sei da costumeira direção reacionária e cega tomada pela maioria das RELIGIÕES, bem como tenho clara em minha mente a distinção entre Estado e Religião. Sinceramente, me sinto ofendido e vítima de preconceito ao ler um texto tão enviesado. Dispenso o termo santinhos entre aspas. Todo respeito aos homossexuais, e também a toda forma de religiosidade. Poderia, eu, citar frases ofensivas aos católicos, por exemplo, baseado em atitudes, tão largamente conhecidas, de uma liderança ou minoria, e, muitas vezes, até da maioria? Não, eu sei o quanto atitudes assim são temerárias. Um abraço, e que fique claro, os gays têm TODO Direito à CIDADANIA.
26 de Novembro de 2009 11:52
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Resposta

Caro André, obrigado pela intervenção.

Fiz a devida correção.
Quanto ao termo "santinho", não é de minha autoria e sim do Mix Brasil.
Aproveitei a deixa para acrescentar ao post os dois símbolos, o dos defensores do SIM (um rapaz espancado) e o do NÃO (uma pessoa amordaçada)
Quanto a guerra religiosa, ela é uma realidade, mesmo entre cristãos.
Senão vejamos.
Neste fim de ano, como ocorre em todos os natais, eu e meus familiares, algo em torno de 150, entre tios, pais, irmãos, sobrinhos, etc, vamos nos reunir para passarmos uns dias juntos numa chácara.
Na reunião de preparação para o evento, os seguidores da Religião Batista se opuseram a qualquer menção a Nossa Senhora Aparecida.
Isto é apenas uma amostra das tensões que provoca o extremismo religioso, tensões que muitas vezes acabam em guerras e bombas.
Tomara que, no caso da minha família, não chegue a este ponto.
Respeito a liberdade de religião, inclusive o direito à existência das religiões afro.
Quanto ao projeto da penalização da homofobia, as religiões nem deveriam ter entrado nesse assunto, pois se trata de direitos civis dos cidadãos, o que já foi conferido, por exemplo, às mulheres através da Lei Maria da Penha, aos negros nos dispostivos legais contra o racismo.
Esta é apenas mais uma lei no sentido de levar cidadania a uma parte da população.
O mundo não acabar nem as religiões deixarão de existir caso tal lei venha a ser aprovada, muiuto pelo contrário.
Uma religião que pregue o amor e a bondade deveria estar a favor da penalização da homofobia.
Um grande abraço,

26 de Novembro de 2009 13:33

Excluir
Anônimo Andre I Souza disse...

Ok, José Carlos Lima, fico agradecido. Perdoe-me onde não tive o discernimento apropriado, santa falha, ela sempre nos coloca um pouco abaixo de onde pensamos estar.
Sem querer tornar este espaço num 'chat', permita-me acompanhar a sua ideia. Com relação ao fato da difícil convivência entre professadores de religiões diferentes, assino embaixo, realmente, aqueles que, teoricamente, deveriam exemplificar com o amor, a tolerância e principalmente o respeito ao próximo são os primeiros a rasgar essas premissas. Se não abrirmos o os olhos, logo concluiremos o estágio para nos tornar (sem a intenção denegrir a imagem daquela nação) uma Irlanda do Norte embotando totalmente a cidadania, começaremos por aceitar definitivamente a 'guetatização' dos gays e outras ditas minorias, e isto terá um fim com a vitória da insensatez, pois em alguma coisa sempre seremos e pensaremos diferentes uns do outros, o que levaria a sobrar apenas dois 'fortes' que por certo em algo, n’algum momento, não se aceitariam. Então, estes últimos dois, o que fariam? Aniquilariam-se, por certo. Não é mesmo? É certo que sozinhos não somos nada. Deixe-me corrigir uma falha no meu texto anterior, eu quis dizer: “... nem por isto sou CONTRA a penalização”. Obrigado e outro grande abraço, parabéns pela iniciativa. Já votei a favor da penalização.

26 de Novembro de 2009 16:04

Excluir
Blogger José Carlos Lima disse...

André, este campo das religiões é complicado, alguns pedaços deste campo estão minados, daí o cuidado que devemos ter ao pisar sobre este este terreno.
Lembro-me que quando participei de um projeto coletivo, um blog, o Quarentena Bienal, editado por Edson Barrus, volta e meia deparávamos com este conflito, as bandeiras da Palestina de cá, as de Israel de lá, aí você sabe qual era o resultado né.
Por isso, volta e meia, diante de assuntos envolvendo religião, dizia "isso é complicado."
De fato não é um assunto fácil de se lidar ele, pois mexe com a mística, eu mesmo não gosto muito de me meter neste assunto não.
No entanto,entrei neste caso da penalização da homofobia por considerar que não é correto um homoafetivo ser espacando por sua condição, da mesma forma que é inaceitável um negro ser espancado por ser negro ou uma mulher por ser mulher, estas coisas que não dependem do sujeito, daí a importância de leis para dar-lhes guarida.
Talvez devamos valorizar a amizade com o outro da outra religião, o outo do outro partido político, o outro doutra condição social, de outra cor, etc, pois que a amizade entre os iguais não nos acrescenta muito não.
Digo isso por experiência própria. Aqui onde trabalho há uma faxineira de nome Lucimara, evangélica. No começo fiquei com um pé atrás. No final vi que era uma pessoa boa e com quem tenho liberdade de conversar, ela costua orar para mim, vejo isso como um aFEto por parte dela. Sem essa de querer que ela seja atéia como condição para sermos amigos.
Abs,

26 de Novembro de 2009 16:38

Atualização -

Mãe interna o filho após descobrir que ele é gay

Clique aqui para ler

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11 comentários:

Anônimo disse...

No próximo dia 20 de novembro, dois pastores evangélicos irão assinar um contrato de união estávél. O casal que está junto desde 2006 tem o objetivo de adotar uma criança. A cerimônia acontece no Rio de Janeiro.

O sonho de casar e ter filhos está próximo de se tornar realidade para dois pastores evangélicos. Juntos há três anos, Fábio Inácio de Souza, 30, e Marcos Gladstone, 33, assinam contrato de união estável no próximo dia 20, no Rio. A data, Dia de Zumbi dos Palmares, foi escolhida porque, segundo eles, representa a luta contra o preconceito.

Dois dias após começarem o namoro, em 2006, eles fundaram a Igreja Cristã Contemporânea, hoje com três sedes e mais de 500 seguidores. A denominação tem como objetivo acolher o público gay que, segundo eles, não se sentia bem em outras igrejas.

Antes de conhecer Gladstone, Souza foi pastor da Igreja Universal do Reino de Deus e, por quatro anos, noivo de uma mulher. “Íamos nos casar, mas chegou um momento em que não pude mais me enganar. Eu nasci gay. Quando resolvi assumir minha homossexualidade, tive que me afastar da igreja porque aquilo era visto como um pecado.”

Os dois, que passarão a lua de mel na Costa do Sauípe, na Bahia, planejam adotar uma criança. “Queremos todos os direitos que os casais heterossexuais têm. Estamos construindo um patrimônio juntos”, afirma Souza.

Os dois esperam abrir caminho para novas uniões entre pastores evangélicos

Aqui mais um ex0 gay disse...

O problema não é este, não foi este o assunto do post, quem quiser ser ex-hetero ou ex-homo tem todo o direito, o que a lei propõe é delegar cidadania a uma parcela da sociedade, isto já foi dado às mulheres através da Lei Maria da Penha, o negros também são protegidos contra o racismo

Aqui mais um ex-gay, disse...

A picaragem, o engodo, o simulacro, a fraude, é visível em muitos destes casos de transformação de homoafetivos em heteros

Clique aqui para ler disse...

STF derrota o pastor Silas Malafaia em sua cruzada contra os gays

Clique quipara ler "pastor Sillas Malafaia processado" disse...

Sillas Malafaia e seus delírios

Clique aqui para ler disse...

Documento em pdf sobre a homofobia no Brasil

Clique aqui para ler disse...

O ódio do pastor Silas Malafaia

Andre I Souza disse...

Não à generalização, também. O 'post' incorre no erro da generalização, me desculpe, mas acho que em lugar de evangélicos, o autor deveria usar lideranças evangélicas ou igrejas evangélicas (e quais denominações, já que são muitas). Sou batizado na Igreja Católica e tenho orientação evangélica, e nem por isto sou a favor da tal penalização, também sei da costumeira direção reacionária e cega tomada pela maioria das RELIGIÕES, bem como tenho clara em minha mente a distinção entre Estado e Religião. Sinceramente, me sinto ofendido e vítima de preconceito ao ler um texto tão enviesado. Dispenso o termo santinhos entre aspas. Todo respeito aos homossexuais, e também a toda forma de religiosidade. Poderia, eu, citar frases ofensivas aos católicos, por exemplo, baseado em atitudes, tão largamente conhecidas, de uma liderança ou minoria, e, muitas vezes, até da maioria? Não, eu sei o quanto atitudes assim são temerárias. Um abraço, e que fique claro, os gays têm TODO Direito à CIDADANIA.

José Carlos Lima disse...

Caro André, obrigado pela intervenção.
Fiz a devida correção.
Quanto ao termo "santinho", não é de minha autoria e sim do Mix Brasil.
Aproveitei a deixa para acrescentar ao post os dois símbolos, o dos defensores do SIM (um rapaz espancado) e o do NÃO (uma pessoa amordaçada)
Quanto a guerra religiosa, ela é uma realidade, mesmo entre cristãos.
Senão vejamos.
Neste fim de ano, como ocorre em todos os natais, eu e meus familiares, algo em torno de 150, entre tios, pais, irmãos, sobrinhos, etc, vamos nos reunir para passarmos uns dias juntos numa chácara.
Na reunião de preparação para o evento, os seguidores da Religião Batista se opuseram a qualquer menção a Nossa Senhora Aparecida.
Isto é apenas uma amostra das tensões que provoca o extremismo religioso, tensões que muitas vezes acabam em guerras e bombas.
Tomara que, no caso da minha família, não chegue a este ponto.
Respeito a liberdade de religião, inclusive o direito à existência das religiões afro.
Quanto ao projeto da penalização da homofobia, as religiões nem deveriam ter entrado nesse assunto, pois se trata de direitos civis dos cidadãos, o que já foi conferido, por exemplo, às mulheres através da Lei Maria da Penha, aos negros nos dispostivos legais contra o racismo.
Esta é apenas mais uma lei no sentido de levar cidadania a uma parte da população.
O mundo não acabar nem as religiões deixarão de existir caso tal lei venha a ser aprovada, muiuto pelo contrário.
Uma religião que pregue o amor e a bondade deveria estar a favor da penalização da homofobia.
Um grande abraço,

Andre I Souza disse...

Ok, José Carlos Lima, fico agradecido. Perdoe-me onde não tive o discernimento apropriado, santa falha, ela sempre nos coloca um pouco abaixo de onde pensamos estar.
Sem querer tornar este espaço num 'chat', permita-me acompanhar a sua ideia. Com relação ao fato da difícil convivência entre professadores de religiões diferentes, assino embaixo, realmente, aqueles que, teoricamente, deveriam exemplificar com o amor, a tolerância e principalmente o respeito ao próximo são os primeiros a rasgar essas premissas. Se não abrirmos o os olhos, logo concluiremos o estágio para nos tornar (sem a intenção denegrir a imagem daquela nação) uma Irlanda do Norte embotando totalmente a cidadania, começaremos por aceitar definitivamente a 'guetatização' dos gays e outras ditas minorias, e isto terá um fim com a vitória da insensatez, pois em alguma coisa sempre seremos e pensaremos diferentes uns do outros, o que levaria a sobrar apenas dois 'fortes' que por certo em algo, n’algum momento, não se aceitariam. Então, estes últimos dois, o que fariam? Aniquilariam-se, por certo. Não é mesmo? É certo que sozinhos não somos nada. Deixe-me corrigir uma falha no meu texto anterior, eu quis dizer: “... nem por isto sou CONTRA a penalização”. Obrigado e outro grande abraço, parabéns pela iniciativa. Já votei a favor da penalização.

José Carlos Lima disse...

André, este campo das religiões é complicado, alguns pedaços deste campo estão minados, daí o cuidado que devemos ter ao pisar sobre este este terreno.
Lembro-me que quando participei de um projeto coletivo, um blog, o Quarentena Bienal, editado por Edson Barrus, volta e meia deparávamos com este conflito, as bandeiras da Palestina de cá, as de Israel de lá, aí você sabe qual era o resultado né.
Por isso, volta e meia, diante de assuntos envolvendo religião, dizia "isso é complicado."
De fato não é um assunto fácil de se lidar ele, pois mexe com a mística, eu mesmo não gosto muito de me meter neste assunto não.
No entanto,entrei neste caso da penalização da homofobia por considerar que não é correto um homoafetivo ser espacando por sua condição, da mesma forma que é inaceitável um negro ser espancado por ser negro ou uma mulher por ser mulher, estas coisas que não dependem do sujeito, daí a importância de leis para dar-lhes guarida.
Talvez devamos valorizar a amizade com o outro da outra religião, o outo do outro partido político, o outro doutra condição social, de outra cor, etc, pois que a amizade entre os iguais não nos acrescenta muito não.
Digo isso por experiência própria. Aqui onde trabalho há uma faxineira de nome Lucimara, evangélica. No começo fiquei com um pé atrás. No final vi que era uma pessoa boa e com quem tenho liberdade de conversar, ela costua orar para mim, vejo isso como um aFEto por parte dela. Sem essa de querer que ela seja atéia como condição para sermos amigos.
Abs,