28/12/2009

Clarice Lispector pelo New York Times



Mito de Clarice Lispector se agiganta tanto quanto os romances que escreveu

The New York Times

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NOVA YORK – A escritora de vanguarda brasileira Clarice Lispector (1920-77) é pouco conhecida nos Estados Unidos, onde apenas um punhado de seus muitos livros foi traduzido, mas em casa ela é realeza literária, queimando na memória coletiva como uma chama eterna levemente sinistra.

Divulgação

Clarice Lispector na juventude: “Sou tão
misteriosa que nem eu me entendo”

O rosto de Lispector está em selos e o seu nome adorna condomínios de luxo. Incontáveis livros foram escritos sobre ela, e dezenas de apresentações teatrais foram baseadas em sua obra. Podem-se comprar os livros em máquinas no metrô.

“O primeiro nome é suficiente para identificá-la a brasileiros estudados”, escreve Benjamin Moser em "Why This World: A Biography of Clarice Lispector” (em português, “Clarice,”, editado pela Cosacnaify).

O mito de Clarice se agiganta tanto quanto o que ela escreveu. Seu nome incomum fez com que soasse como uma espiã. Os olhos e ossos do rosto elevados levaram as pessoas a compará-la a uma loba ou uma pantera. Para o tradutor Gregory Rabassa, Lispector “parecia com Marlene Dietrich e escrevia como Virginia Woolf”.


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