06/12/2009

Dramaturgo reagiu a assalto no Espaço Parlapatões e está internado na Santa Casa, em estado grave

Filipe Vilicic, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O dramaturgo paranaense Mário Bortolotto, de 47 anos, fundador do grupo de teatro Cemitério de Automóveis e autor de peças como Nossa Vida Não Vale Um Chevrolet, e o músico Carlos Carcará foram baleados no bar do Espaço Parlapatões, localizado na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo na madrugada deste sábado, 5.

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Fiquei sabendo disso através do blog do Miguel do Rosário , que por sua vez foi informado através ( deste ) twitter
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Os amigos de Bertolotto estão indignados e culpam ações da prefeitura, mídia, vizinhos do teatro onde ocorreu a tragédia. Confira:

De Olhos Sempre Abertos - vivendo o espanto

Por Rodolfo García Vázque, em seu ( blog )

Moradores

Os moradores da Praça que nos odeiam devem estar felizes:
agora não ouvem mais as gargalhadas dos artistas, mas os tiros que nos ameaçam. Escrito por Rodolfo às 21h45[(2) Vários Comentários

Um e-mail antecipatório

Eu mandei o e-mail abaixo para um morador da praça que está processando todos os teatros e bares da praça por balbúrdia e desordem. O e-mail foi mandado no último dia 30 de novembro às 13h55. Triste antecipação, trágica antecipação:
Olá XXX, olá YYY


Estive fora por dez dias e só agora estou ficando a par dos últimos acontecimentos.

Devido ao processo do Ministério Público aberto pelo sr. XXX, todos os bares e os teatros que tinham mesas na calçada da Praça foram orientados pela Prefeitura a retirar as mesmas para poder atender as exigências do Ministério Público. Todos os bares (nós, La Barca, Doca) atenderam o pedido da Prefeitura. Faz duas semanas que a Praça não vê mesas em suas calçadas.

Devido à retirada das mesas e à invasão do pessoal da Cracolândia, as últimas duas semanas também foram especialmente conturbadas para nós, pois registramos um aumento significativo da criminalidade nas nossas calçadas. Um dos nossos técnicos de som foi assaltado a mão armada em frente ao São Martinho, às 9h30 da noite. No sábado passado, um mendigo estava deitado na porta do Satyros Um. Tentamos tirá-lo de lá mas ele não respondeu ao nosso chamado. Chamamos a polícia, mas antes que eles chegassem, 3 homens passaram pela rua e espancaram o mendigo diante dos nossos olhos, paralisados.

Estamos realmente preocupados com estes últimos acontecimentos.

Gostaria de marcar uma reunião com vocês para ver o que podemos fazer para reverter este quadro. Perdi o contato de vocês, pois fui roubado (não aqui, felizmente). Por favor me passem o contato ou me liguem no cel 000000000.


Abraços

Rodolfo

Na entrevista que dei para a Folha em julho, eu enfatizei insistentemente diversas vezes que as mesas na calçada e o movimento dos bares eram a única forma de termos proteção para a Praça. Infelizmente, isso também não foi parar na matéria que nos chamava de botequeiros...
Não somos vadios, não somos baderneiros...somos ARTISTAS. Ameaçados agora também pelos bandidos.
Precisaríamos ter chegado a esse ponto? Escrito por Rodolfo às 11h28
[(1) Apenas 1 comentário]

A invisibilidade

Ser invisível dá muito trabalho, é um projeto de vida.
Mas as vantagens são inúmeras.

Escrito por Rodolfo às 09h48[(3) Vários Comentários]
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