De O Globo, reproduzido no blog do Favre
Estudos comprovam que a atividade física ajuda a proteger contra doenças como câncer e problemas renais
A atividade física regular — como a corrida — é uma ótima estratégia para receber dividendos em saúde.
É o que indicam quatro estudos e um editorial inéditos da revista “Archives of Internal Medicine”, uma das mais importantes da área médica. Um dos artigos mostra que o hábito de se exercitar está associado à maior proteção contra o câncer colorretal; outro diz que malhar é bom para os rins. Outros dois estudos da edição deste mês fazem referência ao controle do peso e à redução de mortalidade.
O médico Cláudio Gil Soares de Araújo, diretor-médico da Clinimex, Clínica de Medicina do Exercício, no Rio, analisou os estudos e diz que os autores observaram que o exercício reduz a chance de doentes com câncer colorretal terem metástases e as complicações ou perda da função renal em idosos, algo comum na velhice. Para o cardiologista, não há dúvida sobre os ganhos com a atividade física, porém a quantidade de exercício — e a sua intensidade — necessária para obter benefícios varia de acordo com a condição clínica que se pretende aprimorar ou tratar: — Por exemplo, para prevenir quedas e manter a saúde mental ou a dos ossos, apenas 20 minutos de caminhada cinco vezes por semana já produzem resultados. Para se proteger de doenças cardíacas e câncer, assim como para ganhar mais vantagens no controle e na redução do peso, é preciso, pelo menos, o dobro dessa atividade.
Gil explica que, geralmente, 150 minutos semanais de caminhada
passos rápidos ou 75 minutos semanais de corrida em ritmo leve proporcionam vários benefícios para a saúde entre quem tem 40 e 60 anos: — Também é possível mesclar duas sessões semanais de caminhadas e três corridas relativamente curtas na semana ou ainda caminhar e correr na mesma sessão.
Os autores lembram que os exercícios de musculação são tão importantes quanto o treino aeróbico: — Resultados ainda melhores foram obtidos com um tempo de exercício e intensidades maiores. Novos estudos devem dizer qual é a dose ideal de exercício para a saúde e as diversas condições clínicas — diz.
ANA LUCIA AZEVEDO (ala@oglobo.com.br) ANTÔNIO MARINHO (amarinho@oglobo.com.br) ROBERTA JANSEN (roberta.jansen@oglobo.com.br)
ATIVIDADE FÍSICA
Um forte elo entre exercícios e inteligência
Manter-se fisicamente ativo desde cedo é uma boa maneira de estimular a inteligência. Cientistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, analisaram dados de um milhão de homens nascidos em 1950 a 1976, alistados no serviço militar do país aos 18 anos. A amostra incluiu 3.147 pares de gêmeos, dos quais 1.432 eram idênticos. Segundo os autores, aqueles com melhor capacidade cardiovascular apresentaram melhor desempenho em testes cognitivos e no rendimento acadêmico mais tarde.
Os dados sugerem que a promoção de atividades físicas como estratégia de saúde pública poderia maximizar desempenhos educacionais e prevenir doenças.
— Nosso estudo dá suporte científico para manter ou aumentar a prática de educação física nas escolas, além de evitar um estilo de vida sedentário — afirma Maria Aberg, na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
A aptidão física e a inteligência foram avaliadas no alistamento e relacionadas aos dados nacionais de rendimento escolar e ao nível socioeconômico mais tarde.
A atividade física regular — como a corrida — é uma ótima estratégia para receber dividendos em saúde.
É o que indicam quatro estudos e um editorial inéditos da revista “Archives of Internal Medicine”, uma das mais importantes da área médica. Um dos artigos mostra que o hábito de se exercitar está associado à maior proteção contra o câncer colorretal; outro diz que malhar é bom para os rins. Outros dois estudos da edição deste mês fazem referência ao controle do peso e à redução de mortalidade.
O médico Cláudio Gil Soares de Araújo, diretor-médico da Clinimex, Clínica de Medicina do Exercício, no Rio, analisou os estudos e diz que os autores observaram que o exercício reduz a chance de doentes com câncer colorretal terem metástases e as complicações ou perda da função renal em idosos, algo comum na velhice. Para o cardiologista, não há dúvida sobre os ganhos com a atividade física, porém a quantidade de exercício — e a sua intensidade — necessária para obter benefícios varia de acordo com a condição clínica que se pretende aprimorar ou tratar: — Por exemplo, para prevenir quedas e manter a saúde mental ou a dos ossos, apenas 20 minutos de caminhada cinco vezes por semana já produzem resultados. Para se proteger de doenças cardíacas e câncer, assim como para ganhar mais vantagens no controle e na redução do peso, é preciso, pelo menos, o dobro dessa atividade.
Gil explica que, geralmente, 150 minutos semanais de caminhada
passos rápidos ou 75 minutos semanais de corrida em ritmo leve proporcionam vários benefícios para a saúde entre quem tem 40 e 60 anos: — Também é possível mesclar duas sessões semanais de caminhadas e três corridas relativamente curtas na semana ou ainda caminhar e correr na mesma sessão.
Os autores lembram que os exercícios de musculação são tão importantes quanto o treino aeróbico: — Resultados ainda melhores foram obtidos com um tempo de exercício e intensidades maiores. Novos estudos devem dizer qual é a dose ideal de exercício para a saúde e as diversas condições clínicas — diz.
ANA LUCIA AZEVEDO (ala@oglobo.com.br) ANTÔNIO MARINHO (amarinho@oglobo.com.br) ROBERTA JANSEN (roberta.jansen@oglobo.com.br)
ATIVIDADE FÍSICA
Um forte elo entre exercícios e inteligência
Manter-se fisicamente ativo desde cedo é uma boa maneira de estimular a inteligência. Cientistas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, analisaram dados de um milhão de homens nascidos em 1950 a 1976, alistados no serviço militar do país aos 18 anos. A amostra incluiu 3.147 pares de gêmeos, dos quais 1.432 eram idênticos. Segundo os autores, aqueles com melhor capacidade cardiovascular apresentaram melhor desempenho em testes cognitivos e no rendimento acadêmico mais tarde.
Os dados sugerem que a promoção de atividades físicas como estratégia de saúde pública poderia maximizar desempenhos educacionais e prevenir doenças.
— Nosso estudo dá suporte científico para manter ou aumentar a prática de educação física nas escolas, além de evitar um estilo de vida sedentário — afirma Maria Aberg, na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
A aptidão física e a inteligência foram avaliadas no alistamento e relacionadas aos dados nacionais de rendimento escolar e ao nível socioeconômico mais tarde.
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