07/03/2012

Spin para a construção do mensário artístico de marte ou anamnese

O crime organizado na renovação do capitalismo brasileiro
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-crime-organizado-na-renovacao-do-capitalismo-brasileiro
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Ainda está faltando um bom levantamento, um estudo sociológico ou econômico sobre a transição do crime organizado para a economia formal.
O caso Carlinhos Cachoeira é apenas um dos elos. Ligado aos últimos governadores goianos, montou ampla rede de influência em todos os poderes do Estado. Pelas informações disponíveis, investiu no polo farmacêutico de Anápolis. Ou seja, acumulou na contravenção e trouxe para a economia formal - a exemplo do que ocorreu com a Máfia nos Estados Unidos.

Não apenas isso. Tempos atrás almocei com um grupo de grandes sojicultores do Mato Grosso, alguns dos maiores. No meio do almoço contei uma história do Comendador Arcanjo. Todos riram, menos um, o maior deles, que ficou visivelmente incomodado. Ficou claro que tinha negócios com o comendador.
Outro ponto levantado pelas investigações da Polícia Federal é a indústria das liminares de combustíveis em Goiás. Montam-se distribuidoras fantasmas, que adquirem combustível em refinarias. Pelo regime de substituição tributária, deveriam recolher imposto antecipadamente. Mas, em conluio com juízes desonestos, conseguem liminares para pagar o imposto a posteriori. Na hora do pagamento, simplesmente desaparecem.
Cachoeira recorria a esse tipo de golpe. Nenê Constantino, pai do fundador da Gol, também conseguiu acumular muito capital com esse tipo de golpe.
Se passar por linhas urbanas de ônibus, por frigoríficos, pelo próprio jogo do bicho, se verá que parte do capitalismo brasileiro foi gestado nas entranhas da ilegalidade.



Meu comentário
De fato a máfia usa a economia formal como fachada. E na imbricância com a política é a mesma coisa, tudo formal, os cargos no Executivo quando não o próprio governador é do esquema, isso ficou bem claro na Operação Monte Carlo, quando se constatou que faziam parte da engranegam os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e o senador Demóstens Torres (DEM-GO). Hoje o ex-presidente da Câmara Municipal, Wladimir Garcês(PSDB-GO) foi transferido para um presídio de segurança máxima. E nadica de nada na imprensa nacional, muito menos no JN. Por conta da omissão da imprensa o senador Demóstenes Torres comemorou aliviado, tudo sob "controle" disse, ao referir-se à omissão da imprensa nacional diante da Operação Monte Carlo. Link:- 
E está tudo "sob controle" mesmo e, tanto está tudo ok que, nos próximos dias 28 e 29 de março o Sr. Ophir Cavalcante, Presidente Nacional da OAB, e o Grão Mestre da Maçonaria, Marcos José da Silva, estarão em GO para o 1º Encontro dos Grupos de Combate à Corrupção, é aquele zé povinho que dizia-se e continua dizendo-se "apartidário", aquela turma que,  sob a liderança de líderes como os "éticos" Marconi Perillo e Demóstenes Torres, tem espaço de sobra para arrotar "ética" na mídia, lembra-se?
Não é que a turminha resolveu formalizar o movimento? Como se vê, como dá a entender o Nassif, os tais "honestos" são mesmo chegados à formalidade e foi assim que gestaram um capitalismo engendrado na ilegalidade. Dentro desta lógica os baluartes da "ética"  criaram a ONG "Movimento Contra a Corrupção". A turma está reunida neste mês  em Goiânia um Encontro Nacional. Claro que vai bradar palavras de ordem contra a "corrupção" mas não se ouvirá um pio sequer sobre a  Operação Monte Carlo nem um piu, afinal de contas seus líderes estão no xilindró outros ainda soltos porque altas autoridades do Estado.
O tal Moviemnto Contra a "Corrupção" realizou, hoje, uma panfletagem nas ruas de Goiânia. No panfleto distribuido não há qualquer menção à Operação Monte Carlo que derrubou o cabeça Carlinhos Cachoeira e trouxe à tona suas conexões: o governador Perillo, o senador Demóstenes, o ex-presidente da Câmara Municipal e outros membros do alto escalão do governo, uma vez que Cachoeira indicou muitos deles para cargos na área de segurança.
Como se vê, a máfia entranhou-se de vez no aparelho do Estado. E posam de bons moços e, contando com a mídia e com o apoio do governo de GO, todos acreditam na bandidagem disfarçada de marchadeiros contra a corrupção. O site do movimento contra a "Corrupção:"
A corrupção não deve, jamais, ser tolerada como algo natural, pois ela mata.
Mata o presente quando estradas superfaturadas e mal acabadas ceifam a vida de famílias em seus buracos; mata o presente quando nos hospitais faltam medicamentos básicos e condições mínimas de atendimento, e mata o futuro quando escolas precárias e professores mal pagos tentam ensinar as crianças que não estarão preparadas e condenadas quando chegarem ao mercado de trabalho, fadadas a uma vida diferente daquela que imaginaram ainda nos bancos escolares. 
Pagamos a mais alta carga tributária do planeta e temos um dos piores serviços públicos do mundo. Queremos coerência e transparência. Não queremos shows e estádios espetaculares enquanto faltam recursos para outras prioridades. Queremos um futuro melhor para os nossos descendentes. Um futuro alicerçado na boa educação e em serviços de qualidade. Medidas concretas, já! 
Acordamos, saímos do marasmo, chamamos a atenção da mídia, tanto nacional quanto internacional. Não queremos desestabilizar o governo, queremos a punição exemplar para os desvios de conduta na vida pública exercidos por parlamentares e homens de poder. A impunidade é a mãe da corrupção.
Acordamos, saímos do marasmo, chamamos a atenção da mídia, tanto nacional quanto internacional. Não queremos desestabilizar o governo, queremos a punição exemplar para os desvios de conduta na vida pública exercidos por parlamentares e homens de poder. A impunidade é a mãe da corrupção."
Movimento Brasil Contra a Corrupção"

Meu comentário sobre a ONG MBCC.  
Chega a ser risível o manifesto do tal Movimento Contra a "Corrupção".
De início,  a ONG se coloca como um  "movimento apartidário."
Não se encontra no site do tal MCC qualquer referência à corrupção ativa, ou seja, aquela praticada por empresas e pessoas físicas.
Nadica de nada sobre o financiamento privado de campanha eleitorais.
O tal  MCC não é contra  a corrupção praticada por prefeitos e governadores.
Enfim, uma beleza para o crime organizado que, como se vê, por debaixo dos panos rouba bilhões de reais (leia-se Lista de Furnas, Privataria Tucana, Alstom, Em MG(no Governo Aécio Neves) Houve o Roubo de Bilhões de Reais na área da saúde, em SP a Justiça determinou o afastamento do presidente do metrô por corrupção, um deputado denunciou o mensalão tucano de SP, há o mensalão tucano de MG, o mensalão do DEM-DF, mas nada disso interessa à mídia e ao MCC).

Toda essa hipocrisia do MCC ocorre, esta turma posa de honesta quando sabemos que os líderes que estão por trás do movimento são estes mesmo que roubam sob o silêncio omissivo e cúmplica da imprensa que, é claro, levou sua parte,  jornais e redes de TV passaram a ser proprietárias, sem nada desembolsar, de empresas do sistema Telebrás, algumas delas tem uma fatia da Claro, Embratel...enfim...

Quanto à imbricância entre Estado e Crime Organizado, já na década de 90, conforme veio à tona na Operação Diamante (prontamente abafada pelo STJ porque pegou gente graúda, até membros do próprio STJ se refastelaram com a grana farta do traficante internacional Leonardo Dias Mendonça). Será que para o MCC nada disso é corrupção?

No que diz respeito ao combate à corrupção e ao fim da impunidade, o ano de 2009 foi ímpar na história do Brasil. Naquele ano a PF realizou várias Operações contra o crime organizado, só aqui em Goias muita gente graúda, dos poderes executivo, legislativo e judiciário, foram pegos com a boca na botija. Nada disso interessao ao tal Movimento Contra a "Corrupção." 

Vamos à realidade dos fatos:

Em 2009,  Operações da PF como a Dimante, Pérola e Triângulo, trouxeram a público a conexão entre  políticos, funcionários do governo goiano e o crime organizado. O diretor do presído de GO caiu,  bastante dados sobre o caso no post "Goiás e o Caso Leonardo Pareja" link: - 
Isso também:
O financiamento privado de campanhas eleitorais, que por sinal, o PSDB quer manter. Também pudera, uma socialite da familia Wagner Canhedo, na condição de pessoa física,  deu  8 milhões de reais, à campanha do PSDB? Como ser contra, portanto, ao financiamento privado, porta aberta para o caixa 2, isso que chamam de mensalão. Link: -
O MCC não sabe o faz de conta que não sabe que a corrupção manifesta-se também em forma de sonegação fiscal, na apropriação indébita dos descontos da previdência no salário dos empregados, no financiamento de campanhas políticas. Hipocrisia pouca é bobagem.
Já que o MCC não mostrou, nem a imprensa nacional vai mostrar...
O bicheiro, o senador e o grampo falso da Veja

As conexões de Cachoeira e a "surpresa" de Demóstenes

Operação Monte Carlo: Cai ex-presidente da Câmara Municipal

A Operação Monte Carlo e a omissão da imprensa

O senador, o mafioso e a mídia

O Senador Demóstenes Torres(DEM-GO) iria fazer a abertura do tal Encontro Nacional da Corrupção, ops, quer dizer, Contra a "Corrupção".  Não sei se, por conta da Operação Monte Carlo, ele continua deste evento do "Cansei" versão 2012.
Sobre este poço de ética chamado Ophir Cavalcante, presidente nacional da OAB, leia o texto "Ophir, o limite estreito entre o moralismo e a hipocrisia"

Comentário ao post "As concessionárias de transporte público e o poder público"


"(...) Mas, em conluio com juízes desonestos, conseguem liminares para pagar o imposto a posteriori. Na hora do pagamento, simplesmente desaparecem.Outro ponto levantado pelas investigações da Polícia Federal é a indústria das liminares de combustíveis em Goiás. Montam-se distribuidoras fantasmas, que adquirem combustível em refinarias. Pelo regime de substituição tributária, deveriam recolher imposto antecipadamente. Mas, em conluio com juízes desonestos, conseguem liminares para pagar o imposto a posteriori. Na hora do pagamento, simplesmente desaparecem.
Cachoeira recorria a esse tipo de golpe. Nenê Constantino, pai do fundador da Gol, também conseguiu acumular muito capital com esse tipo de golpe.
Se passar por linhas urbanas de ônibus, por frigoríficos, pelo próprio jogo do bicho, se verá que parte do capitalismo brasileiro foi gestado nas entranhas da ilegalidade(...)" (Nassif)
"(...) Ora, o empresário só é inscrito no banco de devedores se não pagar o que deve, depois do devido processo legal e depois de transitado em julgado, isto é, depois de condenação definitiva em todas as QUATRO instâncias possíveis!
E um empresário desses ainda quer ter o direito de participar de licitações públicas? Faça-me o favor...(...)" (Zé Raineri)
Noutros países os ladrões do fisco vão pro xilindró, até mesmo porque, sem o pagamento do que devem, não há como se manter serviços públicos tais como saúde, educação, segurança, etc. Se nos EUA é assim, por aqui os sonegadores bem como aqueles que  se apropriam indevidamente dos descontos da previdência  recorrem ao Judiciário e fica por isso mesmo. Até a CPMF, uma contribuição que era paga pelos bilionários na fonte, caiu com a ajuda da mídia e a maior parte interessada, o empresariado trambiqueiro e mafioso estava que, com o fim da contribuição, ficou mais à vontade para a prática da lavagem de dinheiro e remessas de valores aos paraísos fiscais.

A AGU tem comido o pão que o diabo amassou para levar os devedores a cumprir suas obrigações, o jogo é muito pesado, basta fazer uma busca no site da AGU para se ter uma idéia do quanto o problema é grave. Importante se ressaltar que a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, responsa´vel por praticamente toda a cobrança judicial de impostos desviados ou sonegados, por uma questão de corporativismo, disputa de poder e sabe-se lá mais o que, não aceitou fazer parte da AGU, tem se mostrado bastante inoperante no cumprimento de suas atribuições.
Do site da AGU:
Confirmada competência da ANTT para exigir regularidade fiscal de empresas que fazem transporte de passageiros
http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateTexto.aspx?idConteudo=172942&id_site=3
PRF 1ª Região e PF/ANP: mais uma decisão nega pedido para obrigar a ANP a conceder autorização para revenda de combustíveis à empresa cujos sócios possuem débitos perante a autarquia reguladora
Advocacia-Geral faz mobilização em Minas Gerais para protesto e execução fiscal de devedores da União
http://www.agu.gov.br/sistemas/site/TemplateTexto.aspx?idConteudo=173502&id_site=3
Saiba mais

A queda de Demóstenes Torres

Qual a relação entre corporocracia e o crime organizado? A corporocracia ocorre quando o Estado (leia-se Executivo, Judiciário e Legislativo) torna-se refém do empresariado e toma decisões em benefício tão somente das empresas, em especial das grandes corporações. Neste sentido, corporocracia é o governo das corporações. Se tais empresas são gestadas no ventre do crime organizado estamos diante de um quadro mais grave ainda,no caso a mafiocracia. A mafiocracia veio à tona com a Operação Monte Carlo, a qual expôs as conexões entre o crime organizado e o Estado: governador  Marconi Perillo(PSDB-GO), Demóstenes Torres(DEM-GO), bem como altas autoridades da Segurança Pública, estas nomeadas pelo mafioso Carlinhos Cachoeira. 

P.S.-  De tanto denunciarmos a omissão da imprensa, alguém resolveu dizer alguma coisa.

O senador e o bicheiro, por Lúcia Hipólito, na CBN 



Inadmíssel este elo entre Estado e crime organizado, situação que veio à publico através da Operação Monte Carlo. Mas, como disse o próprio Senador Demóstenes Torres, está tudo sob controle, uma vez que a imprensa nacional decretou toque de silêncio sobre o assunto. 

E viva a  mafiocracia, o governo da Cosa Nostra em GO.

Atualização - 8/3/2012

Comentário ao post "Requerimento de abertura da CPI de Carlinhos Cachoeira" (Vide a postagem postagem logo abaixo do meu comentário)
O tema não tem densidade nacional, é um caso de policia apenas, o senador envolvido pode ser julgado pela Comissão de Ética, não tem massa critica para CPI, o da privataria muito menos. (André Araújo)
Chegou AA, o advogado do demo. Pois se prepare, terás muito trabalho para defender o seu cliente. Você revela-se totalmente por fora do que acontece em GO e não me venha com este blábláblá de que o que acontece aqui acontece em qualquer lugar do mundo. Quer dizer que em qualquer lugar do mundo, mesmo quando uma Operação como a Diamante, a Pérola, a Triângulo e e agora, a Monte Carlo, mostra a confusão entre Estado e crime organizado, a coisa é normal, não merece CPI,  não se pode quebrar o toque de recolher decretado pelo barões da mídia. 

No JN nadica de nada sobre a Operação Monte Carlo, sua implicância com o Estado(leia-se poderes Executivo, Legislativo e Judiciário). Não tem densidade nacional pq a mídia não se interessa em desvendar os elos que unem o crime organizado e o governo goiano. Ao invés disso tenta-se colocar o problema nos seguintes termos: Ah, uns presentinhos que Demóstenes Torres, no alto de sua "inocência,"  confessou ter recebido do mafioso Carlinhos Cachoeira. Isso chega a ser risível, imagina só um senador da República se aproximando de um mafioso em cujo cofre rolam bilhões de reais, de olho apenas nuns presentinhos de 30.000 mil reais. Conta outra.
Como aconteceu na Operação Diamante, há um esquema para abafar a Operação Monte Carlo, que pegou Perillo e Demostenes Torres. A imprensa quer fazer crer que o problema foi o senador ter recebido uns presentinhos do mafioso Carlinhos Cachoeira. Não entram fundo na questão para não respingar em altas autoridades acima de qualquer suspeita. Então ficam discutindo presentes, imagina só um senador se aproximando de um mafioso para receber um fogão.
O enredo desta história que parece ficção policial começa na década de 90, com o caso Leonardo Pareja. Aliás, são dois Leonardos, o Leonardo Pareja e o Leonardo  Dias Mendonça. Na postagem sobre o Leonardo Pareja houve quem confundisse os dois persoangens quando são diferentes e bem distintos. Na verdade o Pareja caiu de páraquedas num presídio onde rolava um esquema barra pesada, o que veio à tona anos seguintes após sua morte, com a Operação Diamante.
Interessante se notar que o nome do presídio central de GO leva o nome de Centro Penitenciário  Coronel Odenir Guimarães, cujo diretor Mádsom Machado  Milhomem caiu na Operação Pérola (clique aqui para ir ao artigo "Quadrilha de Leonardo Dias pega mais de 100 anos de prisão). Somente uma CPI será capaz de levantar esta história. Ao que tudo indica, Leonardo Pareja não passou de um bobinho que, dando uma de Hobin Rood, terminou por expor as vísceras do presídio Odenir Guimarães.

Sem querer santificar Leonardo Pareja, apesar de bandido notório, o certo é que ele (Pareja) não mexia com tráfico internacional de drogas, nem mesmo chegou a matar qualquer pessoa sendo que caiu de patinho numa história que parece ficção com vários personagens paralelos, tudo muito escabroso, refiro-me ao esquema que rolava dentro de um presídio, o que veio à tona em 2009, com a Operação Diamante, esta protamente anulada pelo STJ porque pegou gente graúda, dentre eles o próprio Odenir Guimarães que, como disse, leva o nome do  presídio.
AA, é muito grave o entranhamento entre Estado e crime organizado em GO. É aqui que entra o Pareja, o motivo pelo qual a presença dele (Pareja) se tornou indesejada no presídio: A exposição do crime organizado perante a mídia, ou seja, o presídio havia se tornado uma espécie de atração para mídia, daí a pressa em se matar Pareja. 
O esquema do Leonardo Dias Mendonça, ao contrário do bobinho Pareja, era pesado e envolvia a movimentação de bilhões de reais e, como era muita grana jorrando, ajactaram-se altas autoridades dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, situação que perdura até hoje, como ficou evidente na Operação Monte Carlo, daí a importância de uma CPI para, a partir deste escândalo, se pegar o fio da meada, não podemos continuar nesse jogo de aparências, de faz-de-conta, de nhénhém da imprensa.
Uma dúvida que a CPI poderia esclarecer: Porque a Operação Diamante foi anulada pelo STJ, Será que foi pq pegou gente graúda, inclusive membros do próprio STJ. O esquema envolvia muita grana, muitos mamaram na tetas do Leo, repito, não do Leonardo Pareja mas do Leonardo Dias Mendonça, que isso fique bem claro. 
Quanto a Operação Monte Carlo, ontem o senado atendeu aos  apelos dissimulados da imprensa nacional para abafar o caso, daí a importância de uma CPI para trazer á tona as engrenagens do crime organizado, como se dá a sua conexão com o Estado.
Ontem, o senado estava tão condoído com o senador Demóstens Torres e seus presentinhos que lembrei da mesma turma vociferando contra o acuado Carlos Lupi, lembram-se? Deu ao vivo no JN o batalhão de "honestos" acima de qualquer suspeita impedindo a fala e defesa do, à época, Ministro do Trabalho. 
Foi risível o ACM Neto, lembrando-me um lenhador de bonsai, com aquele vozeirão esbravejando contra o Luppi. E ontem, onde ele estava? E os holofotes do JN tomararam doril? Bem diferente da recepção oferecida a Demóstenes Torres.
Ontem era visível a preocupação doss senadores em evitar qualquer crítica ao senador. Niguém teve a coragem de por o guizo no gato, imagina só o risco qe seria quebrar o toque de silêncio decretado pelos barões da imprensa.
Ao invés da imprensa em pool procurando saber sobre a Operação Monte Carlo, no máximo uma Lúcia Hipólito (CBN) afirmando coisas tipo " eu não acredito que o senador Demóstenes Torres, como ex-procurador e como membro de várias CPIs sobre o tema não conheça Carlinhos Cachoeira". E ficou nisso e nada de aprofundar o assunto. Outros veículos ficaram restritos aos valores dos presentes recebidos pelo senador.
Quer dizer, a mesma mídia que, tendo o Congresso Nacional como um dos seus tentáculos, tenta levar o problema por outros caminhos que não o verdadeiro: A conexão entre políticos da oposição e o crime organizado.
CPI Já.
Aqui a postagem "Requerimento de abertura da CPI de Carlinhos Cachoeira"
Do Deputado Protógenes Queiroz
REQUERIMENTO Nº , DE 2012
(Do Senhor Delegado Protógenes e outros)

Requeremos, nos termos do § 3º do art. 58 da Constituição da República, combinado com os artigos 35 a 37, do Regimento da Câmara dos Deputados, a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito composta por 25 (vinte e cinco) membros e igual número de suplentes, com a finalidade de, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, investigar as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal.


Senhor Presidente,

Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do § 3º do art. 58 da Constituição Federal, combinado com os artigos 35 a 37 do Regimento da Câmara dos Deputados, a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito composta por 25 (vinte e cinco) membros e igual número de suplentes, com a finalidade de, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, investigar as práticas criminosas desvendadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal, com suspeita de sofisticada prática de espionagem política, inclusive por interceptações e monitoramento ilegais de dados, que levou à prisão de Carlos Augusto Ramos, conhecido vulgarmente como “Carlinhos Cachoeira” e outros.

Segundo informações amplamente divulgadas na grande mídia (sítios, blogues e redes sociais), o fato é gravíssimo, o que resulta evidente, para citar um exemplo, na matéria que transcrevemos abaixo, publicada no Correio Braziliense, do dia 07 de março do ano em curso, in verbis:

“Cachoeira é "arquivo vivo", diz magistrado

Correio Braziliense - 07/03/2012

Juiz responsável pela prisão do bicheiro e comparsas acredita que grupo tem informações privilegiadas sobre o envolvimento de políticos na exploração ilegal do jogo em Goiás

Por deterem informações privilegiadas sobre políticos, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e seus dois principais comparsas são considerados "arquivos vivos" e correm riscos fora de presídios federais. A quadrilha que
explorava a jogatina desenvolveu uma sofisticada prática de espionagem política, inclusive com interceptações ilegais de e-mails. Quando não estavam espionando, membros da quadrilha — principalmente o líder Cachoeira — frequentavam gabinetes de importantes políticos, trocavam ligações telefônicas corriqueiras e mantinham amizades decisivas no meio parlamentar.

As considerações foram feitas pelo juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal de Goiânia, responsável pela decisão que culminou na Operação Monte Carlo e na prisão de 35 pessoas na semana passada, incluído Cachoeira. O Correio revelou no domingo que as investigações detectaram conversas telefônicas entre o bicheiro e parlamentares. "Após a deflagração da operação e do turbilhão de informações e escândalos que virão à tona, eles poderão, sem qualquer exagero, ser considerados "arquivos vivos"", afirma o juiz Paulo Augusto na decisão judicial, em referência a Cachoeira e a outros dois acusados: Lenine Araújo de Souza, sócio do bicheiro, e Olímpio Queiroga, suposto dono de uma "franquia" da jogatina no Entorno. "Eles sabem demais, desde informações de cunho político aos detalhes e meandros de centenas de crimes praticados. Tenho tranquilidade em dizer que estarão mais seguros numa penitenciária federal", ressalta o magistrado. Cachoeira continua preso na penitenciária federal de Mossoró (RN).

Paulo Augusto menciona ainda a existência de uma "célula responsável pela realização de sofisticada espionagem política e empresarial, mediante supostas interceptações telemáticas ilegais". Segundo o juiz, a quadrilha tinha trânsito fácil junto a políticos, jornalistas e empresários. A "estreita amizade" de Cachoeira com políticos facilitou sua atuação ao longo do tempo, segundo Paulo Augusto. O grupo existe há pelo menos 17 anos. "Temos provas de que políticos abriram seus gabinetes para os criminosos, jornalistas venderam matérias e empresários apoiaram e contaram com o apoio de membros da quadrilha."

Os advogados de Cachoeira impetraram dois habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região para tentar libertá-lo. Os defensores do bicheiro alegam que as ações de seu cliente com jogos de azar configuram apenas contravenção, e não crime. Além de corrupção ativa e passiva, a Polícia Federal acusa Cachoeira de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e contrabando, entre outros delitos.”

JUSTIFICAÇÃO

Conforme noticia toda a mídia nacional, a Policia Federal, cumprindo ordem judicial, na chamada “Operação Monte Carlo”, efetuou a prisão, no Estado de Goiás, de uma grande organização criminosa que operava com contravenção do “jogo de bicho”, “caça níquel”, corrupção em larga escala de autoridades civis, policiais e políticos ligados direta ou indiretamente e infiltrados nos Poderes da República, constituindo uma verdadeira ameaça ao Estado Democrático de Direito, fragilizando as instituições.
Como resposta urgente, o Parlamento brasileiro vem a público, de forma expressa, com pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito, a fim de proteger as instituições e o povo brasileiro, reafirmando, por conseguinte, o compromisso com os princípios e as garantias estabelecidos na Constituição da República.


Sala das Sessões, em 7 de março de 2012.


Deputado DELEGADO PROTÓGENES – PC do B/SP


P.S- A Operação Diamante ocorreu em 2002 e não em 2009 como, se não me engano, afirmei em algum comentário

A quadrilha de Leonardo Dias Mendonça pega mais de cem anos de prisão
http://mpf.jusbrasil.com.br/noticias/2308873/mpf-go-quadrilha-de-leonardo-dias-pega-mais-de-cem-anos-de-prisao

Atualização - 9/3/12

Comentário ao post "A luta pelos despojos da Operação Diamante"

Quem matou Leonardo Pareja? A falência do sistema penal goiano:  O domínio do presídio pelo crime organizado. Conforme veio à tona na Operação Diamante, o próprio diretor da penitenciária pertencia à organização criminosa de Leonardo Dias Mendonça (não confundir com Leonanrdo Pareja), tendo sido condenado por isso. Não cofundir Leonardo Dias Mendonça, em torno do qual eram movimentados milhões de reais, o que fez a cabeça de muita gente, inclusive Juizes e membros do STJ, o Leonardo Pareja era um individuo que estava mais para James Dean do que para bandido barra pesada. Acrescentei ao final da postagem o vídeo no qual fica claro o quanto Pareja estava por fora da realidade do presídio central de GO, visto por ele de forma bastante idealizada quando, conforme veio à  tona posteriormente,  definitivamente um lugar desaconselhável para o artista que ele(Leonardo Pareja) era ou se propunha ser.



http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-disputa-pelos-despojos-da-operacao-diamante

P.S.- Mais dados das ligações de Veja com Carlinhos Cachoeira
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mais-dados-das-ligacoes-de-veja-com-carlinhos-cachoeira

Isso também
Jsutiça Penhora bens que seriam transferidos ao Grupo Ok
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/justica-penhora-bens-que-seriam-transferidos-ao-grupo-ok

O poder das corporações e os consumidores otários
http://www.bahia247.com.br/pt/bahia247/poder/3957/O-poder-das-corpora%C3%A7%C3%B5es-e-os-consumidores-ot%C3%A1rios.htm

Os 737 donos do mundo
http://www.esquerda.net/artigo/737-donos-do-mundo-controlam-80-do-valor-das-empresas-mundiais


Jandira Feghali: Taxar 997 milionários levantaria R$ 10 bi para a saúde pública



http://www.viomundo.com.br/politica/jandira-feghali-taxar-997-milionarios-levantaria-r-10-bi-para-a-saude-publica.html

2 comentários:

Anônimo disse...

o homem quer dar liçao de moral e e mais surjo que pau de galinheiro,voce acha que a red lixo vai falar dos seus amiguinhos.....

Anônimo disse...

Anônimo, concordo, a hipocrisia do senador não tem limites. A Rede Globo vai fazer de conta que não é nada grave, imagina só se fosse gente do PT se os barões da mídia já não teriam enviado um um batalhão de repórteres aqui prá GO para ir fundo na história, com direito a tempo farto no Jornal Nacional no Ar. Mas gente fina é outra coisa né.

André