29/07/2018

A Jornada Artística e o crescimento do apoio internacional pela libertação de Lula

Lula e Chico Buarque, na luta pela democracia econômica e social
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Uma correria estes dias...mais de 300 pedidos de amizade aguardando para serem confirmado no Facebook ...de vez em quando constato que algum dos meus seguidores são fãs de Sérgio Moro e, como já disse, removo todos (https://josecarloslima.blogspot.com/2018/07/lula-continua-na-caverna-do-moro.html), me poupe de ficar em companhia de uma gente tão bestial...


O que mais....


Jornal GGN - O depoimento abaixo foi escrito pelo cantor, escritor e compositor Chico Buarque para o livro Lula Livre/Lula Livro, uma coletânea de textos de vários artistas e intelectuais acerca da situação do ex-presidente, preso na Lava Jato. Em seu texto, Chico Buarque lembra um episódio antigo que vivenciou com Lula e diz não confiar que a Justiça brasileira será imparcial e corrigirá a sentença imposta ao petista por Sergio Moro. "Lá de dentro ele mandou dizer que já que não confia na Justiça. Nem eu."
Na visão de Chico, o ódio da Lava Jato e da mídia a Lula é, na verdade, reflexo do ódio aos mais pobres. "Tivesse ele imóveis na praia e dinheiro no exterior, talvez fosse mais bem tratado pelas autoridades", afirmou o cantor, que fará parte do Festival Lula Livre, no Rio de Janeiro, na noite deste sábado (28).
O texto foi divulgado pelo blog Diário do Centro do Mundo.

Lula, por Chico Buarque
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— Eu nunca tive nada contra o Lula. Eu inclusive estive com ele naquela casa lá de pobre em São Bernardo. Depois eu e a Ruth convidamos o Lula para passar um fim de semana em Ubatuba com a Marisa. Aí ele reclamou que não tinha água quente no chuveiro da casa. Imagina! O Lula!
Era o Fernando Henrique, sempre simpático, em reunião com artistas às vésperas das eleições de 1994. Naquele tempo ainda se podia achar graça numa anedota assim. Era um deboche, era um comentário preconceituoso, mas não havia um pingo de ódio naquelas palavras.
Lula ainda não era o chefe de organização criminosa, o ladrão, o comunista, o cachaceiro, o nine, o boneco vestido de presidiário enforcado ao lado de Dilma num viaduto de São Paulo. Ainda não tinha sido condenado sem provas, por imprensa, televisão, procuradores esquisitões e juízes deslumbrados, como proprietário de um triplex, ou tríplex, no Guarujá.
O ódio ao Lula é o ódio aos pobres. Tivesse ele imóveis na praia e dinheiro no exterior, talvez fosse mais bem tratado pelas autoridades que o trancaram e o mantêm isolado numa cela da Polícia Federal. Lá de dentro ele mandou dizer que já não confia na Justiça. Nem eu. Só espero que ele tenha água quente em Curitiba.



O apoio internacional à candidatura e à liberdade de Lula passou por ex-presidentes das Américas, da Europa, do Oriente, da África, congrega vários prêmios Nobel, chefes de Estado, como o primeiro-ministro da Espanha, e culmina, agora, com a adesão à campanha pró Lula de quase 10% do Congresso norte-americano.
Na última quinta-feira, o eurodeputado italiano Roberto Gualtieri, do partido Democrático da Itália e presidente da Comissão de Economia do Parlamento Europeu, visitou Lula na prisão. Foi representar o Bloco Social Democrata no Parlamento Europeu e o Partido Socialista Europeu. Entregou a Lula mensagens de apoio de parlamentares e ex-presidentes italianos.



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