12/01/2010

Paulo Sergio Pinheiro pede a Arthur Virgílio que leia os planos que critica

Entrevista de Paulo Sergio Pinheiro, integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, à rádio CBN. No governo FHC ele formulou o segundo Plano Nacional de Direitos Humanos:

"Eu acho que tá se fazendo uma grande tempestade num copo d'água, porque na realidade esse PNDH III é o terceiro na sucessão de dois outros planos, o PNDH I e o PNDH II -- um publicado em 96 pelo ministro... exatamente pelo ministro Nelson Jobim e o segundo quando eu estava no governo em 2002 --, os dois programas foram emitidos por decreto-lei, é assim que os presidentes da República fazem, o que não significa que todas as medidas no programa sejam auto-aplicáveis, isso evidentemente que não é.

Acho que essa discussão para ficar sóbria e clara tem que ser separado em dois aspectos. Um o próprio Programa Nacional de Direitos Humanos, que foi uma idéia do Brasil e da Austrália em 93, na Conferência Mundial [de Direitos Humanos] de Viena. Essa proposta foi aceita e logo a África do Sul, depois a própria Austrália e o Brasil três anos depois fez o primeiro programa. Quanto à legitimidade do programa não há a menor dúvida. Essa história de manobra, essas coisas para enfiar goela adentro isso é conversa pra boi dormir.

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A Band dá um show de anti-jornalismo

por Luiz Carlos Azenha (dica do leitor Marcelo Costa, de BH)

A TV Bandeirantes colocou uma "reportagem" inacreditável no ar. Assinada pelo repórter Sandro Barboza, de São Paulo, ela é mentirosa do início ao fim. Nunca vi algo assim, em quase 40 anos de carreira.

Trata de um texto como se fosse lei aprovada, deturpa completamente o conteúdo e entrevista uma única pessoa. Nem o regime militar mentiu de forma tão descarada.

A "reportagem" começa com o seguinte texto, lido por Boris Casoy:

O novo decreto de Direitos Humanos do governo federal é criticado pela sociedade e até mesmo por ministros de estado. A lei estabelece censura aos meios de comunicação, atenta contra o direito de propriedade e ainda liberdade religiosa. Especialistas consideram o projeto o primeiro passo para um regime ditatorial.

Narração do repórter:

A nova lei que o presidente Lula assinou sem ler passou pelo crivo direto da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, virtual candidata do PT à presidência da República, dos ministro da Justiça Tarso Genro, da Comunicação Franklin Martins e dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.

Aqui a postagem na íntegra
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