16/12/2009

A Confecom já é um sucesso

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Apesar dos conchavos para que ela não acontecesse, a CONFECOM foi aberta.
Hoje foi aprovados em grupos de debate a criação do Conselho Nacional de Comunicação Social, um direito dos brasileiros, assegurado pela Constituição Federal.
É claro que a Globo vai se fazer de desentendida e atacará a criação do CNCS, mesmo sabendo que se trata de direito que nos é assegurado pela CF.
Logo logo Arnaldo Jabor aparecerá na telinha da Globo taxando isso de chavismo, stalinismo, a mesma ladainha de sempre, para continuar na mamata de quem detêm o monopólio da fala, do pensamento, da informação, do conhecimento e até da forma de falarmos e verbalizarmos o nosso dia-a-dia, daí a luta ferrenha dos baronatos da mídia contra a Confecom.
A seguir, ótimos textos sobre a Confecom:

Conferência de Comunicação na TV Globo: como fugir do debate

Por Luiz Egypto, no Observatório da Imprensa

O grande público pôde, finalmente, tomar conhecimento da existência da Conferência Nacional de Comunicação, aberta na segunda-feira, em Brasília, com encerramento marcado para amanhã (17). E como milhões de brasileiros tomaram conhecimento da conferência? Por meio do Jornal Nacional, que na edição de anteontem dedicou quase um minuto a uma nota narrada pela voz pausada e bem articulada de William Bonner, noticiando o início dos trabalhos da Confecom.

Era uma pauta óbvia. Afinal, tratava-se de uma conferência que reunia mais de 1.600 delegados, e cujos trabalhos foram abertos com um discurso do presidente da República. Embora se trate do mais importante telejornal brasileiro, a edição do Jornal Nacional optou por dar essa matéria sem imagens.

Esse detalhe passaria por uma simples decisão dos editores não fosse o tom — e a entonação — de editorial imprimida por Bonner na leitura da nota. Ali foi dito que “a representatividade da conferência ficou comprometida sem a participação dos principais veículos de comunicação do Brasil”, para em seguida lembrar que seis das mais importantes entidades empresariais do campo da comunicação — Abert e ANJ, entre elas — decidiram, quatro meses atrás, abandonar a organização da conferência por considerarem “as propostas de estabelecer um controle social da mídia uma forma de censurar os órgãos de imprensa, cerceando a liberdade de expressão, o direito à informação e a livre iniciativa, todos previstos na Constituição”.

Não é bem assim. Aliás, não é nada disso. O problema maior é que as empresas de mídia têm sérias dificuldades em discutir publicamente o seu papel na sociedade – em suma, a mídia não pauta a mídia. No caso dos veículos impressos, pode-se até compreender essa atitude, ainda assim passível de críticas.

Mas no que respeita às empresas de radiodifusão, que são concessionárias de um serviço público, essa postura é inadmissível. Mas, como de costume, seus representantes fazem cara de paisagem e seguem em frente, brandindo o argumento da defesa da liberdade de expressão, claro. É lamentável.


Leia abaixo o editorial lamentável e manipulador do Jornal Nacional contra a Confecom.

Conferência de Comunicação debate controle social da mídia e nova lei de imprensa

Começou, nesta segunda-feira, em Brasília, a primeira Conferência Nacional de Comunicação, que pretende debater propostas sobre a produção e distribuição de informações jornalísticas e culturais no país. Entre as propostas, estão o controle social da mídia por meio de conselhos de comunicação e uma nova lei de imprensa.

O fórum foi convocado pelo Governo Federal e conta com 1.684 delegados, 40% vindos da sociedade civil, 40% do empresariado e 20% do poder público.

Mas a representatividade da conferência ficou comprometida sem a participação dos principais veículos de comunicação do Brasil. Há quatro meses, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Brasileira de Internet, a Associação Brasileira de TV por Assinatura, a Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil, a Associação Nacional dos Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais divulgaram uma nota conjunta em que expõem os motivos de terem decidido não participar da conferência. Todos consideraram as propostas de estabelecer um controle social da mídia uma forma de censurar os órgãos de imprensa, cerceando a liberdade de expressão, o direito à informação e a livre iniciativa, todos previstos na Constituição.

Os organizadores negam que a intenção seja cercear direitos. A conferência foi aberta com a participação do presidente Lula.
FONTE: vermelho
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O misterioso e suspeito desaparecimento do Conselho de Comunicação Social

Por Alberto Dines em 15/12/2009

A Conferência Nacional de Comunicação é uma iniciativa que merece ser saudada e prestigiada. Sobretudo diante do misterioso e suspeito desaparecimento do Conselho de Comunicação Social (CCS), órgão auxiliar do Congresso previsto pela Constituição para a tomada de decisões. Demorou 14 anos para sair do papel e depois de breve existência eclipsou-se misteriosamente.

O CCS teve vida breve, porém profícua e, por isso, resumida praticamente a um único mandato (2003-2005). Em seguida suicidou-se, graças à diligência do coveiro indicado pelo chefe do Legislativo, senador José Sarney, para enterrá-lo.

Na pauta das discussões da Conferência, não aparece nenhuma sugestão destinada a revivê-lo e, assim, superar a afrontosa ilegalidade atual. Mas há propostas para criar Conselhos de Comunicação Social nas esferas municipal, estadual e federal sem vinculação com o Executivo e o Legislativo.

Exigência constitucional

O CCS, além de ser fruto de uma exigência constitucional longamente debatida pelos constituintes de 1988, tinha legitimidade, foi escolhido por um acordo partidário, endossado pela Mesa do Senado.

Aqui o texto na íntegra
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Confecom já é um sucesso

Por Renato Rovai, Revista Forum

Não encontrei ninguém até este momento decepcionado com o que está acontecendo aqui na Confecom. O balanço geral é de que o processo de construção e aprovação de propostas nos grupos está muito mais democrático e interessante do que o esperado. Isto vale pra os empresários, sociedade civil e governo.

Muitas das propostas que eram consideradas como prováveis polêmicas foram aprovadas por mais do que 80% e já farão parte do relatório final, sem necessidade de passarem por votação na plenária final.

Entre elas estão a do Conselho de Comunicação Social e a que prevê democratização das verbas de comunicação, com atenção especial à mídia regional, livre, independente e comunitária.

Daqui a pouco começa a plenária final. O clima é mais celebrativo do que de disputa. Claro que existem ainda muitas divergências, mas isso não me impede de dizer que esta Confecom já é um sucesso.

FONTE: revistaforum
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