28/12/2009

O drama do menino Sean Goldman

Na foto, Sean Goldman embarca para os EUA em companhia do pai
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Esta polêmica envolvendo o menino Sean residiu na demora.
A devolução deste menino deveria ter se dado em 5 semanas, ou seja, há 5 anos.
Chega a ser uma eternidade 5 anos para uma criança de 4 anos.
Sean foi arrancado do convívio do pai quando tinha 4 anos, quando viu-se no novo lar, onde criou laços afetivos, tenho ganhado inclusive a companhia de uma irmãzinha, da qual agora teve que separar-se por força de uma tardia decisão judicial.
Este foi o problema: a demora.
A Corte Internacional de Haia determina que casos como o do menino Sean Goldman sejam resolvidos em no máximo 6 semanas.
Semanas e não anos!
De forma que o Judiciário brasileiro errou.
O Judiciário poderá inclusive vir a ser processado por aquela Corte Internacional, se bem que se isto ocorrer será o Brasil que será denunciado.
Em tempo: há quem elogie o sinistro Gilmar Mendes por ter sido rápido no caso.
Ah, é mesmo?
Rápido?
Se demorou 5 anos, não seria o caso de se esperar mais alguns dias para que o menino fosse ouvido, como era o desejo do ministro Marco Aurélio?
De fato Gilmar foi rápido no gatilho.
É do feitio de Gilmar ser rápido quando lhe é conveniente, como por exemplo para soltar Daniel Dantas duas vezes durante a madrugada.
Ou para por na rua o médico que estuprou dezenas de suas pacientes.
Como se vê, uma rapidez esse homem.
Há outras dezenas de casos de rapidez desta figura, como por exemplo para que em sua cidade natal, Diamantino, o prefeito eleito fosse cassado para que tomasse posse o derrotado, claro, um aliado do rapidíssimo sinistro Gilmar Mendes.
Já no caso Batistti, o sinistro Gilmar não está tendo tanta pressa assim, está enrolando, enrolando, talvez esperando que o escritor morra na cadeia caso ele(Gilmar) não tenha certeza absoluta da extradição.
Enfim, rápido quando lhe convêm.
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O menino Sean, ou o que os americanos pensam da Justiça brasileira
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Por Paulo Henrique Amorim, em seu blog

Acompanhei a batalha judicial pela custódia do menino Sean na televisão americana.

O assunto teve mais destaque nos jornais do horário nobre do que a aprovação da reforma da saúde da Obama (*).

Não é o caso entrar na qualidade da cobertura ou das bravatas dos políticos de Nova Jersey – onde mora o pai de Sean – que exigiam sanções econômicas contra o Brasil.

O que chamou a atenção foi a perplexidade dos âncoras e comentaristas sobre o funcionamento da Justiça brasileira.

Primeiro, como explicar que a decisão tenha demorado cinco anos ?

CINCO anos para decidir sobre a custódia de uma criança ?

Cinco anos cruciais na vida de um garoto que a mãe trouxe para o Brasil quando tinha quatro anos.

Qual o impacto que cinco anos podem ter na cabeça desse garoto ?

Que poder tem essa família brasileira para conseguir adiar a decisão por cinco anos – se perguntavam os americanos perplexos.

Outra perplexidade: como é possível haver tantas “injunções”, recursos e chicanas para atrasar uma decisão ?

Como fazer Justiça assim ?

Que poder é esse, que leva uma simples questão de custódia de uma criança à Suprema Corte ?

E isso tudo porque os jornalistas americanos não sabiam que o Supremo mandou soltar o Roger Abdelmassih …

Paulo Henrique Amorim

(*) O que não deve surpreender os brasileiros. Quando o presidente Collor renunciou, a manchete do jornal nacional foi a morte da filha da Gloria Perez. A jornalista mexicana Alma Guillermo Pietro tratou do assunto com maestria.

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Um comentário:

Anônimo disse...

é que no brasil a justiça não é cega,muito pelo contrario...