16/05/2011

Moderar ou não os comentários da sua página,,,...Não alimente os cyber bullies.


Isso interessa a quem edita blog

Há postes que são prato cheio para atiçar os trolls, que  usam as próprias  mãos para teclar bobagens na rede. Moderar? Filtrar? Excluir as agressões? Aprove comentários que sejam relevantes para seu blog, bem como comentários que só tenham a ver com o assunto da postagem, para que as pessoas não comentem no lugar errado. Vc vai querer comentários que agreguem valor para seu blog. Não aprove comentários te xingando, trollando. Os comentários são ferramentas de interação do seu público com seu blog. A grande política é a arte de dar a cara a tapa, no entanto permitir os Zidanes da vida não rola.

Troll e bullie são a mesma coisa, em muitos países são visto como palavras sinônimas, de fato não ha diferença entre eles.  O texto abaixo foi escrito por João Carlos Caribé- Trezentos, tendo sido postado por implacavel no LNO.  Para enfocar a semelhança entre um troll e um bullie ou cyber bullie, fiz um trocadilho, substitui a palavra trool por cyber bullie:

Não alimente os cyber bullies…

Nassif, muito bom esse artigo sobre os cyber bullies...
Cyber bullies são velhos conhecidos desde antes do advento da Internet, já existiam nos tempos do BBS, ou melhor sempre existiu na história da humanidade alguem à debochar das pessoas e provoca-las. A bulinagem é uma característica inata da raça humana, tem gente dizendo até que o Inri Cristo é um excentrico que leva a vida em bulinar a humanidade, vai saber né?
Um cyber bullie, na língua da internet, designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. O termo surgiu na Usenet, derivado da expressão bullying for suckers (lançando a isca para os trouxas), identificado e atribuído ao(s) causador(es) das sistemáticas flamewars e não os cyber bullies, criaturas tidas como monstruosas no folclore escandinavo.

Wikipedia
Estamos sempre sujeitos à interferência dos bullies, a melhor forma de lidar com eles sempre foi a de não “alimenta-los”, sem “alimento” eles não proliferam e acabam indo buscar atenção em outra freguesia. Nos anos 90 eram comuns as  bulinagens nas listas de discussão que provocavam muitas vezes guerras inflamadas (flamewars) e era um “Deus nos acuda”, perdia-se o foco do debate e muitas vezes até amigos. No verbete sobre Bullies na Wikipedia você vai encontrar as principais técnicas que eles utilizam, e vai ver também que muitas vezes eles atacam em grupos e que os grupos podem ser compostos por vários avatares controlados por uma única pessoa ou grupo de pessoas.  As motivações que levam ao bullying são em geral: auto-afirmação, ideologia, fanatismo, sacanagem, simplesmente ociosidade. Muitos cyber bullies buscam apenas diversão para combater o tédio, mas a maioria deles também porta alguma característica mal-resolvida de personalidade, como trauma, fracasso financeiro e amoroso e até patologias psicológicas.
Os antigos bullies de lista migraram para as redes sociais, em especial o Orkut e o Twitter, sendo este último uma rede social com grande aderência à lógica da rede. O Twitter hoje é a ferramenta mais eficiente para articulações, em pouco tempo é possivel disseminar uma informação para milhares de pessoas.
Não podemos deixar de registrar aqui os bullies políticos, que prefiro chamar de bullie profissionais, consolidados em abundância nas eleições de 2010. Estes bullies habilmente disseminavam inverdades, derrubavam trending topics, e provocavam a militância oposta com o intuito de desarticula-la. Como eles surgiram, e principalmente para onde foram são ainda perguntas sem respostas, será que foram para algum lugar ou ainda estão ai “vivinhos” da Silva? Uma coisa é certa, esta campanha teve uma participação fundamental da sociedade conectada, estrategistas éticos usavam as boas práticas da WOMMA, outros abusavam de scripts e subterfúgios condenáveis para atingir seus objetivos. O trabalho das multidões serviu à uma fantástica onda de desconstrução de factoides, foi uma campanha bem interessante, digna de ser documentada e registrada nos anais da história do país.
Voltando à questão dos cyber bullies, eles diferente do tradicional, seguem em geral uma estratégia e conhecem bem a dinâmica de rede. Para derrubar um trending topic no Twitter, por exemplo, basta configurar um perfil bot para retuitar tudo que encontrar em uma determinada hashtag. Com isto o Twitter percebe que o crescimento de uma hashtag não é orgânico, ou seja proveniente de vários usuários, e a penaliza retirando dos trend topics. Isto aconteceu recentemente com a tag #foraAnaDeHollanda, para atender à este objetivo basta monitorar determinada tag ou os trends no Twitter e ativar o bot como e quando for necessário, nada ético, mas bastante usado.
A dinâmica da rede
Para entender como os cyber bullies profissionais conseguem se disseminar no Twitter, vamos entender um pouco da dinâmica da rede. Observe a figura abaixo, do lado esquerdo, em verde, temos um perfil forte. Este perfil em geral é seguido e segue outros perfis fortes (2º nível) e com eles possui uma boa interação e atingem facilmente os seguidores de 3º e 4º niveis, podemos dizer que este perfil é bastante influente e que possui um “capital social” elevado, a construção de sua rede de relacionamento é orgânica e se dá de forma gradual e sólida com base em uma relação de confiança. Do lado direito temos um perfil fraco, que possui muitos seguidores de 2º nível, que em geral foram adicionados por script e não possuem com ele nenhuma afinidade, estão ali apenas fazendo número. Poucos seguidores interagem com este perfil, e em geral eles não possuem um alcance significativo, mal chegam ao 3º nível e possuem um “capital social” muito baixo. Isto demonstra que o número de seguidores não é um indicador seguro de capital social, é bem possível por exemplo que um perfil com 1000 seguidores seja muito mais influente que um com mais de 100.000, reforçando a tese de que em mídias sociais a qualidade das relações é mais importante que a quantidade.

Mas então como os fakes, que em geral são perfis fracos e inócuos fazem para atingir seus objetivos ? Eles contaminam os perfis fortes trolando-os, vamos tentar entender como isto funciona.
Cada um de nos temos em termos de informação um “Twitter” diferente, a única forma de possuirmos a mesma timeline seria seguirmos exatamente as mesmas pessoas, mas isto não existe. Cada um de nos segue diversas pessoas e muitos seguem as mesmas pessoas, são estes que conectam os diferentes “clusters” no caso o meu e o seu. Da mesma forma as demais pessoas de sua timeline seguem pessoas em comum e pessoas diferentes e isto é que é sensacional, pois permite o transito de informações entre diferentes clusters. Quando uma mesma informação é comum em diversos clusters ela em geral tem relevância suficiente para se tornar um trending topic, e quando ela é repetida freneticamente também consegue aumentar a chance de ser vista. No Twitter que é baseado em uma timeline, mesmo sendo assincrono, uma mensagem tuitada há uma hora por alguém que você segue provavelmente não será mais vista por você, a não ser que ele o cite na mensagem ou que ela seja repetida pelo mesmo emitente ou retuitada por outro que você siga. Um tema muito retuitado por muitas pessoas vira um “meme” e transcende os clusters a ponto de invadir diversos outros, atingindo um público incomensurável. No Brasil a mídia tem se pautada muito pelo Twitter, em geral as redações de diversos veículos ficam monitorando os trending tópics e vão atrás da história para fazer a matéria, neste ponto o meme já transcendeu a comunicação em rede, e foi arrebatado pelo mainstream.
O cyber bullie profissional que em geral possui um perfil fraco conhece esta dinâmica e provoca de forma agressiva, em geral com ofensas e crimes verbais diversos formadores de opinião que indignam-se e dão inicio ao meme esperado por ele. Transforma-lo em um meme, seja lá por que razão ou meio, é em linhas gerais o objetivo do cyber bullie, e denuncia-lo silenciosamente e comunicar aos seus peers de forma discreta é a melhor estratégia, um  cyber bullie que não contamina, não se cria. Não alimente os cyber bullies…
UPDATE:
  1. Aparentemente não ficou claro no texto, então é importante ressaltar que nem todo cyber bullie é fake, e nem todo fake é um cyber bullie.
  2. Na figura que representa os perfis fracos e fortes, apesar de ser uma estrutura visivelmente vertical, esta relação se da de forma horizontal, a perfeita representação gráfica ser daria de forma radial, só não a fiz assim por falta de tempo e habilidade técnica.
Meu comentário

 Eles hibernam, basta um apito do chefe e eles reaparecem

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/nao-alimente-os-trolls%E2%80%A6

Atualização 

19:25 - Postei o texto "Professor Hariovaldo e o Churrasco dos Diferernciados",  como IV Avatar do Rio Meia Ponte, no LNO

19:30 - Um artigo interessante, "A Rota dos Neandertais",  sobre a possível convivência, entre o Homem de Neandertal e o Sapiens Sapiens,  há uns 35.000 anos,  o que é muito recente do ponto de vista da arqueologia, no LNO

19:40 - Ainda sobre bullying,,,,,...O discurso de Obama em defesa dos adolescentes gays

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