30/05/2011

Por Uma Vida Melhor

Na realidade spin o canto é mais importante do que a fala
Lendo este manifesto me lembrei da minha professora de português nos primeiros anos de escola no que naquela época se chamava de ginasial
A preocupação com o ensinar-me a escrever corretamente era uma constante, o que nunca me impediu de respeitar a linguagem popular e compreendê-la
No entanto a elite brasileira tem desvirtuado a realidade, e ontem no Fantástico o FHC bombando, ele foi o Repórter por um dia, gente fina é outra coisa
Falando em FHC e lingua culta, aqui o Dr.  Prates, uma das grandes referências de Hariovaldo Prado e, quiçá,  do iFHC, aquele instituto que recebeu vários milhões para digitalizar uns trecos sem qualquer alarde do pig, gente fina é outra coisa
http://hariprado.wordpress.com/2011/05/25/reestabelecida-a-verdade-lingu...

Só prá refrescar a memória


 "(...) Acreditamos que o senhor Sardenberg entenda muito sobre jornalismo e economia, porém fica nítida a fragilidade de suas concepções sobre ensino da língua. A mesma desinformação e irresponsabilidade revelou o cineasta Arnaldo Jabor, em seu violento comentário na rádio CBN.
Ficamos todos perplexos pela falta de informação desses jornalistas, pela inversão de realidade a que procederam, e, sobretudo, pelo preconceito que despejaram sem pudor sobre seus espectadores, ouvintes e leitores, alimentando uma visão reduzida ao senso comum equivocado quanto ao ensino da língua. A versão trazida pelos jornais sobre a defesa do “erro” em livros didáticos, e mais especificamente no livro Por uma vida melhor, é uma ofensa a todo trabalho desenvolvido pelos linguistas e educadores de nosso país no que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa.
A pergunta inquietante que tivemos foi: será que esses jornalistas ao menos se deram o trabalho de ler ou meramente consultar o referido livro didático antes de tornar públicas tão caluniosas opiniões? Sabemos que não. Pois, se o tivessem feito, veriam que tal livro de forma alguma defende o ato de falar “errado”, mas sim busca desmistificar a noção de erro, substituindo-a pela de adequação/inadequação. Isso porque, a Linguística, bem como qualquer outra ciência humana, não pode admitir a superioridade de uma expressão cultural sobre outra. Ao dizer que a população com baixo grau de escolaridade fala “errado”, o que está-se dizendo é que a expressão cultural da maior parte da população brasileira é errada, ou inferior à das classes dominantes. Isso não pode ser concebido, nem publicado deliberadamente como foi nos meios de comunicação. É esse ensinamento básico que o material propõe, didaticamente, aos alunos que participam da Educação de Jovens e Adultos. Mais apropriado, impossível. Paulo Freire ficaria orgulhoso. Os jornalistas, porém, condenam.(...)"

Leia na integra  O manifesto dos professores de portugues,  por  Alecsandro Diniz Garcia, Ana Amália Alves da Silva, Ana Lúcia Ferreira Alves, Anderson Mizael, Jeferson Cipriano de Araújo, Laerte Centini Neto, Larissa Arrais, Larissa C. Martins, Laura Baggio, Lívia Oyagi, Lucas Grosso, Maria Laura Gándara Junqueira Parreira, Maria Vitória Paula Munhoz, Nathalia Melati, Nayara Moreira Santos, Sabrina Alvarenga de Souza e Yuki Agari Jorgensen Ramosformandos 2011 em Letras da PUC-SP, futuros professores de Língua Portuguesa e Língua Inglesa


05:20 - Dr. Rosinha/Youtrube: Os escritores Marcelino Freire e Cristovão Tezza participaram nesta semana do programa "Entre aspas", apresentado por Mônica Waldvogel na GloboNews. Com bom humor, os dois escritores rechaçaram a tese da Globo (e da velha mídia), que, a partir de trechos retirados do contexto, ataca o livro "Por uma vida melhor", adotado pelo Ministério da Educação para turmas de jovens e adultos.

Quando a apresentadora fala em "regra errada do português", imediatamente Tezza, professor aposentado da UFPR, a interrompe e a corrige: "Variedades não padrão".

Mônica responde: "Estamos tucanando aqui". Ao que Tezza rebate: "É um conceito linguístico esse. Todas as línguas do mundo funcionam assim, são variedades. [...] A diferença entre dialeto e uma língua é que uma tem exército, e a outra não. É a história das línguas."

Marcelino Freire cita o poeta Sérgio Vaz: "Quando a gente diz nós vai, é porque nós vamos".

Tezza explica:

"Quando você constrói uma gramática escrita, você escolhe formas, passa a escrever essa formas, passa a defendê-las. E elas passam a ser o certo. E aí se começa a estigmatizar o que não está daquela forma. Isso é construção histórica das línguas padrões [...].

O conceito de variedade linguistica é fundamental, não há mal nenhum em mostrar aos alunos, mesmo dos primeiros anos, que a língua é um conjunto de variedades, inclusive para trabalhar com a diferença e a importância da norma culta. O que não precisa é humilhar ninguém para fazer isso.. é um processo esmagador, a escola tem muito poder, o aluno chega lá, só fala a variedade dele, o professor vai olha, você é burro, senta ali no milho... não. Vamos trabalhar de outra forma. É uma questão didática."

"Que conselho vocês dão aos que estão tão preocupados?", questiona a apresentadora, ao final do programa.

É a deixa para Freire arrematar:

"Vão de Adoniram Barbosa: "Arnesto nos convidou / prum samba ele mora no Brás / Nóis fumo, num encontremo ninguém..." [mais risos]

  
http://www.youtube.com/watch?v=fx9TtTYhQxw

05:30 - Rodrigo Rovai: Paulo Coelho: pirateiem meus livros!

05:35 - Flávia Villela/Agência Brasil: Passeata em praia carioca condena suspensão do kit-antihomofobia

06:10 - Ig: Lula e o caso Palocci

06:10 - Piada pronta de  Aócio: PSD(b) agora é contra a privataria

E falando em hipocrisia reproduzo na íntegra este texto de Eduardo Guimarães:
 
PSDB espanca “maconheiros” na rua e “alisa” na TV



No domingo, no Fantástico, da TV Globo, foi ao ar reportagem em que o principal líder político do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defende que usuários de maconha possam plantar a erva em casa e, também, que a lei deixe de penalizar o usuário da droga.

Enquanto isso, em São Paulo, o governo mais importante comandado pelo PSDB, através da polícia sobre a qual exerce controle absoluto, reprime com violência jovens que foram às ruas defender aquilo que o mesmo partido defende na TV pela boca dele, do tal líder político.

Segundo a Polícia, o governo e a Justiça de São Paulo, os garotos que foram à rua defender o que defende Fernando Henrique Cardoso teriam feito “apologia” à maconha. Resta saber quem fez tal “apologia” para mais gente, se os jovens na rua ou FHC na televisão.

Diante dessa situação esquizofrênica desse partido reacionário e violento nas ruas e gentil e progressista na mídia, surge uma questão que deve interessar ao menos aos partidários das teorias pró-maconha: não dá pra trocar o comportamento do PSDB das ruas com o da TV?

Abaixo, reportagens do Fantástico alisando aquele que diz coisas que basta qualquer outro dizer para os pistoleiros do PIG chamarem de “maconheiro” e do UOL mostrando o lado, digamos, mais “careta” do PSDB.

PSDB da mídia


PSDB das ruas



http://www.blogcidadania.com.br/2011/05/psdb-espanca-%E2%80%9Cmaconheiros%E2%80%9D-na-rua-e-%E2%80%9Calisa%E2%80%9D-na-tv/

23:00 - José Roberto Botochio, postado por Rafael Santos: A defesa de Palocci

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