14/05/2011

O luto canino

Por Moraes, no LNO

Em outubro de 2006 adotei um cachorro de rua. Naquela época esse seria o meu 4º cachorro de rua. Entretanto este havia sido espancado por um carroceiro e tinha medo de tudo. Em função do trauma sofrido, o cachorro fazia xixi somente de ouvir a voz de alguém. Em função desse medo extremo de tudo e todos ele passava o dia escondido no quintal, em um buraco sob uma pilha de tijolos. Em função dele viver nessa caverna ele logo foi chamado de Osama.
Levei 18 meses para tocar nesse cachorro pela primeira vez, tive que diariamente conquistar a confiança dele. Vivíamos felizes e para mim cada momento com ele era especial, ele adorava carinho, ainda era medroso, mas bravo e ciumento com relação a crianças e outros cachorros.
Em outubro do ano passado decidi castrar o Osama (todos os meus cachorros são castrados), ele teve uma complicação, e por falta de atenção minha e um retardo no diagnostico da veterinária ele acabou indo para o céu dos peludos em 28 de outubro do ano passado. Sofreu bastante antes de morrer (isso é algo que me faz sofrer muito ainda).
Por três semanas tratei dele, dando soro, remédios e suplementos, mas ele não sobreviveu, quase não dormia. Tive que sacrificá-lo, foi triste e até hoje ainda sonho com ele constantemente. Em meus sonhos estamos brincando ou eu estou fazendo carinho nele.
Tenho vários cachorros, cada um toca a gente de uma forma, todos são especiais, mas o meu Osama era diferente, eu tinha um zelo especial por ele e por seu passado sofrido. O processo de luto canino sempre foi algo ruim para mim, mas no caso do Osama tem sido extraordinariamente lendo e doloroso.
Meu comentário
Chorei lendo isso, lembranças do passado presentes, não pq eu seja ligado a cães, não sou pq meu pai nunca gostou, nunca permitiu que criássemos um embora morássemos no mato, agora me lembro que aparecia um lá em casa de vez em quando quando crivado por espinhos de quandú, um bicho que se defende disparando espinhos contra seus predadores, depois de enfiados quanto mais tenta se arancar mais os espinhos se aprofundam, tem que se cortar a ponta do espinho para sair o ar, o cão ia lá para nos pedir socorro, acho que sim

Chegará o dia em que não haverá estes distanciamentos entre os bichos, os seres humanso e as pessoas jurídicas, afinal de contas estas são as 3 forças que compõem qualquer cidade, seja metrópole ou não, que aprendamos a nos respeitar para que sejamos vistos por eles(animais) como deuses a lhes proteger e não como demônios

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-luto-canino

Atualização - 

Leia sobre o caso da "gente diferenciada" de Higienópolis no dicionário, mais especificamente em spin governante

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