31/10/2009

O aluno da Uniban

Ricardo, muito comovente o seu depoimento. Bom sabermos que nem tudo está perdido.
Vi os comentários no primeiro post e o que notei é que estudantes dos sexos masculino e feminino da UNIBAN que ali comentaram estão minimizando a coisa, levando tudo para o "ah eu também uso minissaia mas nunca aconteceu nada disso comigo, pelo contrário, as pessoas me adoram" (Mônica).
Ah é asssim então? Fácil né.
Por algum motivo que não sei explicar direito não gosto de fulana, ela tem cara de puta, além disso é loira. O outro(a) ali é preto. Aquele ali é manco, o outro é preto. Vou puxar um coro.
No começo será apenas a minha voz, serei eu um(a) único(a) protestante. Logo em seguida 1, 2, até atingir toda a universidade, 700 protestantes gritando "puta, vagabunda". Pelo jeito, vão dizer que o caso da UNBAN foi apenas um bullyng, algo comum nas escolas brasileiras.
Esperamos que este crime seja apurado e o(s) responsável(eis) punido(s). Sob pena de assistirmos a esta prática de assédio moral continuar.
Combater isso significa mais segurança para quem tem filhos(a) ou sobrinhos(a) ou amigo(a) na escola ou universidade e que tenha algum traço detestável na cor, no corpo, na mente.
Ou na roupa.
Não podemos mininizar isso ou transformar o episódio num show de alunos(as) ensandecidos.
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Eu quis dizer bullying
Segue este link para definição deste termo segundo a Wikipédia
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Atualização
Uniban tenta apagar vídeo da jovem agredida por usar roupa curta
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"Nossa vida mudou"
O irmão da estudante que foi hostilizada, disse nesta sexta-feira (30) que a vida da família mudou após a repercussão do caso. Segundo ele, a irmã já estava sem ir à faculdade e ao trabalho desde o dia 23. “Hoje a nossa vida mudou, minha filha não foi para a escola, não consegui almoçar na hora, minha mãe não conseguiu sair de casa”, disse o metalúrgico José Adriano de Arruda, de 32 anos.
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Para ele, a atitude dos alunos – que filmaram a jovem sendo atacada e postaram as imagens no site de vídeos YouTube – foi fruto de preconceito. “Tem um pouco de preconceito por parte dos alunos. Ela sempre usou essas roupas, e outras meninas também vão desse jeito.”Arruda também reclamou do posicionamento da faculdade. “A faculdade também não tomou providência.
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Ela [a irmã] gosta de se arrumar, de usar salto, como acho que toda mulher gosta”, contou. A jovem está no primeiro ano da faculdade de turismo e, segundo a família, namora um rapaz um pouco mais velho há alguns meses. Há um ano e nove meses, ela também trabalha em um mercadinho que fica quase em frente à sua casa, em Diadema, também no ABC.

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